Opinião

Senac: Educação Profissional que vale Ouro!

O Senac foca na Educação Profissional, no desenvolvimento de competências práticas e teóricas alinhadas às reais necessidades das empresas. E é sempre bom lembrar que nossas empresas precisam mais e mais de profissionais bem treinados e atentos às novidades do mercado, que sejam capazes de adotar e implementar novas soluções e melhorias para impulsionar o sucesso dos empreendimentos.

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José Roberto Tadros é presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac. Foto: Reprodução

Em uma época de grandes transformações no mundo do trabalho, resultantes da constante evolução tecnológica e do surgimento de novas profissões, há uma necessidade cada vez maior de os brasileiros buscarem qualificação e atualização profissional. O mercado atual é altamente competitivo, seletivo e dinâmico. E neste contexto, destaco o papel fundamental do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) na formação de mão de obra qualificada no Brasil.

O Senac foca na Educação Profissional, no desenvolvimento de competências práticas e teóricas alinhadas às reais necessidades das empresas. E é sempre bom lembrar que nossas empresas precisam mais e mais de profissionais bem treinados e atentos às novidades do mercado, que sejam capazes de adotar e implementar novas soluções e melhorias para impulsionar o sucesso dos empreendimentos.

A participação vitoriosa do Senac na 47ª edição da WorldSkills – a maior competição de educação profissional do mundo, realizada recentemente na França – comprova que estamos no caminho certo, sempre em busca do melhor ensino profissional e atento às demandas do mercado. Trouxemos medalhas de ouro, de prata e de excelência para o Brasil! O ouro, de Bruna Martins, e a prata, de Estéfany Marengoni, são um reconhecimento significativo da competência das estudantes – e do Senac -, no cenário global de formação profissional; um marco importante alcançado pela instituição no contexto internacional.

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Criado em 1946, o Senac é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que em 78 anos já realizou mais de 76 milhões de atendimentos, especialmente para pessoas em vulnerabilidade social. Somente em 2023, mais de dois milhões de brasileiros foram atendidos e 70% deles conseguiram uma colocação no mercado de trabalho. Atualmente, oferece mais de mil cursos e programas de formação inicial e continuada voltados para o setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. São cursos para ocupações de baixa complexidade, passando pelo ensino técnico, ensino superior e educação profissional.

O Senac, que faz parte do Sistema Comércio, também realiza parcerias com empresas e organizações para desenvolver projetos conjuntos, garantindo estágios e programas de formação que atendam às demandas específicas dos diversos setores produtivos. Um bom exemplo disso são os Fóruns Setoriais que a instituição promove periodicamente. Os Fóruns reúnem profissionais, empresas e especialistas para discutir tendências, desafios e oportunidades naqueles setores; e toda essa troca de conhecimentos resulta em pesquisas sobre o mercado de trabalho muito úteis para as empresas.

Nada melhor, portanto, que ressaltar a enorme contribuição do Senac na formação profissional de tantos brasileiros e no sucesso de nossas empresas. Os números comprovam o reconhecimento de nossos cursos por empresas e instituições: 87,9% dos empregadores consideram o certificado do Senac um diferencial positivo no momento da contratação.

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O Senac também promove a inclusão social e o acesso à Educação Profissional de pessoas de baixa renda. Dois terços de nossa receita são destinados ao Programa Senac de Gratuidade (PSG), que já beneficiou mais de 4,4 milhões de indivíduos desde a sua criação, há 15 anos. São cursos gratuitos e até mesmo vale-transporte oferecidos para facilitar o acesso às aulas; oportunidades valiosas que permitem a todos conseguir um emprego melhor ou avançar na carreira, reduzindo desta forma o desemprego e o subemprego no país.

Sem dúvida, o Senac desempenha um papel crucial na formação profissional dos brasileiros e no fortalecimento das empresas. Para os trabalhadores, é mais emprego, melhores salários, maiores chances profissionais. Para as empresas, significa aumento de qualidade e produtividade, além de maior competitividade no mercado.

É o Senac ajudando a impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil.

José Roberto Tadros é presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac

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ARTIGO

PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação. 

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André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.

A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.

A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.

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A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.

Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.

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A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.

André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).

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