Desorganização: Governo adia pra próxima quinta o anuncio do plano safra

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O tão aguardado anúncio do Plano Safra 2024/25, inicialmente marcado para esta quarta-feira (26.06) foi adiado para a próxima quinta-feira, 4 de julho, conforme fontes do Ministério da Agricultura. Antes, porém, o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) anunciará o plano safra da agricultura familiar na quarta-feira, 3 de julho.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também informou que o evento planejado para ser realizado em Rondonópolis, em Mato Grosso, foi cancelado e que a cerimônia oficial de lançamento do Plano Safra será em Brasília, no Palácio do Planalto.

Fontes da equipe econômica já relatavam na semana passada que a elaboração do Plano Safra 24/25 estava atrasada e que a criação de medidas emergenciais para o Rio Grande do Sul havia tomado conta da agenda. O desgaste na ala agrícola do governo com a crise gerada com a anulação do leilão de arroz também influenciou as tratativas.

Especula-se que o adiamento tenha a ver com o volume de recursos do novo Plano Safra, que não deve ultrapassar R$ 510 bilhões, um aumento significativo em relação aos R$ 435,8 bilhões do plano anterior, mas que não atende às necessidades do agronegócio.

Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio

As entidades do setor pleiteiam um montante de R$ 570 bilhões. Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), por exemplo, lembrou que o agronegócio brasileiro enfrenta desafios significativos e precisa de mais recursos que o governo está oferecendo. “Para garantir que possamos superar essas dificuldades e continuar a crescer, é imprescindível que o Plano Safra 2024/25 contemple um volume de recursos de, no mínimo, R$ 570 bilhões”, frisou.

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“Esse valor é essencial não apenas para atender às demandas atuais dos produtores, mas também para assegurar a continuidade da nossa contribuição para o PIB nacional, a geração de empregos e a oferta de alimentos de qualidade a preços acessíveis”, disse Rezende. Para ele a insuficiência de recursos pode comprometer toda a cadeia produtiva, desde o plantio até a mesa do consumidor.

FPA – Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) expressou profunda decepção com o adiamento, criticando a aparente desorganização e ineficiência do governo federal. A FPA destacou a vulnerabilidade dos produtores rurais durante a primeira semana de vigência do novo plano, período em que os problemas da proposta inicial ainda precisarão ser corrigidos, atrasando a chegada do crédito real aos produtores.

A FPA também ressaltou a preocupação com a postura do governo federal diante da crise enfrentada pelo setor agrícola. Segundo a Frente, o momento exige uma resposta governamental eficiente e equitativa para enfrentar os desafios e continuar contribuindo significativamente para o PIB brasileiro, geração de emprego e renda, além de garantir alimento de qualidade e sem inflação para a população.

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Fonte: Pensar Agro

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Plano Safra vai priorizar a produção de legumes, verduras, frutas, arroz e feijão

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O Plano Safra 2024/25, o governo federal deve lançar na próxima quarta-feira (03.07) vai priorizar a agricultura familiar e o pequeno agricultor. A informações é do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira. em entrevista durante o Global Agribusiness Forum (GAFF), realizado em São Paulo.

SAIBA MAIS:Como o Pensar Agro revelou ontem (LEIA AQUI), o Plano Safra 2024/25 será R$ 100 bilhões menor que o reivindicado pelo agronegócio: apenas R$ 475,5 bilhões. Deste montante, R$ 74,98 bilhões serão destinados à agricultura familiar, e R$ 400,6 bilhões para a agricultura empresarial.

Segundo Teixeira, o objetivo é fortalecer a produção de alimentos e promover a sustentabilidade no campo. Ele revelou que as principais medidas do plano, incluem a ampliação da produção de legumes, verduras, frutas, arroz e feijão. Há também um foco especial na melhoria da produção de leite, na agroindústria e no fortalecimento das cooperativas.

Uma das grandes novidades do plano, ainda segundo o ministro, é o subsídio nas taxas de juros, financiado com recursos do Tesouro Nacional. “Isso é dinheiro do Tesouro para fazer o subsídio”, afirmou Teixeira, enfatizando que essa medida tornará o crédito mais acessível, incentivando o aumento da produção de alimentos saudáveis, o que pode ajudar a reduzir os preços e melhorar a renda das famílias brasileiras.

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Outro ponto destacado pelo ministro é o incentivo à mecanização dos pequenos agricultores, que atualmente possuem baixos níveis de tecnificação em comparação com a agricultura empresarial. Para atender a essa demanda, haverá estímulo para que as indústrias brasileiras de máquinas agrícolas desenvolvam equipamentos menores e tecnologicamente adequados às necessidades dos pequenos produtores.

Além disso, o plano prevê uma transição significativa de uma agricultura baseada em insumos químicos para uma de base biológica, promovendo a agroecologia. Essa mudança visa a garantir uma produção mais sustentável e menos prejudicial ao meio ambiente, beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores.

Fonte: Pensar Agro

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