Safra de soja na Bahia avança com clima favorável

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O plantio da soja para a safra 2024/2025 no oeste da Bahia já alcançou 19,8% da área estimada, com 420 mil hectares semeados, segundo dados da Associação de Agricultores e Irrigantes do Oeste da Bahia (Aiba). As condições climáticas favoráveis e a distribuição adequada de chuvas nas microrregiões têm impulsionado esse avanço, permitindo que os agricultores iniciem a semeadura com um ritmo acelerado.

A expectativa é otimista: a área total projetada para a safra é de 2,129 milhões de hectares, com uma produção estimada em 8,558 milhões de toneladas de soja. As previsões meteorológicas para as próximas semanas indicam que o clima deve continuar favorável, o que pode acelerar ainda mais o plantio.

Entretanto, a comercialização da safra anterior também mostra números significativos, com 95% da produção da safra 2023/2024 já negociada. Para a nova safra, 29% da produção já foi comercializada, o que demonstra um bom dinamismo no mercado.

Apesar dos dados positivos, a Aiba alerta para a presença de percevejos barriga-verde e larvas minadoras nas lavouras, que são preocupações constantes para os produtores. O monitoramento fitossanitário se torna essencial para garantir a saúde das plantações e o sucesso da safra.

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De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas na Bahia deve totalizar 11,3 milhões de toneladas, representando uma queda de 6,8% em comparação à safra anterior. Para o ciclo 2024/2025, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um aumento na produção e na produtividade, destacando a soja e o milho como os principais grãos deste novo ciclo.

Embora a área plantada e colhida esteja estimada em 3,54 milhões de hectares, a produtividade média esperada (3,20 toneladas por hectare) é 7,0% inferior à da safra anterior. A colheita de soja pode alcançar 7,53 milhões de toneladas, refletindo uma leve queda de 0,4% em relação a 2023.

Os desafios climáticos, especialmente o fenômeno El Niño, têm sido um fator negativo, prejudicando diversas regiões produtoras do estado. Enquanto a soja e o milho enfrentam uma perspectiva de produção reduzida, o algodão se destaca como uma exceção, com a expectativa de um novo recorde de produção, mesmo diante das dificuldades.

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Assim, enquanto os agricultores se mostram resilientes e adaptáveis, a realidade do campo é uma mistura de otimismo cauteloso e desafios persistentes. O sucesso da safra dependerá não apenas das condições climáticas, mas também da capacidade de os produtores lidarem com as pragas e de manterem a saúde de suas lavouras.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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