Alerj publica resolução que autoriza processo de impeachment de Witzel

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O Diário Oficial do Poder Legislativo publicou hoje (24), a Resolução 294/2020, que autoriza o processo por crime de responsabilidade contra o governador afastado Wilson Witzel. O texto foi aprovado ontem (23), em plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), por 69 votos a 0. Apenas um deputado não votou por estar afastado por motivo de doença.

Sessão plenária na Alerj, que marca a votação do processo de impeachment do Governador Wilson WitzelSessão plenária na Alerj, que marca a votação do processo de impeachment do Governador Wilson Witzel

Sessão plenária na Alerj, que marca a votação do processo de impeachment do Governador Wilson Witzel – Rafael Wallace/Alerj

Com a publicação da resolução, ficam informados o governador afastado, o governador em exercício, Claudio Castro, e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio de Mello Tavares, por meio de arquivos eletrônicos correspondentes à decisão encaminhados a eles.

Nesta sexta-feira (25), será publicado no Diário Oficial o edital com as regras e trâmites para a eleição dos parlamentares que integrarão o Tribunal Especial Misto. Farão parte do grupo os cinco deputados com mais votos, entre os postulantes às vagas, e a escolha deve ser feita durante a ordem do dia da próxima terça-feira (29).

Witzel está afastado do cargo em decorrência de um processo criminal comum. No momento em que o Tribunal Misto receber a denúncia, o governador estará duplamente afastado. No caso do processo de impeachment, por motivo de crime de responsabilidade.   

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Decisão Inédita

A aprovação da Resolução 294 em plenário marcou a trajetória do Parlamento fluminense, por ser a primeira sessão de impeachment do estado. A denúncia de crime de responsabilidade foi baseada  em supostos desvios financeiros na área da Saúde, conforme relatório apresentado pela Comissão Especial do Impeachment aprovado na última semana. A sessão, que durou mais de sete horas, contou com o discurso de 28 deputados. Witzel fez sua própria defesa por videoconferência, negando todas as acusações. Em sua defesa, com duração de uma hora antes da votação, o governador afastado atacou os parlamentares:

“Estou sendo amputado do meu cargo. A responsabilidade não é só minha. É de todos. Se erros, omissões, aconteceram não foi só da minha parte, todos temos responsabilidade. Se os deputados fizessem trabalho de investigação, fossem às organizações sociais, olhassem os contratos, não teríamos chegado aqui”.

plenário da Alerj; impeachment do Governador Wilson Witzelplenário da Alerj; impeachment do Governador Wilson Witzel

Votação do processo de impeachment do Governador Wilson Witzel – Priscila Rabello/Alerj

O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), que comandou a sessão, explicou que todo o trâmite respeitou decisões judiciais e os entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o julgamento de crimes de responsabilidade. Ceciliano ressaltou que Witzel teve direito à ampla defesa. “Não atropelamos o processo. Ficou claro que havíamos feito tudo de forma correta”, avaliou.

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A Alerj vem analisando a questão desde o dia 10 de junho, quando a denúncia protocolada pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB  foi referendada por unanimidade em plenário. No dia 18 de junho, o Parlamento instalou a Comissão Especial que analisou o pedido de impeachment. Composta por 25 deputados, de todos os partidos com representação na Casa, a comissão chegou a ter seus trabalhos suspensos, no dia 27 de julho, por decisão do então presidente do STF, Dias Toffoli, mas foi restabelecida em 28 de agosto por voto do relator ministro Alexandre de Moraes.

Escolha dos desembargadores

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares, fará na próxima segunda-feira (28), às 11h, no Tribunal Pleno do Fórum Central, o sorteio dos cinco desembargadores que participarão do Tribunal Misto que vai julgar o processo de impeachment do governador Wilson Witzel . O TJ tem 180 desembargadores.

Edição: Aline Leal

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POLÍTICA NACIONAL

Datena agride Pablo Marçal em debate; Assista

O candidato José Luiz Datena (PSDB), o Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada em meio ao debate na TV Cultura, no Teatro B32, na avenida Faria Lima, neste domingo (15). O primeiro foi expulso, e o segundo deixou o programa que reunia os postulantes à Prefeitura de São Paulo. O debate foi interrompido em seguida e voltou com os outros quatro participantes.

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Datena agride Pablo Marçal em debate. Foto: Captura de Vídeo

O candidato José Luiz Datena (PSDB), o Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada em meio ao debate na TV Cultura, no Teatro B32, na avenida Faria Lima, neste domingo (15). O primeiro foi expulso, e o segundo deixou o programa que reunia os postulantes à Prefeitura de São Paulo. O debate foi interrompido em seguida e voltou com os outros quatro participantes. O candidato do PRTB provocou o apresentador nos blocos anteriores.

“Senhoras e senhores, nós vamos às manchetes dos debates pela pior cena já vista em debates. Peço que se comportem para terminarmos bem o debate. Vamos voltar ao ar em seguida”, disse o mediador Leão Serva após a confusão, afirmando que a agressão foi um dos “eventos mais absurdos da história da TV brasileira”.

A assessoria de Pablo disse que o influenciador e autodenominado ex-coach seguiu para uma unidade de saúde para receber atendimento. Após a agressão, jornalistas que acompanhavam o debate de uma sala de imprensa se dirigiram à porta do estúdio, mas foram impedidos de seguir primeiro pela segurança do local e, depois, pela polícia. O combinado era que não haveria plateia no teatro e, por isso, os jornalistas acompanhavam o embate do lado de fora.

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Datena já havia partido para cima de Marçal no debate anterior, realizado por TV Gazeta e Canal MyNews no dia 1º, mas sem chegar a agredi-lo.

Antes disso, o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) se tornou o principal alvo do debate, também marcado por uma tentativa de isolar Marçal, que foi ora ignorado ora criticado pelos rivais.

Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo), os outros três convidados do programa, usaram perguntas e respostas para desqualificarem a gestão de Nunes. O emedebista teve confrontos sobretudo com Boulos, seu principal oponente.

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