Opinião
Território Neanderthal
A caverna de Bacho Kiro, na Bulgária, é um labirinto de galerias de quatro andares e revelador da presença humana pré-histórica. Os Neandertais ocuparam-na primeiro, há mais de 50.000 anos, e deixaram suas ferramentas de pedra entre as estalagmites. Em seguida, vieram os humanos modernos em pelo menos duas ondas. A primeira cobriu o chão da caverna com contas e lâminas de pedra manchadas de ocre, cerca de 45.000 anos atrás. Outro grupo se estabeleceu há cerca de 36.000 anos com artefatos ainda mais sofisticados.
E esses primeiros humanos modernos que chegaram na Bulgária já tinham herança Neandertal. Como mostra o genoma de uma mulher de pele escura, cabelos castanhos e olhos castanhos da caverna Zlatý kůň, na República Tcheca, três por cento do DNA dela era Neandertal, que provavelmente veio de um acasalamento mais antigo, ainda no Oriente Médio, não de um contato mais recente na Europa.
Pela primeira vez, estamos obtendo DNA antigo de vários dos primeiros humanos modernos que entraram na Europa, e que revela muito sobre as interações entre esses humanos com alguns dos últimos Neandertais na Europa.
Depois que os humanos modernos saíram da África de 60.000 a 80.000 anos atrás, eles acasalaram pelo menos uma vez com Neandertais, provavelmente no Oriente Médio cerca de 50.000 anos atrás, como já mostraram pesquisas anteriores de DNA antigo. Esses estudos incluem análises de dois primeiros humanos modernos da Eurásia: um osso da coxa de um homem de Ust’-Ishim, na Sibéria, com 45.000 anos, e o osso da mandíbula de um jovem da caverna Petştera cu Oase, na Romênia, datado entre 37.000 e 42.000 anos atrás. O homem Oase tinha 6,4% de seu DNA de um ancestral Neandertal. Mas ele viveu pelo menos 5.000 anos depois que os humanos modernos chegaram à Europa.
Mateja Hajdinjak e Svante Paabo, do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology (MPI), analisaram os genomas de Bacho Kiro, utilizando uma nova técnica baseada em proteínas. Nesse estudo, os pesquisadores sequenciaram genomas de um molar e fragmentos ósseos dessa camada intermediária e os dataram diretamente de 42.580 a 45.930 anos atrás. Eles também sequenciaram DNA de osso encontrado em uma camada mais jovem e dataram de 35.000 anos atrás. Restos de ambas as camadas eram humanos modernos, mas de diferentes populações, conforme divulgaram na revista Nature.
Os genomas mostram que os três humanos modernos mais antigos em Bacho Kiro eram parentes distantes de um esqueleto parcial de 40.000 anos de Tianyuan na China, bem como de outros asiáticos e nativos americanos antigos e vivos. Isso sugere que todos eles descendem de uma população primitiva que já se espalhou pela Eurásia, mas cujos descendentes na Europa parecem ter morrido. A linhagem sobreviveu na Ásia, mais tarde dando origem a pessoas que migraram para a América.
As evidências mostram que ao sair da África, os humanos modernos entraram em território já ocupado por Neandertais, o que sugere assimilação ou extinção, não necessariamente por confronto direto. Essa primeira onda humana na Europa também foi extinta.
Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot. com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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ARTIGO
Colaboradores desmotivados não entregam bons resultados
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Falar sobre ‘motivação’ no ambiente de trabalho sempre gera discussão, afinal, as pessoas podem se sentir motivadas por motivos diferentes e únicos, o mesmo vale para quando começam a se sentir desmotivadas também. Porém, existem situações que não são mais aceitáveis como propulsores de motivação e que os donos, gestores e líderes deveriam repensar totalmente antes de insistirem em continuar implementado.
E com ‘situações que não são mais aceitáveis’, estou me referindo a instalação de alguns itens que considero pura distração e que se analisarmos friamente, não acrescentam de nada para que um colaborador se sinta mais motivado ou não. Seja sincero: você acha que ter um escorregador, uma mesa de ping-pong ou até mesmo um vídeo game são fatores motivacionais? Esses itens me parecem mais para distração do que para motivação.
Existem milhares de coisas que podem ser oferecidas que promoveriam de fato motivação, e a principal é: condições de trabalho adequadas. As pessoas querem que o ambiente de trabalho seja um local que preze pelo bem-estar delas e que forneça todas as ferramentas necessárias para que possam exercer suas funções de maneira correta para atingir o resultado final. Pois é, mesmo repetindo várias vezes, parece que continuamos sem acreditar que colaboradores desmotivados não entregam bons resultados.
De acordo com dados fornecidos pela Gallup, uma empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, cerca de 61% dos trabalhadores não se sentem engajados no emprego em que estão. Além disso, o estudo da consultoria de gestão Bain & Company afirma que um colaborador que está desmotivado pode ser 125% menos produtivo do que aqueles que se sentem engajados e inspirados.
Então, a pergunta que não quer calar: como manter o time motivado? Os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, podem ajudar bastante, pois priorizam as pessoas em diversos âmbitos e não, não é papo de abraçar árvores. Ao colocar os colaboradores para participar dos processos e fazer com que saibam como estão impactando a empresa, os OKRs incentivam que o potencial existente seja explorado, fazendo inevitavelmente com que sejam mais produtivos.
Aliado a isso, a ferramenta propõe o aumento da clareza e do foco, o que vai fazer com que os integrantes da equipe consigam enxergar o que precisa ser feito e o que eventualmente precisa ser melhorado, ficando todos na mesma página. Isso provoca a melhoria do clima da organização, já que os colaboradores passam a ter autonomia para dar ideias e também tomar decisões, fazendo um bom trabalho em equipe e estando em sintonia com os líderes.
A verdade é que além das boas condições de trabalho que precisam ser oferecidas, a real motivação está ligada ao reconhecimento dos colaboradores por parte da liderança, que a partir do momento que passa a enxergar aquelas pessoas e estimular que se desenvolvam, veem uma mudança de comportamento. Afinal, todos nós queremos ser reconhecidos pelo o que fazemos, tendo recompensas positivas ao conseguir entregar bons resultados.
Quer ver melhores resultados na sua organização, pessoas mais satisfeitas e felizes? A resposta é simples: comece organizando seu sistema de gestão
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão
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