Rodrigo Pacheco solicita vacinas estocadas à vice-presidente dos EUA

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pediu à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o envio de vacinas estocadas no país e sem previsão de uso para a população norte-americana. O ofício foi enviado à vice-presidente porque ela acumula a função de presidente do Senado.
No documento, Pacheco pediu que “seja autorizada, pelas autoridades norte-americanas competentes, a eventual concessão de autorização especial que permita a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem a previsão de serem utilizadas localmente”. O presidente do Congresso afirmou que o auxílio “daria impulso decisivo ao esforço de imunização dos 210 milhões de brasileiros.”
Pacheco destacou ainda que os dois países têm sido os mais atingidos pela pandemia, ao mesmo tempo em que elogiou a administração do presidente democrata Joe Biden. “Com mais de 100 milhões de doses de vacina já aplicadas, a nova administração transformou os EUA em um caso de sucesso”. O senador também relatou esforços do Brasil na contenção da pandemia, como a produção de vacinas pelas brasileiras Fiocruz e Butantan.
Em redes sociais, Pacheco divulgou o pedido feito à autoridade dos EUA. “Solicitei, nesta sexta-feira, aos Estados Unidos, por meio de ofício enviado à vice-presidente Kamala Harris, pedido de socorro ao Brasil nas ações de combate à pandemia da Covid-19”, disse.
Solicitei, nesta sexta-feira, aos Estados Unidos, por meio de ofício enviado à vice-presidente Kamala Harris, pedido de socorro ao Brasil nas ações de combate à pandemia da Covid-19.
— Rodrigo Pacheco (@rpsenador) March 19, 2021
Edição: Pedro Ivo de Oliveira


POLÍTICA NACIONAL
Receita Federal comunica ao Congresso que Perse deverá ser extinto em abril

A Receita Federal informou à Comissão Mista de Orçamento que o limite dos benefícios fiscais da Lei do Perse, de R$ 15 bilhões, será atingido agora em março. Pela lei que regulou os benefícios para o setor de eventos, assim que fique demonstrado pela Receita o alcance do teto, os incentivos têm de ser extintos no mês seguinte.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que a Receita fez os cálculos com três métodos diferentes e apresentou o mais conservador.
“Nós já presumimos que íamos ter aumento, porque nós vimos durante o ano passado o aquecimento da economia refletido em uma série de indicadores: de massa salarial, do próprio PIB, da gestão do PIB. Isso continua nesse início do ano. Isso é demonstrado pelo valor de dezembro, em que quase R$ 4 bilhões foram usufruídos a título de Perse”, declarou.
Segundo Barreirinhas, a Receita usou dados declarados pelos próprios contribuintes e só somou valores de empresas habilitadas conforme a lei.
O Perse começou em 2022 como uma maneira de ajudar o setor de eventos afetado pela pandemia de Covid-19. Em 2024, os benefícios foram reformulados para serem extintos até dezembro de 2026. Mas o limite do teto em reais também foi imposto.
Setor de eventos
Doreni Isaías Caramori Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, confirmou que o setor vem passando por um bom momento, mas comentou que esse é um indício do acerto da política.
“Doze RAIS [Relação Anual de Informações Sociais] consecutivas apontam o setor de eventos como o maior gerador de novas vagas de emprego, estando hoje 60% acima dos níveis pré-pandemia”, afirmou.

O deputado Felipe Carreras (PSB-PE) afirmou que pode ter havido um erro da lei ao permitir a apuração dos benefícios a partir de abril de 2024 como fez a Receita. Segundo ele, as empresas só foram habilitadas para o novo Perse entre junho e agosto do ano passado, o que reduziria o valor atingido até agora.
“Então, peço essa sensibilidade política para o programa não acabar da noite para o dia, sem a gente ter uma transição”, disse Carreras.
Para a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), os relatórios têm de ser revistos porque existem empresas de aviação e de entrega de comida que estão nas listas e não deveriam estar.
Edição – Roberto Seabra
Reportagem – Silvia Mugnatto
Fonte: Câmara dos Deputados
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