Rio de Janeiro abre posto para testagem da varíola dos macacos

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro abriu, hoje (19), o primeiro posto de coleta de material para testagem de casos suspeitos de varíola dos macacos, no Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro Maracanã (Iaserj), na zona norte da cidade. Na próxima terça-feira (23), um segundo posto será aberto no anexo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Colubandê, em São Gonçalo.
Ainda na semana que vem, em parceria com a Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a SES começará os serviços no posto de coleta no Centro de Saúde Vasco Barcelos. A unidade será de referência, atendendo aos municípios da região que não têm serviço de coleta. A secretaria planejou ainda um quarto posto, que será aberto no Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Cidade Universitária, na zona norte.
Segundo a secretaria, a coleta de material nos postos será realizada apenas em pacientes encaminhados pelas unidades de saúde da rede pública, após a realização do exame clínico que indique a suspeita de contaminação. “O encaminhamento precisa ser feito por uma unidade da rede pública para que os casos suspeitos possam ser notificados e acompanhados adequadamente pelas vigilâncias municipais e estadual”, informou.
As amostras serão recebidas pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ) e enviadas para análise nos laboratórios referenciados pelo Ministério da Saúde no estado. “Após o atendimento nos postos de coleta do estado, o paciente deverá retornar à unidade de saúde onde ele recebeu atendimento médico para saber o resultado do teste”, orientou a SES.
“A expectativa com esses postos é que a gente amplie os locais de coleta e assim facilite o acesso da população, neste momento, em que a gente está vendo um crescente no número de casos suspeitos”, disse o secretário de estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Saúde


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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