Relator da PEC da Maioridade Penal vai apresentar relatório no próximo dia 10

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O deputado Laerte Bessa (PRDF), relator da comissão especial da Câmara que analisa a proposta que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, vai apresentar no dia 10 o seu relatório sobre a matéria. Indiferente à polêmica que a matéria vem causando, Bessa adiantou que a sua posição deve ser favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93. “Uma coisa é certa: será dada uma resposta imediata para a sociedade brasileira, que está clamando pela medida”, afirmou.

Apesar de já ter firmado sua posição, o relator afirmou, contraditoriamente, que o teor do relatório deverá ser decidido em conjunto com o colegiado. A  expectativa é de que a Câmara vote a PEC já no dia 17. Mas o consenso estámuito longe. Paralelo ao anúncio do relatório, uma audiência pública, realizada nessa terça-feira na comissão especial sobre o assunto, continuou dividindo opiniões. Enquanto o autor da PEC, o ex-deputado Benedito Domingos, reafirmou sua tese de que a redução da maioridade terá o poder de diminuir o número de crimes praticados por adolescentes. “Quando ele souber que nãotem a proteção legal, constitucional, não vai praticar tantos crimes”, argumentou.

Uma argumentação que não convenceu a advogada Karyna Sposato, especialista em violência e consultora independente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Para ela, somente o investimento na prevenção dos delitos promove de fato uma diminuição na criminalidade na infância e a dolescência. “Não vai ser  ameaçando adolescentes de mandá-los para o sistema prisional de adultos que vamos conseguir sucesso nessa prevenção”, afirmou. Para ela, a eficácia será atingida por meio de ações integradas de educação, esporte, lazer e segurança.

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UNANIMIDADE

O cabo de guerra emtorno do assunto também divide o plenário. Deputados da base de apoio do governo Dilma Rousseff (PT) e a oposição, mais uma vez, se colocaram em campos opostos. A comissão especial conseguiu unanimidade apenas nas críticas contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista foi criticado por, sem ter ouvido o colegiado, ter anunciado pelo microblog Twitter a votação da proposta no plenário da Casa ainda neste mês. Defensor da diminuição da idade penal, Cunha indicou aliados para os  postos-chave da comissão e pretende aprovar a medida antes do recesso legislativo de julho.

Caso a tramitação não tivesse sido apressada, deveriam ser realizadas pelomenos 63 audiências públicas para debater a matéria. Até agora, no entanto, foram feitas apenas 12. Para justificar a urgência em apresentar o relatório, Laerte Bessa, aliado de Cunha, afirmou que, como não existe consenso na comissão, a decisão deve sair mesmo do plenário.

REAÇÃO

A pressa de Cunha obrigou o Palácio do Planalto a reagir, levando a presidente Dilma a anunciar, na última segunda-feira (1º), a formação de um grupo ministerial para debater o tema. Por ironia do destino, uma saída intermerdiária para o impasse pode vir mesmo de um arquirrival do PT, o PSDB.O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) – que já se declarou favorável à redução da maioridade penal –, defendeu projeto de lei de autoria do governo paulista, entregue ao Congresso Nacional, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao aumentar o tempo de internação de menores que cometerem crimes hediondos de três para até oito anos. E, ainda, o aumento de pena de maiores que usarem menores para cometerem crimes.

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Alckmin alertou que, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional, a PEC deverá ser alvo de questionamento jurídico no SupremoTribunal Federal (STF). Segundo o governador, a mudança dará início a um debate jurídico sobre se a maioridade penal pode ser considerada uma cláusula pétrea, um direito fundamental que não pode ser modificado. O artigo 228 da Constituição Federal define a maioridade penal de 18 anos como cláusula pétrea, mas defensores  dizem que esse é um tema de política criminal e, portanto, não deveria estar presente na Carta Magna. (Agência Estado)

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POLÍTICA

Caiado dá nova demonstração de força e União Brasil conquista 94 prefeituras em Goiás

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Governador Ronaldo Caiado e Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil. Foto: Divulgação

O União Brasil, partido presidido em Goiás pelo governador Ronaldo Caiado, elegeu 589 prefeitos em todo o Brasil nas eleições municipais deste ano. Deste total, 94 estão em Goiás, o que representa quase 16% de todas as vitórias do partido no País. O número expressivo renova a força da legenda no estado, onde pode ainda conquistar a capital — a definição ficou para o segundo turno.

A eleição deste ano marca um crescimento significativo no número de prefeituras conquistadas pelo União Brasil em Goiás. Em 2020, antes da fusão que criou o partido, o DEM de Ronaldo Caiado conquistou 62 prefeituras. Já o PSL, que viria a se unir ao DEM para formar o União Brasil em 2022, elegeu 5 prefeitos. Em 2024, portanto, o União Brasil avança mais de 40% em relação às últimas eleições municipais em Goiás.

Com a conquista de municípios importantes, o União Brasil fortaleceu sua presença em todas as regiões do estado. No Entorno de Brasília, por exemplo, vai comandar Águas Lindas e Luziânia; na Região Metropolitana de Goiânia, Trindade e Senador Canedo. O partido também sagrou-se vitorioso em cidades estratégicas como Ceres, Rialma, Jaraguá, Goianésia no Vale do São Patrício, além de Porangatu, Iaciara, Simolândia, Inhumas e Itumbiara.

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O governador Ronaldo Caiado celebrou os resultados obtidos no cenário estadual. “O União Brasil mostrou sua força em Goiás. Elegemos 94 prefeitos em todo o estado, fortalecendo nosso compromisso com o desenvolvimento local, por meio de parceiras para continuar com o avanço da qualidade de vida para os mais de sete milhões de goianos”, afirmou o governador. Presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda esteve em Goiânia no domingo de eleições e, antes do resultado, afirmou que esperava que o partido fizesse cerca se 500 municípios, número que foi superado após a apuração.

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