Relacionamento aberto é uma tentativa fracassada de afastar os ciúmes

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“Quem é essa, papai? Tá cheio de assunto, hein?” A bronca de Ivete Sangalo em pleno show ao avistar o marido de “conversinha” com outra mulher viralizou nas redes recentemente e deu à cantora a pecha de “ciumenta”. Apesar de afirmar que tudo não passou de uma brincadeira, é difícil acreditar que Ivete não teria se irritado de fato com a situação. Mas, se nem a musa baiana está livre dos ciúmes, o que é preciso para acabar de vez com esse atroz sentimento, capaz de acabar com a mais intensa história de amor?

Para o secretário geral da Escola Brasileira de Psicanálise de Goiás e do Distrito Federal, Cristiano Pimenta, os ciúmes não são necessariamente uma “escolha” do indivíduo, nem frutos da convivência social. O psicanalista garante que o sentimento faz parte do comportamento humano.

“Ciúme não é algo cultural. Embora possamos pensar e identificar certas formas de ciúmes ligados a certos contextos, parece impossível crer em um agrupamento humano sem os ciúmes”, defende.

Especialistas em sexualidade defendem o “amor livre” como uma alternativa saudável à monogamia, mas se engana quem acredita que os relacionamentos abertos são alheios a este sentimento. É o que explica Cristiano Pimenta. Para o psicanalista, nem mesmo os adeptos do poliamor estão totalmente livres de toda e qualquer manifestação de ciúmes.

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“É uma ilusão crer que um relacionamento aberto não irá trazer problemas deste gênero. Relacionamentos abertos não são a solução para o campo afetivo. Não acredito que as pessoas possam ficar totalmente livres de toda e qualquer manifestação de ciúme. É uma tentativa de se enganar e uma tentativa fracassada”, explica.

Pimenta afirma, ainda, que mesmo que a pessoa jure de pés juntos não sentir ciúmes, o fato é que nem tudo é o que parece ser. “Nós não devemos nos fixar no significado do que a pessoa está dizendo, ou no que ela quer atribuir às palavras, mas sim para além do que ela diz e é inconsciente para ela”.

Por isso, o psicanalista entende que o poliamor não deve ser colocado como um paradigma ideal a ser perseguido no campo afetivo. Na verdade, segundo o especialista, não existe uma conduta mais apropriada quando este é o assunto. “Hoje é preciso que cada um construa os próprios paradigmas em função do enfrentamento com as várias dimensões da vida afetiva. É preciso um pouco de invenção e não apoiar em padrões”, explica.

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Prova viva

Kátia (nome fictício) sabe bem como é lidar constantemente com os cíumes em um relacionamento aberto e com uma questão ainda mais cruel: a incerteza da volta. A mulher de 34 anos está casada há três anos com Maycon, três anos mais novo. Os dois mantém um relacionamento aberto e possuem liberdade para se relacionar com outras pessoas.

O desprendimento impressiona, mas ela conta, que se engana quem acha que relacionamentos abertos estão livres de problemas comuns na monogamia, como o (nada) bom e velho ciúme. Para ela, não interessa o formato da relação, o ciúme sempre será o mesmo.

“Todo mundo sente ciúme da mesma maneira. Todo dia lido com isso. O interessante é que depois de tudo ele volta, mas o medo de perder está em todos. É parecido com meu relacionamento enquanto mãe: quando levei minha filha para a escola pela primeira vez meu coração ficou partido, mas sei que é o melhor para ela. A pessoa livre fica se quiser”.

Da Redação com Jornal Opção

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Cultura

Abertas inscrições para Conferência Goiás de Preservação Audiovisual

Evento é gratuito e será realizado em setembro, na Vila Cultural Cora Coralina, com a participação de cineastas e pesquisadores convidados de Goiás, Distrito Federal, Ceará e Rio de Janeiro.

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Palestrante Joice Scavone. Foto: Divulgação

A 1ª Conferência Goiás de Preservação Audiovisual será realizada na Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), nos dias 11 e 12 de setembro, na Sala Multimídias João Bennio – com capacidade para 50 pessoas. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas já podem ser feitas pelo link https://abre.go.gov.br/eeb5bd0.

Com o objetivo principal de debater a importância da preservação de filmes e obras em vídeo que fazem parte do patrimônio cultural do estado de Goiás, o projeto conta com apoio financeiro da Lei Federal Paulo Gustavo, operacionalizada pelo Governo de Goiás, via Secult Goiás, e pelo município de Goiânia.

