Após 118 dias de seca, volta a chover em Brasília
Ainda pela manhã, mensagens nas redes sociais começaram a se multiplicar. Pessoas relataram pingos de chuva em diferentes regiões do Distrito Federal. As notícias logo se espalharam e foram acompanhadas de saudações e repercussões bem humoradas na Internet.
“Você sabe que a galera é de Brasília quando ela começa a postar fotos dos primeiros pingos de chuva com os agradecimentos e os dizerem: Finalmente chuva, obrigada Deus!”, disse uma usuária do Twitter. “Pessoal aqui está batendo palma e gritando pra chuva. Ai Brasília”, comentou outra.
Foram 118 dias de seca neste ano. Intervalo maior do que em 2019, quanto a capital ficou 113 dias sem chover. A estação é conhecida típica dos moradores não só de Brasília como da região central do país.
O dia iniciou com o céu nublado, mas por alcance das fumaças ocasionadas pelas queimadas do Pantanal. Mas por volta do meio dia a chuva se estendeu para as diferentes regiões administrativas do DF.
Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (InMet) Mamedes Luiz Melo, a chuva de hoje foi decorrente de um canal de umidade vindo da região Norte e de uma frente fria vinda do Sudeste.
A previsão do InMet é que a chuva dure até quarta-feira (23) desta semana. Contudo, depois uma nova fase de seca deve retornar e as águas devem voltar a cair do céu somente na segunda quinzena de outubro, com mais chances para os dias do fim do mês.
As chuvas amenizam as principais características da estação de seca, as altas temperaturas e a baixa umidade. Também contribuem para diminuir os focos de incêndio, mais presentes neste ano no Pantanal, mas que também já foram registrados na capital.
Além disso, as águas também contribuem para dissipar a fuligem vinda das queimadas do Pantanal e que chegaram ao céu de Brasília hoje.
“A chuva não vai molhar por inteiro, mas vai reduzir os focos de queimada e começa a limpar a atmosfera”, explicou Melo.
Edição: Aline Leal
GERAL
Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos
Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.
Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo alimentos, sem restrições ou constrangimentos.
O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.
Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.
Diabetes
Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.
São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.
Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.
Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.
Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.
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