Opinião
Planejamento estratégico define o sucesso do empreendedor
O conceito de planejamento estratégico é um processo que permite definir o melhor caminho a ser seguido por uma organização para atingir um objetivo.
Toda e qualquer conquista de vida requer planejamento e estratégia. Planejamento é se preparar. É a preparação de um trabalho ou tarefa, com o estabelecimento de métodos. Já a estratégia consiste em um plano que integra as principais metas, políticas e sequência de ações de uma organização.
Logo, o conceito de planejamento estratégico é um processo que permite definir o melhor caminho a ser seguido por uma organização para atingir um objetivo.
As principais funções do planejamento estratégico são: definir objetivos, descobrir forças e fraquezas, identificar ameaças e oportunidades, estabelecer planos de ações e otimizar recursos.
Os objetivos são as decisões estratégicas. Dão um norte para a sua organização e ajudam a identificar quais as próximas ações que precisa tomar para atingir seus alvos. Analise seus concorrentes e, com isso, você vai descobrir as forças e os pontos com necessidade de melhorias no seu negócio.
É fundamental, também, entender quais ameaças e oportunidades podem surgir ao longo da jornada. Por exemplo, pode ser a entrada de um concorrente mais forte no mercado em que atua. Com isso, é preciso buscar diferenciais do seu negócio para reter clientes, ou conquistar novos.
Além disso, é importante estabelecer planos de ação dentro da instituição. Nele devem conter metas mensuráveis, tarefas que devem ser realizadas e delegadas, prazos, prevenção de situações de riscos, estrutura de planos de contingência e monitoramento do andamento das ações.
Já a otimização de recursos consiste em aumentar a produção de sua empresa. Isso ajuda na redução de custos, cortando gastos não essenciais. É possível fazer isso analisando recursos atuais, otimizando processos para evitar desperdícios, criando metas para a otimização de recursos e investindo no treinamento do seu time.
Se a sua empresa ainda não tem um planejamento estratégico, está na hora de fazê-lo. Ele vai ajudar seu negócio a ser mais produtivo, organizado, elaborar estratégias para se desenvolver, reconhecer problemas que possam surgir ao longo do caminho e identificar oportunidades de melhoria para o seu negócio. Dessa forma, você consegue alcançar mais rapidamente seus objetivos.
Leonardo Chucrute é Gestor em Educação e CEO do Zerohum.
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ARTIGO
PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.
A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.
A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.
A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.
Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.
A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.
A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.
André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).
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