Crimes seguem sem solução em Goiás
O começo de 2018 ainda está longe de ser de paz e tranquilidade para as famílias de pessoas que, desde o ano passado, buscam informações sobre seus parentes desaparecidos, ou mesmo casos que ainda seguem sem conclusão. A família do rapper Kaique Liberato de Melo, o Sabotinha, de 17 anos, ainda tem esperança de encontrar o jovem vivo, mesmo com a angústia da falta de informações. Ele foi levado de casa por três homens no dia 22 de novembro, em Aparecida de Goiânia.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do município investiga o caso do sumiço de Sabotinha. O jovem é compositor de rap e foi o primeiro campeão da Batalha do Rei, uma das maiores competições de freestyle de Goiânia. Pai de Kaique, Jonas de Melo acredita que se trata de sequestro e espera por respostas. “Kaique é um menino tranquilo, de bom comportamento”, diz. No dia do sumiço, o rapaz estava em casa com o irmão.
Vários grupos de amigos do rapper fizeram uma manifestação no começo do mês de dezembro para pedir agilidade nas investigações. Buscas independentes em hospitais, delegacias e até matas e locais afastados são realizados com frequência. O pai de Kaique acompanha o trabalho da polícia, que ainda segue sem pistas sobre o paradeiro do rapaz.
A família da cabeleireira Lorrane Fernandes, de 32 anos, que desapareceu depois de ir a uma agência bancária em Inhumas na última terça-feira (26), também espera por informações. Segundo o marido, Marcos Medeiros, ele não consegue contato com a mulher e isso tem preocupado. “Ela nunca foi de sair sem avisar, de fazer qualquer coisa sem informar onde ia e o que faria. Estamos buscando qualquer informação que possa ajudar”, ressalta.
O delegado que acompanha o caso, Bruno Costa e Silva, já ouviu várias pessoas, mas não tem pistas do que possa ter acontecido com a mulher. Além da investigação da Polícia Civil, a Polícia Militar e os Bombeiros ajudam nas buscas. O carro em que ela estava quando foi à agência foi encontrado abandonado em uma estrada. Havia uma marca de disparo por arma de fogo na porta do passageiro, mas sem outras evidências. A investigação está sob sigilo.
Grávida de 8 meses, a faxineira Silvânia Maurício Araújo desapareceu em fevereiro de 2017. De acordo com familiares, a mulher deixou a casa trancada, com todas as roupas dela e o enxoval do bebê. Ela nunca foi encontrada e as investigações continuam. A família da mulher, que é do Tocantins, já retornou para o estado vizinho, mas mantém contato com os investigadores da especializada em busca de notícias da mulher que estava com 31 anos quando foi vista pela última vez.
Um corpo chegou a ser apontado como de Silvânia, no mês de março, mas a suspeita foi descartada após o exame cadavérico. Na época, o corpo de uma mulher havia sido encontrado no Mato Grosso em avançado estado de decomposição, mas não havia sinais de gravidez evidentes. Até agora não há sinais do que pode ter acontecido com a faxineira, mas a Polícia Civil informou que continua com as investigações.
Corpo localizado
Em dezembro 2016 o desaparecimento da costureira Naiara Saraiva Barra, de 22 anos, chamou a atenção e também foi bastante divulgado na imprensa. Ela saiu de casa para ir para o trabalho, que era no mesmo bairro onde morava, o Setor Recanto do Bosque, na região Norte de Goiânia. O corpo dela foi encontrado em avançado estado de decomposição cinco dias depois, em um matagal a 6 km da casa dela, no Setor Estrela Dalva.
Naiara foi morta com uma pancada na região frontal da cabeça. Fizeram ligação com o assassino da menina Ana Clara, assassinada em fevereiro, mas nada foi confirmado. De lá para cá, a investigação não avançou muito e até agora não foi apresentado o autor desse crime.
Outro caso sem solução, registrado no ano anterior, em 2015, foi da auxiliar de enfermagem Deise Faria Ferreira Freitas, de 41 anos, depois de participar de uma cerimônia com o ritual do Santo Daime. O líder do Instituto Espiritual Xamânico Céu do Patriarca e da Matriarca, o militar aposentado Cláudio Pereira Leite, e o engenheiro agrônomo Antônio David dos Santos Filho foram indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. Mas o caso nunca foi concluído e o corpo nunca foi encontrado.
Ao ser encaminhado para o Centro de Triagem, Antônio foi linchado e morreu, em março de 2016. Pelo menos dez detentos participaram do espancamento. Ele estava com mãos e pés amarrados quando foi encontrado. Cláudio foi liberado por ser deficiente visual e morreu por complicações no pâncreas, no dia 1º de janeiro de 2017, na unidade de terapia intensiva do Hospital São Francisco, no Setor Aeroporto.
Indiara
Também sem solução desde 2014 está o caso do desaparecimento do menino Emivaldo Brayan Passos da Silva, em Indiara. O menino dormia numa cama de solteiro com a irmã, que sentiu sua falta e deu o alarme à mãe. O padrasto da criança contou que ao sair para trabalhar percebeu a porta entreaberta, mas achou que a mulher tinha esquecido de trancar.
Buscas foram feitas, depoimentos prestados, pontos de escuta foram instalados na casa da família, mas durante os sete meses de investigação nada foi provado e o promotor de Justiça Milton Marcolino, da comarca de Jandaia, pediu o arquivamento do inquérito. O representante do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) entendeu que não havia materialidade nem indícios de autoria para pedir o indiciamento de qualquer pessoa.
Lorrane desapareceu depois de ir a uma agência bancária
PLANTÃO POLICIAL
PC realiza prisão de dois suspeitos de tráfico de drogas, em Ceres
Os envolvidos que não tiveram os nomes divulgados, foram encaminhados para à Unidade Prisional de Ceres após os procedimentos legais e agora estão à disposição do Poder Judiciário.
A Polícia Civil (PC) de Ceres no Vale do São Patrício, com apoio da Unidade de Inteligência, realiza terça-feira (12), a prisão em flagrante de dois indivíduos, suspeitos da prática dos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas.
Conforme a PC, a equipe policial após receber informações de que dois indivíduos, estariam transportando drogas em um veículo Peugeot de cor preta e em diligências a conseguiram realizar a abordagem dos dois ocupantes do carro, e durante as buscas ao interior do mesmo, foram encontrados debaixo do banco do passageiro, um tablete de maconha acondicionado em plástico transparente; um tablete de maconha acondicionado em plástico de cor laranja, e uma porção de maconha acondiciona em um saco plástico de cor branca, totalizando quase 2 kg de entorpecente.
Em decorrência dos fatos, foi dada voz de prisão para e dupla que foi levada para realizar exame de corpo de delito e em seguida apresentados na Delegacia de Polícia onde foram autuados. Os entorpecentes foram apreendidos e encaminhados para exame pericial.
Os envolvidos que não tiveram os nomes divulgados, foram encaminhados para à Unidade Prisional de Ceres após os procedimentos legais e agora estão à disposição do Poder Judiciário.
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