Safra paulista de trigo: perspectivas para 2025/2026 serão debatidas em evento setorial

A Câmara Setorial do Trigo de São Paulo promoverá, no dia 13 de março, sua primeira reunião do ano para apresentar as expectativas da safra 2025/2026 no estado. O encontro será realizado na sede da Cooperativa Capão Bonito, no município de mesmo nome, e contará com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo).
O evento reunirá diferentes elos da cadeia produtiva para discutir o panorama do plantio e as projeções dos produtores paulistas, com base nos dados fornecidos pelas cooperativas. Além disso, a programação inclui uma palestra do analista Élcio Bento, da Safras & Mercado, que abordará a conjuntura mercadológica do trigo nos cenários nacional e internacional.
De acordo com o presidente da Câmara Setorial, Nelson Montagna, a expectativa para a reunião é otimista, especialmente em relação à ampliação da área cultivada e do volume de produção. “Essa expansão depende de fatores como o clima e o comportamento das demais culturas de inverno, mas os preços do trigo continuam atrativos. Esperamos uma manutenção dos valores ou até mesmo um leve aumento em comparação à última safra”, afirma.
O encontro também contará com a participação de especialistas do setor, como Gustavo Chimarelli, da OR Sementes; Pedro Palessio, da GDM Seeds; e um representante do Instituto Agronômico (IAC), que farão uma análise das variedades disponíveis e apresentarão novidades para o próximo ciclo produtivo.
Para Montagna, a qualidade do trigo produzido em São Paulo é superior à média, mas ainda há espaço para avanços. “As variedades utilizadas são de alta qualidade, mas o resultado final depende de fatores como manejo e condições climáticas. Se conseguirmos manter o nível atual, já atenderemos muito bem à demanda da indústria”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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