Agronegócio

Safra 24/25 no Brasil enfrenta desafios climáticos, mas exportações registram alta

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O início da safra de soja 2024/25 no Brasil está repleto de desafios climáticos que podem impactar a produção e os preços. No entanto, o desempenho positivo das exportações até agora oferece um alívio ao setor. A continuidade do monitoramento e a adaptação às condições climáticas serão cruciais para garantir uma safra bem-sucedida.

No Mato Grosso, por exemplo, os produtores ainda nem levaram as sementes para o campo, mas já estão apreensivos com as altas temperaturas, focos de incêndio e a falta de umidade, fatores que podem comprometer o desenvolvimento das lavouras. Esse cenário adverso pode atrasar o plantio e impactar a produção, que tem uma expectativa de safra de cerca de 145 milhões de toneladas.

No Paraná, a projeção do valor da saca de soja para fevereiro de 2025 está sendo questionada devido ao atraso no plantio e ao clima desfavorável, o que pode resultar em queda nos preços. E assim seguem as demais regiões brasileiras, todas impactadas pelas adversidades climáticas.

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EXPORTAÇÃO – Apesar dos desafios internos, as exportações de soja em grão do Brasil de janeiro a agosto de 2024 atingiram 83,97 milhões de toneladas, um aumento de 3,2% em comparação com as 81,4 milhões de toneladas exportadas no mesmo período de 2023, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A China foi o principal destino, recebendo 63,9 milhões de toneladas, o que representa 76% do total exportado.

A Anec estima que até o final do ano as exportações brasileiras de soja alcancem 99 milhões de toneladas, um pouco abaixo das 101,3 milhões de toneladas embarcadas em 2023. Para setembro, a previsão é de embarques de 5,626 milhões de toneladas.

Além da soja em grão, a Anec prevê para setembro embarques de 1,674 milhão de toneladas de farelo de soja. Para o milho, a expectativa é de exportação entre 5,454 milhões e 6,500 milhões de toneladas no mês. Em relação ao trigo, a previsão é de 2,226 milhões de toneladas.

Entre os dias 1º e 7 de setembro, devem ser embarcados 2,142 milhões de toneladas de soja em grão, 451,9 mil toneladas de farelo de soja e 1,884 milhão de toneladas de milho, conforme dados da Anec.

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Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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