Copa do Mundo
Brasil está fora da Copa após perder para Croácia nos pênaltis
O que poucos esperavam era que a Croácia jogaria como o Brasil.
O tabu foi mantido e, mais uma vez, o sonho do hexa foi adiado. Sem criatividade e enfrentando um time técnico e resiliente durante mais de 120 minutos, a seleção brasileira ficou no empate por 0 a 0 (1 a 1 na prorrogação) e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia pelas quartas de final da Copa do Mundo, dando adeus à competição nesta sexta-feira. Desde que ganhou o penta, em 2002, a seleção nunca mais venceu uma equipe europeia em mata-mata.
Vlasic, Majer, Modric e Orsic marcaram os gols nos pênaltis para a Croácia. Rodrygo e Marquinhos erraram para o Brasil, enquanto Casemiro e Pedro mandaram para as redes. O Brasil entrou em campo precisando superar o bom time da Croácia e também um tabu incômodo. Desde o penta de 2002, a seleção nunca mais havia derrotado uma seleção europeia em um de mata-mata da Copa do Mundo.
A fase de quartas de final, inclusive, vinha sendo a maior pedra no sapato, com três eliminações nos últimos quatro Mundiais. Desta vez, havia um clima de confiança maior. A vitória sem sobressaltados nas oitavas de final, Neymar inteiramente à disposição e um adversário que, sabia-se, era bom, mas não espetacular, dava à seleção a certeza de que a classificação só não viria se algo desse muito errado ao longo dos 90 minutos.
O que poucos esperavam era que a Croácia jogaria como o Brasil. Durante os primeiros 46 minutos de jogo, a equipe liderada por Modric atuou fazendo pressão no campo de ataque, dificultando a saída de bola da seleção e anulando toda e qualquer tentativa de armação do time brasileiro. Acostumados a trocar passes na região do círculo central, dessa vez os zagueiros Thiago Silva e Marquinhos tiveram de fazer isso logo à frente da área.
Casemiro apenas conseguia rodar a bola. Militão não conseguia sair da defesa e volta e meia tinha que ir para o combate com Perisic, livre às suas costas. Na criação, o Brasil foi um latifúndio improdutivo no primeiro tempo. Paquetá parecia mais um pivô, porque recebia a bola sempre de costas para o ataque e não conseguia fazer nada a não ser se livrar dela. Neymar estava sempre em meio a três marcadores e nem a tentativa de troca de posição com Vinícius Junior na esquerda deu resultado.
Na ponta direita, Raphinha não acertava nada. As melhores chances do Brasil acabaram vindo mesmo naquilo que a Croácia não conseguia imitar: drible e talento. Vini Jr. chegou assim para finalizar aos 4 e aos 20 minutos. Neymar teve uma boa oportunidade da mesma forma logo na sequência. Nos três casos, porém, os arremates foram de fácil defesa para o goleiro Livakovic. O panorama mudou muito pouco no segundo tempo.
Tite voltou com a mesma formação e o time, com os mesmos problemas. Raphinha, aos 5, deixou o campo para a entrada de Antony. Vinícius Junior sairia pouco depois, substituído por Rodrygo. A dupla deu novo gás ao ataque. Antony tentava achar espaços pela direita à base de dribles – não tinha um único companheiro mais próximo para tabelar, enquanto Rodrygo potencializou Neymar, até então apagado.
Só que não havia uma única finalização decente a gol. Como última cartada, Tite colocou Pedro no comando de ataque no lugar de Richarlison, que apareceu pouco na partida. Mas, àquela altura, o jogo já se encaminhava para mais 30 minutos de uma dura prorrogação.
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ESPORTES
Botafogo empata com Atlético-MG e vê Palmeiras se aproximar na briga pelo título
Nesta quarta-feira, o Botafogo enfrentou o Atlético-MG em Belo Horizonte e saiu com um empate sem gols, em um jogo marcado por domínio carioca e resistência mineira. Com o resultado, o Botafogo chegou a 69 pontos, mas viu o Palmeiras se aproximar na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG, por sua vez, foi a 42 pontos e caiu para a 11ª posição na tabela.
Desde o início da partida, o Botafogo mostrou superioridade. Aos dez minutos, Almada arriscou um chute de fora da área, obrigando o goleiro Everson a fazer uma defesa difícil, mandando a bola para escanteio. O domínio do Glorioso continuou, mas a forte marcação do Atlético-MG dificultava a criação de chances claras de gol.
A situação do time mineiro se complicou ainda mais aos 40 minutos, quando o lateral esquerdo Rubens foi expulso após receber dois cartões amarelos em um curto intervalo de tempo. Com um jogador a mais, o Botafogo intensificou a pressão, mas não conseguiu balançar as redes. Nos acréscimos do primeiro tempo, Vitinho teve uma boa oportunidade ao cabecear um cruzamento, mas a bola passou por cima do travessão.
No segundo tempo, o Botafogo manteve a pressão em busca do gol. Aos 16 minutos, Vitinho novamente apareceu bem, cabeceando para uma boa defesa de Everson. Marlon Freitas também tentou de cabeça, mas o goleiro mineiro estava atento. Jeffinho quase marcou em um chute que passou perto do gol, mas a bola não entrou.
O Atlético-MG, mesmo com um jogador a menos, conseguiu chegar ao ataque aos 28 minutos, mas a defesa do Botafogo impediu a finalização. Nos minutos finais, os cariocas continuaram buscando o gol da vitória. Bastos teve uma chance em um cruzamento rasteiro, mas a bola foi pela linha de fundo. Já nos acréscimos, Alexander Barboza foi expulso, deixando o Botafogo também com dez jogadores em campo.
Apesar da pressão e das oportunidades criadas, o Botafogo não conseguiu superar a retranca do Atlético-MG, que soube se segurar e garantir o empate. Na próxima rodada, o Botafogo recebe o Vitória no estádio Nilton Santos, enquanto o Atlético-MG viaja para enfrentar o São Paulo no Morumbi, ambos os jogos acontecendo no sábado.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 X 0 BOTAFOGO
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 20/11/2024
Horário: 21h30
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE) e Daniel Paulo ZIolli (SP)
Cartões amarelos: Deyverson, Matheus Mendes, Zaracho, Igor Rabello e Lyanco (Atlético-MG)
Cartões vermelhos: Rubens (Atlético-MG); Alexander Barboza (Botafogo)
ATLÉTICO: Everson; Renzo Saravia, Bruno Fuchs e Lyanco; Mariano, Otávio (Bernard), Fausto Vera, Zaracho (Paulo Vitor) e Rubens; Deyverson (Hulk) e Paulinho (Igor Rabello). Técnico: Gabriel Milito
BOTAFOGO: John, Vitinho (Jeffinho), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas, Eduardo (Junior Santos) e Thiago Almada; Luiz Henrique (Matheus Martins) e Tiquinho Soares (Igor Jesus). Técnico: Artur Jorge
Fonte: Esportes
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