Opinião
Tem arame na sua cerveja
O cultivo requer condições específicas, como clima temperado com verão ameno, inverno frio, conjugado com luz solar adequada, solo bem drenado e água de boa qualidade. Embora isso seja realidade no Sul do Brasil, o clima tropical predominante no país pode representar desafios.
Fique calmo! O título deste artigo não é um alerta ou um motivo de preocupação: sua saúde não está em risco, tampouco a qualidade da bebida. Muito pelo contrário. O uso de arames é fundamental para a plantação de lúpulo (Humulus lupulus), planta trepadeira, cujos cones florais são essenciais na produção de cerveja. Esses cones contêm resinas e óleos voláteis que contribuem para dar o famoso sabor amargo e aromático do líquido alcoólico, além de proporcionar estabilidade à espuma e ajudar sua conservação.
Como o lúpulo é uma trepadeira, isso significa que ela cresce verticalmente. Por isso, os arames são instalados em fileiras ao longo de toda a área de cultivo para fornecer suporte às plantas, conforme elas crescem. Os brotos se enrolam em torno dos arames, permitindo que as plantas alcancem alturas significativas. Mais do que isso, manter a planta afastada do chão reduz o risco de doenças e pragas, melhora a circulação de ar – favorecendo a prevenção de mofo e fungos, por exemplo – e facilita a colheita, seja esta manual ou mecânica.
A produção desse cultivo ainda é um território a ser explorado no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), em 2023, 88 toneladas foram colhidas no país. Isso representou crescimento de 203% em comparação à safra de 2022. Apesar do avanço, o volume produzido ainda é baixo. Afinal, bem mais de 3 mil toneladas são importadas por ano, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Para comparação, nos Estados Unidos, maiores produtores globais, a produção supera 50 mil toneladas ao ano.
O cultivo requer condições específicas, como clima temperado com verão ameno, inverno frio, conjugado com luz solar adequada, solo bem drenado e água de boa qualidade. Embora isso seja realidade no Sul do Brasil, o clima tropical predominante no país pode representar desafios. No entanto, com pesquisa científica, desenvolvimento de variedades adaptadas e técnicas de cultivo adequadas, pode-se perfeitamente explorar o potencial econômico-financeiro do lúpulo.
Um estudo conduzido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que os lúpulos desenvolvidos em solo nacional possuem qualidade equiparável aos importados. Nesse cenário, investir no cultivo de lúpulo tornou-se algo bastante atrativo e interessante. Contudo, é preciso estar atento às características específicas da trepadeira, que, assim como a uva, requer cuidados especiais. Para se desenvolver em qualidade e quantidade exige-se arames em seu cultivo, de forma a mitigar riscos, incluindo quedas da planta sofridas por ventanias ou ainda chuvas fortes. E, nesse sentido, voltamos ao título deste texto.
Para ter sucesso na plantação de lúpulo, dois tipos de arames são fundamentais. A interligação dos postes exige cordoalhas resistentes e duráveis. Esse tipo de produto, como Belgo Cordaço®, ajuda a reduzir o uso de madeira em 60% da área de cultivo. Já para a sustentação das trepadeiras, é preciso utilizar tecnologias com alta resistência à tração contra o desgaste causado por agentes corrosivos comumente utilizados no manejo agrícola. Para este caso, Belgo Frutifio® oferece três vezes mais zinco em sua composição, suportando até 500kgf de impacto. Com esses dois produtos, a parreira de lúpulo terá duração e resistência de acordo com as expectativas do produtor e da produtora.
A Belgo Arames, líder no mercado brasileiro de arames de aço, tem se dedicado a atender os produtores com soluções para ampliar o mercado de lúpulo, reduzindo a dependência externa e maximizando a oferta do ingrediente local na indústria de bebidas. Arames de qualidade também contribuem para a cerveja de qualidade. Um brinde!
Guilherme Vianna, doutor em medicina veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e gerente de negócios.
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ARTIGO
Colaboradores desmotivados não entregam bons resultados
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Falar sobre ‘motivação’ no ambiente de trabalho sempre gera discussão, afinal, as pessoas podem se sentir motivadas por motivos diferentes e únicos, o mesmo vale para quando começam a se sentir desmotivadas também. Porém, existem situações que não são mais aceitáveis como propulsores de motivação e que os donos, gestores e líderes deveriam repensar totalmente antes de insistirem em continuar implementado.
E com ‘situações que não são mais aceitáveis’, estou me referindo a instalação de alguns itens que considero pura distração e que se analisarmos friamente, não acrescentam de nada para que um colaborador se sinta mais motivado ou não. Seja sincero: você acha que ter um escorregador, uma mesa de ping-pong ou até mesmo um vídeo game são fatores motivacionais? Esses itens me parecem mais para distração do que para motivação.
Existem milhares de coisas que podem ser oferecidas que promoveriam de fato motivação, e a principal é: condições de trabalho adequadas. As pessoas querem que o ambiente de trabalho seja um local que preze pelo bem-estar delas e que forneça todas as ferramentas necessárias para que possam exercer suas funções de maneira correta para atingir o resultado final. Pois é, mesmo repetindo várias vezes, parece que continuamos sem acreditar que colaboradores desmotivados não entregam bons resultados.
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Então, a pergunta que não quer calar: como manter o time motivado? Os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, podem ajudar bastante, pois priorizam as pessoas em diversos âmbitos e não, não é papo de abraçar árvores. Ao colocar os colaboradores para participar dos processos e fazer com que saibam como estão impactando a empresa, os OKRs incentivam que o potencial existente seja explorado, fazendo inevitavelmente com que sejam mais produtivos.
Aliado a isso, a ferramenta propõe o aumento da clareza e do foco, o que vai fazer com que os integrantes da equipe consigam enxergar o que precisa ser feito e o que eventualmente precisa ser melhorado, ficando todos na mesma página. Isso provoca a melhoria do clima da organização, já que os colaboradores passam a ter autonomia para dar ideias e também tomar decisões, fazendo um bom trabalho em equipe e estando em sintonia com os líderes.
A verdade é que além das boas condições de trabalho que precisam ser oferecidas, a real motivação está ligada ao reconhecimento dos colaboradores por parte da liderança, que a partir do momento que passa a enxergar aquelas pessoas e estimular que se desenvolvam, veem uma mudança de comportamento. Afinal, todos nós queremos ser reconhecidos pelo o que fazemos, tendo recompensas positivas ao conseguir entregar bons resultados.
Quer ver melhores resultados na sua organização, pessoas mais satisfeitas e felizes? A resposta é simples: comece organizando seu sistema de gestão
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão
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