Zequinha critica preços dos alimentos e defende produção de insumos agrícolas

O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) alertou, em pronunciamento nesta segunda-feira (11), sobre o aumento dos preços dos alimentos no Brasil e os impactos da inflação no custo de vida da população. Ele destacou que, no Pará, onde a renda per capita é baixa e a informalidade é elevada, o acesso a programas sociais muitas vezes é limitado. O parlamentar questionou as razões para a alta dos preços de itens essenciais, como café, óleo de soja, carne e leite longa vida. Ele defendeu a busca por soluções estruturais para reduzir esses custos.
— Atualmente a tarifa de importação do café é de 9%. Vamos baratear, portanto, o preço dos produtos que vêm lá de fora, beneficiando a produção estrangeira. E aí, nós temos aqui alguma coisa a reclamar, por exemplo, de que a produção lá de fora é extremamente subsidiada. Então, quando nós trataremos seriamente os custos da nossa produção? — questionou.
O parlamentar criticou a decisão do governo de suspender temporariamente o Plano Safra, apontando que o atraso na votação do Orçamento no Congresso Nacional compromete o financiamento da agricultura. Zequinha também destacou que a dependência do Brasil em relação à importação de insumos, como fertilizantes e potássio, encarece a produção agrícola e torna o país vulnerável a crises internacionais. Ele citou a mina de potássio em Autazes, no Amazonas, como uma alternativa para reduzir a dependência. Porém, mencionou entraves ambientais que impedem a sua exploração.
— Nós temos condições de ser autossuficientes praticamente em todos os macronutrientes do NPK, e a gente fica dependendo lá de fora o tempo todo. É um negócio interessante. Nós compramos potássio, aqui no Brasil, vindo do Canadá. E sabe onde esse potássio que vem aqui para o Brasil é explorado? Numa terra indígena canadense. Esse potássio passa 110 dias andando, emitindo CO₂, até chegar aqui à praça do consumo. Como é caro isso. Lá o indígena pode explorar. Aqui, em nossas terras indígenas, não podem fazer absolutamente nada — afirmou.
Zequinha ainda abordou a realização da COP 30 em Belém e criticou a falta de investimentos internacionais para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O senador afirmou que a Conferência do Clima precisa trazer soluções concretas, como financiamento para tecnologia agrícola, “para evitar que pequenos produtores continuem dependendo da prática da roça itinerante”. Acrescentou que “sem esses investimentos, o evento será mais uma rodada de promessas sem resultados efetivos para o Brasil”.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado


POLÍTICA NACIONAL
Projeto cria política agrícola para incentivar produção de lúpulo no país

O Projeto de Lei 4275/24 cria a Política Nacional de Incentivo à Produção de Lúpulo de Qualidade. O intuito da proposta é elevar a qualidade e a oferta nacional do produto, essencial para a produção de cerveja. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.
Atualmente, quase todo o lúpulo consumido pela indústria cervejeira brasileira é importado. O Brasil é o terceiro maior produtor da bebida no mundo, atrás apenas da China e Estados Unidos.
A proposta prevê as diretrizes e instrumentos da nova política. Entre eles:
- o desenvolvimento de inovações tecnológicas relacionadas à produção, processamento e armazenamento do lúpulo;
- a coordenação e a integração das atividades dos diversos elos da cadeia produtiva;
- a agregação de valor ao produto in natura e a rastreabilidade da produção;
- a oferta de crédito rural para a pré e pós-colheita, com ênfase em agricultores familiares e pequenos produtores; e
- assistência técnica extensão rural.
Pelo texto, o governo deverá definir em regulamento as características do lúpulo de qualidade.
Oportunidade
O projeto é da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT-GO). Ela afirma que a medida visa estabelecer uma estrutura institucional que incentive a produção nacional de lúpulo de qualidade, beneficiando principalmente a agricultura familiar e a indústria cervejeira artesanal.
“O lúpulo tem alto custo de produção e requer pesquisa para adaptação às condições climáticas locais. Atualmente, é majoritariamente importado, criando uma oportunidade para expandir sua produção no Brasil”, afirma Accorsi.
Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
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