Safra de Café 2025/26: Impactos da Seca e Perspectivas para o Mercado

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De acordo com a Consultoria Agro do Itaú BBA, a safra de café 2025/26 no Brasil será marcada por desafios climáticos que comprometem, pelo quinto ano consecutivo, o potencial produtivo do país. O longo período de seca em 2024 impactou negativamente as floradas nas regiões produtoras de café arábica, resultando em estimativas de colheita 3% inferiores ao ciclo anterior, totalizando 64,4 milhões de sacas.

Redução na produção e desequilíbrio no mercado global

A produção de café arábica deve recuar 10% em relação a 2024/25, somando 40,9 milhões de sacas. Em contrapartida, o robusta apresenta crescimento esperado de 12%, atingindo 23,5 milhões de sacas, graças a condições climáticas mais favoráveis no Espírito Santo e na Bahia. A combinação dessas tendências resulta em um cenário global apertado, com o consumo superando ligeiramente a produção, levando a uma redução da relação estoque/consumo de 17% para 13%.

Impactos para produtores e preços firmes

A menor oferta, aliada à demanda global crescente, sustenta preços firmes para a commodity. Os produtores de café conilon e de arábica irrigado são os mais beneficiados, com boa produtividade e margens robustas devido aos altos preços. No entanto, aqueles com perdas significativas na safra ou exposição elevada a vendas futuras podem enfrentar dificuldades.

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Adaptação dos produtores e cenário futuro

Frente aos desafios climáticos, muitos cafeicultores optaram por técnicas de manejo como o esqueletamento, visando deslocar a produção para 2026 com maior potencial produtivo, desde que o clima seja favorável. Além disso, os esforços em tratos culturais e o aumento da relação de troca entre café e fertilizantes mostram o empenho do setor para mitigar os impactos climáticos.

Perspectivas para o mercado global

Com estoques reduzidos e produção limitada, as exportações brasileiras devem cair cerca de 6% no ciclo 2025/26. A escassez de café robusta em outros grandes produtores, como o Vietnã, eleva a demanda pela produção brasileira, o que pode continuar pressionando os preços para cima.

Apesar dos desafios, o cenário para o mercado de café em 2025/26 é promissor para os produtores que conseguiram mitigar os efeitos climáticos, enquanto as indústrias e tradings enfrentarão custos elevados e margens pressionadas. Olhando para 2026, a recuperação da oferta dependerá diretamente de condições climáticas favoráveis.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Produção de Etanol de Milho no Brasil Deve Quase Dobrar Até 2032, Preveem Especialistas do Citi

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A produção de etanol de milho no Brasil deverá crescer significativamente nos próximos anos, quase dobrando até alcançar cerca de 16 bilhões de litros anuais até 2032. A projeção foi divulgada pelo banco de investimentos Citi em uma nota publicada nesta terça-feira, que destaca a rápida expansão desse setor no país.

Segundo o Citi, o Brasil produziu aproximadamente 6,3 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/24, com expectativa de aumento para 9,5 bilhões de litros durante a temporada atual. No ano passado, 22 usinas de etanol de milho estavam em operação no país, mas 12 novas unidades estão em construção e outras nove receberam aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para iniciar suas obras.

O Citi ressalta que o etanol de milho oferece vantagens logísticas em relação à cana-de-açúcar. O milho possui um tempo de armazenamento mais longo e custos de transporte mais baixos, o que permite a produção de etanol em áreas mais remotas, ampliando a flexibilidade do setor.

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Além disso, o banco observou que o milho pode desempenhar um papel importante no equilíbrio do mercado de etanol do Brasil, garantindo uma oferta estável, especialmente durante a entressafra da cana-de-açúcar. A produção de etanol na região Centro-Sul do país deve atingir um recorde histórico na temporada 2024/25, mesmo com a previsão de queda na safra de cana-de-açúcar, com o milho ajudando a manter o abastecimento para a produção do biocombustível.

Em janeiro, a União Nacional de Etanol de Milho (Unem) previu que a produção de etanol de milho nesta temporada superaria as estimativas em cerca de 200 milhões de litros, elevando a produção total para aproximadamente 8,2 bilhões de litros.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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