Senadores ouvem especialistas para elaborar Estatuto do Pantanal

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O presidente da Comissão Externa do Pantanal no Senado, Wellington Fagundes (PL-MT), cobrou nesta sexta-feira (2) investimentos em infraestrutura na região pantaneira.

“A Sudeco, que é a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste, tem que ser mais bem estruturada, e o FCO [Fundo de Financiamento do Centro-Oeste] precisa ser direcionado, principalmente neste momento, para a recuperação e conservação de nossas atividades econômicas, como a pecuária e o turismo”, afirmou o senador.

Na abertura da reunião de hoje, destinada à realização de audiência pública, Fagundes disse que, ao todo, os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul somam 3.361.000 hectares de vegetação destruída, sem contar, os animais mortos. Segundo o parlamentar, o prolongamento do período da seca representa um desafio para que se estabeleçam as ações metodológicas e tecnológicas necessárias para prevenir e preparar os estados para essa situação, que ele considera excepcional.

“Vamos trabalhar, dentro do estatuto [do Pantanal], a harmonização da legislação entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, visando integrar as políticas públicas entre os estados do Pantanal, com ênfase no fomento ao desenvolvimento sustentável. Daí a importância do governo federal, de criarmos, inclusive, um programa federal de incentivos, de investimentos para que tenhamos a atividade econômica do turismo, da pecuária, com incentivos fiscais, com linhas de crédito específicas”, destacou.

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Controle de focos

Convidado para a audiência pública, o general de brigada José Eduardo Leal de Oliveira, representante do Ministério da Defesa, disse que as ações empregadas no Pantanal permitiram uma redução acima de 80% dos focos de queimada e de incêndio. Por causa da seca na região, essa porcentagem varia, ressaltou Oliveira.

Sobre o apoio das Forças Armadas, o general destacou o uso de 14 aeronaves: além de helicópteros da Marinha, do Exército e da Força Aérea, há o C-130, um avião, uma aeronave Hércules com o sistema Maffs, que permite o lançamento de água, principalmente em pontos de mais difícil acesso, a que não se consegue chegar por meio terrestre.

“Temos apoiado também, dentro das nossas disponibilidades, uma ação de distribuição de alimentos aos animais, que sofrem com essa seca bastante forte, bastante intensa”, acrescentou Oliveira.

Segurança hídrica

Representando a sociedade civil, a organização não governamental (ONG) Mulheres em Ação no Pantanal (Mupan) manifestou preocupação com a segurança hídrica na região.

“Hoje, além do fogo, não temos água para o abastecimento das populações – seja humana, seja fauna, seja para abastecer os próprios aviões que vão fazer esse combate. Então, o reconhecimento da importância das comunidades em seus territórios, e que tenhamos uma plataforma de diferentes atores sociais, em um diálogo de saberes”, disse a diretora-geral da Mupan, Áurea Garcia.

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Multas

Antes de começar a audiência publica desta sexta-feira, a Comissão do Pantanal aprovou um requerimento de informações ao Ministério do Meio Ambiente. Os parlamentares querem ser informados sobre multas ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) referentes a desmatamento e queimadas, por bioma.

Diligência

Neste sábado (3), parlamentares que integram o colegiado  farão a segunda diligência ao local das queimadas, como previsto no plano de trabalho aprovado no fim de setembro. Desta vez, a visita será a Corumbá, em Mato Grosso do Sul. No último dia 19, os senadores foram a Poconé, em Mato Grosso. Os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Tereza Cristina, da  Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também deverão participar da viagem, segundo informações do gabinete do relator da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que Corumbá tem o maior número de focos de calor este ano – 6.039, até agora. Só em setembro, foram constatados 1.645 focos. Até ninhos de tuiuiú, considerados patrimônio imaterial e um dos pontos mais visitados pelos turistas, já foram consumidos pelas chamas.

Edição: Nádia Franco

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POLÍTICA NACIONAL

Datena agride Pablo Marçal em debate; Assista

O candidato José Luiz Datena (PSDB), o Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada em meio ao debate na TV Cultura, no Teatro B32, na avenida Faria Lima, neste domingo (15). O primeiro foi expulso, e o segundo deixou o programa que reunia os postulantes à Prefeitura de São Paulo. O debate foi interrompido em seguida e voltou com os outros quatro participantes.

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Datena agride Pablo Marçal em debate. Foto: Captura de Vídeo

O candidato José Luiz Datena (PSDB), o Datena agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada em meio ao debate na TV Cultura, no Teatro B32, na avenida Faria Lima, neste domingo (15). O primeiro foi expulso, e o segundo deixou o programa que reunia os postulantes à Prefeitura de São Paulo. O debate foi interrompido em seguida e voltou com os outros quatro participantes. O candidato do PRTB provocou o apresentador nos blocos anteriores.

“Senhoras e senhores, nós vamos às manchetes dos debates pela pior cena já vista em debates. Peço que se comportem para terminarmos bem o debate. Vamos voltar ao ar em seguida”, disse o mediador Leão Serva após a confusão, afirmando que a agressão foi um dos “eventos mais absurdos da história da TV brasileira”.

A assessoria de Pablo disse que o influenciador e autodenominado ex-coach seguiu para uma unidade de saúde para receber atendimento. Após a agressão, jornalistas que acompanhavam o debate de uma sala de imprensa se dirigiram à porta do estúdio, mas foram impedidos de seguir primeiro pela segurança do local e, depois, pela polícia. O combinado era que não haveria plateia no teatro e, por isso, os jornalistas acompanhavam o embate do lado de fora.

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Datena já havia partido para cima de Marçal no debate anterior, realizado por TV Gazeta e Canal MyNews no dia 1º, mas sem chegar a agredi-lo.

Antes disso, o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) se tornou o principal alvo do debate, também marcado por uma tentativa de isolar Marçal, que foi ora ignorado ora criticado pelos rivais.

Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo), os outros três convidados do programa, usaram perguntas e respostas para desqualificarem a gestão de Nunes. O emedebista teve confrontos sobretudo com Boulos, seu principal oponente.

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