Serão dois dias de programação, nos quais o público terá acesso a filmes dos anos 2000 que passaram pelo processo de digitalização, como “Watáu”, de Débora Torres; “Espreita”, de Eládio Garcia; “Anjo Alecrim”, de Viviane Louise; e o “O Filme que nunca existiu”, de Sérgio Valério.

Além destas obras e seus diretores, também foram convidados profissionais, estudiosos e técnicos em preservação audiovisual de vários estados brasileiros, que falarão sobre preservação do patrimônio audiovisual nacional, incluindo os diversos suportes de preservação e a necessidade e possibilidade de formação de profissionais habilitados para este trabalho. Realizadores, produtores, diretores, docentes e pesquisadores também estarão presentes, para compartilhar conhecimentos e experiências sobre o tema.

As mesas e debates tratarão conteúdos tanto no plano teórico quanto no plano técnico. Um dos organizadores da conferência e integrante da Comissão Científica do evento, Lucas dos Reis comenta que a expectativa é que nesta 1ª edição, se inicie debate em torno da temática que dá nome à iniciativa e que seja promovida a preservação dos documentos e da memória goiana. “A preservação audiovisual é fundamental para conservar a memória e a cultura de um estado. Para pensar a produção fílmica do estado de Goiás e compreender melhor os modos de vida que deram origem ao que somos hoje, manter os filmes circulando é fundamental. Dessa maneira, surge a Conferência Goiás de Preservação Audiovisual”, reforça.

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Uma parte da Conferência também será reservada para uma reunião da Rede Universitária de Acervos Audiovisuais – RUAAv, um espaço de troca e discussão sobre preservação audiovisual no âmbito das universidades, particularmente dos cursos de cinema, artes e comunicação.

Palestrantes de GO, DF, CE e RJ

Os palestrantes são profissionais e estudiosos como:

Pedro Augusto Diniz, cineasta documentarista, professor de cinema do IFG e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás;

Lucius Fabius Ben Jah Jacob Gomes, historiador que em seu doutorado pesquisa a história urbana e cotidiana da periferia de Goiânia;

Joice Scavone, doutora em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora na Universidade de Fortaleza, que já foi consultora do Brazilian Film and Video Preservation Project;

Fábio Vellozo, que é pesquisador, documentarista e preservador audiovisual, formado em Engenharia Química pela UFRJ, e ex-Coordenador de Pesquisa e Documentação da Cinemateca do MAM-RJ;

Rafael de Luna Freire, professor e coordenador do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da UFF;

Pablo Gonçalo, professor da UnB e autor de livros sobre a história dos roteiros no cinema.

Comissão organizadora

Geórgia Cynara, além de jornalista, Geórgia é pós-doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). A professora e pesquisadora integra o Conselho Deliberativo (2023-2025) da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), tendo sido uma das coordenadoras (2020-2022) do Seminário Temático Estilo e Som no Audiovisual da mesma entidade;

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Lucas dos Reis Tiago Pereira é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense e graduado em Cinema – Licenciatura pela mesma instituição. Atualmente é membro do coletivo Aeroplano de educação audiovisual. Foi tutor do curso de Cinema – Licenciatura entre 2019-2021 e professor de História do Cinema Brasileiro no COART/UERJ, além de ter atuado como professor na Escola SESC de Ensino Médio nas disciplinas de Cineclube e Produção Fílmica;

Heloísa Esser dos Reis é arquivista graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestra em Tecnologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ). Diretora da Arquiviva – Gestão, Cultura e Arquivo, consultora para arquivos públicos e privados. Presidenta da Associação de Arquivologia do Estado de Goiás. Participa do FNArq e do FEDPCB;

Zenia Souza e Silva, acadêmica de Arquivologia pela Uniasselvi. Atua como primeira secretária na Associação de Arquivologia de Goiás e colabora com o Arquivo Lésbico Brasileiro.

Serviço:

Conferência Goiás de Preservação Audiovisual

Data: Quarta e quinta-feira (11 e 12/09/2024)

Horários:

11/09 – das 18h30 às 22h

12/09 – das 8h30 às 19h

Local: Vila Cultural Cora Coralina – Auditório João Bennio (Rua 23 c/ Rua 03, Quadra 67, Setor Central)

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