Mato Grosso pede ajuda da Força Nacional no combate a incêndios
O governo de Mato Grosso pediu ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que envie ao estado agentes da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no combate ao fogo que há meses atinge o Pantanal.
No ofício já entregue ao ministério, o governador Mauro Mendes diz que as chamas já atingiram cerca de 20% do bioma em território mato-grossense, o que corresponde a algo em torno de 1,7 milhão de hectares. Cada hectare corresponde às medidas aproximadas de um campo de futebol oficial.
Além da presença dos agentes da tropa federativa, o governador também solicita que o governo federal disponibilize aeronaves especiais e “profissionais qualificados” para auxiliar os brigadistas, militares e voluntários que estão tentando extinguir as chamas e controlar os focos de incêndio.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que está analisando o pedido estadual. Em nota, a pasta disse que o ministro André Mendonça conversou com Mendes e com o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, no último fim de semana. O ministro propôs que o ministério arque com as despesas de diárias dos bombeiros cedidos por outras unidades da federação para ajudar no combate ao fogo.
Em Mato Grosso do Sul já há, segundo o governo estadual, bombeiros do Paraná e de Santa Catarina atuando. Além de militares sul-mato-grossense e mato grossense, participam das ações de combate às chamas militares da Marinha e do Exército, brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes (ICMbio) e voluntários.
Mato Grosso do Sul
Além de destruir cerca de 1,7 milhão de hectares em Mato Grosso, as chamas incineraram mais 1,1 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul. Até a semana passada, as áreas do Pantanal atingidas nos dois estados, somadas, ultrapassavam os 2,8 milhões de hectares – o correspondente a quase 30 mil km², o que representa um território maior que todo o estado de Alagoas.
Consultado, o governo sul-mato-grossense informou à Agência Brasil que, até o momento não cogita pedir auxílio da Força Nacional de Segurança Pública para combater os incêndios.
De acordo com o chefe da assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, tenente-coronel Fernando Carminati, a chuva que caiu em alguns pontos do Pantanal sul-mato-grossense no último fim de semana contribuiu para amenizar o clima seco, aumentando a umidade, mas não foi suficiente para extinguir todos os focos de calor.
“No Pantanal, há um foco no norte do estado que vamos sobrevoar ainda hoje para visualizar a real situação”, informou Carminati à Agência Brasil. “A chuva deu uma amenizada em alguns pontos, mas não foi o suficiente para extinguir todos os focos, que continuam sendo monitorados”, acrescentou o tenente-coronel.
A Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul e órgãos dos dois estados instauraram inquéritos para investigar as origens dos incêndios. O objetivo é apurar eventuais responsáveis e responsabilizá-los por crimes ambientais. Entre as hipóteses investigadas está a de que proprietários rurais autorizados a queimar parte da vegetação para limpar suas terras tenham perdido o controle das chamas, que avançou pela vegetação seca devido à mais severa estiagem das últimas décadas. Outra hipótese é a de que as queimadas tenham sido intencionais.
Edição: Fernando Fraga
GERAL
Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos
Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.
Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo alimentos, sem restrições ou constrangimentos.
O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.
Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.
Diabetes
Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.
São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.
Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.
Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.
Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.
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