Economia

Produtores já podem correr para os bancos renegociar dívidas vencidas há mais de 120 dias

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A partir desta segunda-feira (01.04), os agricultores familiares com créditos rurais vencidos há mais de 120 dias  já podem correr para os bancos renegociar. O Conselho Monetário Nacional aprovou a renegociação de dívidas e a prorrogação dos prazos de pagamento para produtores rurais afetados por condições climáticas adversas e variações nos preços de commodities.

Além disso, para parcelas de créditos de investimento rural com vencimento em 2024, as instituições financeiras agora podem renegociar até 100% do principal, desde que os créditos tenham sido feitos com recursos controlados e estejam associados a determinadas atividades produtivas especificadas por estado.

As condições para a renegociação incluem a correção das parcelas pelos encargos financeiros contratuais e a necessidade de os pagamentos dos encargos financeiros de 2024 serem efetuados nas datas previstas.

A medida tem um prazo para formalização até 31 de maio de 2024 e visa minimizar os impactos financeiros enfrentados pelos produtores, estimados em R$ 3,2 bilhões, que serão compensados pelos recursos do plano safra 2024/2025.

A iniciativa abrange produtores tanto familiares quanto empresariais em 17 estados, e está ligada a contratos de crédito rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e linhas de crédito de fundos constitucionais.

A renegociação, que depende da avaliação das instituições financeiras, tem potencial para auxiliar uma vasta quantidade de agricultores. Estima-se que, caso todas as parcelas qualificadas sejam renegociadas, o impacto financeiro será de aproximadamente R$ 3,2 bilhões, valor que será distribuído entre os anos de 2024 e 2030. Esse custo será compensado pelos recursos destinados à equalização de taxas no plano safra de 2024/2025.

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O governo destacou que a necessidade dessa política surgiu após a observação de que o clima desfavorável afetou significativamente a produção de soja e milho, especialmente em partes do Sul, Centro-Oeste e São Paulo.

Além disso, os agricultores enfrentam desafios devido à queda nos preços da soja, milho, carne e leite em algumas regiões, o que, apesar da redução no custo de alguns insumos, não foi suficiente para baixar os custos de produção para níveis historicamente rentáveis.

DETALHAMENTO:

Renegociação de dívidas no Pronaf:

  • Agricultores familiares com operações de crédito rural vencidas há mais de 120 dias podem solicitar a renegociação.
  • Pagamento dos encargos para regularizar a situação e manter a fonte de recursos.
  • Regras gerais nos MCRs 2-6-7, 2-6-8 e 2-6-9.
  • Correção das parcelas pelos encargos financeiros contratuais, inclusive para situação de inadimplência quando for o caso;
  • Pagamento, no mínimo, do valor referente aos encargos financeiros previstos para 2024, nas respectivas datas de vencimento das parcelas;
  • Reembolso de até 100% do principal das parcelas de 2024:
    • Operações com última parcela prevista para vencimento em 2024, 2025 ou 2026: reprogramação para reembolso em até 1 ano após o vencimento da última parcela;
    • Operações com última parcela prevista para vencimento após o ano de 2026: soma ao saldo devedor e redistribuição nas parcelas vincendas a partir de 2025;
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Estados e atividades produtivas atendidas:

  • Goiás e Mato Grosso: produção de soja, milho e bovinocultura de carne;
  • Minas Gerais: bovinocultura de carne e leite;
  • São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina: produção de soja, milho e bovinocultura de leite;
  • Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins: produção de bovinocultura de carne;
  • Mato Grosso do Sul: produção de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne;
  • Espírito Santo e Rio de Janeiro: bovinocultura de leite.

Renegociação de parcelas com vencimento em 2024:

  • Instituições financeiras podem renegociar até 100% do principal das parcelas de operações de crédito rural de investimento.
  • Requisitos:
    • Contratação com recursos controlados (equalizados, obrigatórios, FNE, FNO e FCO).
    • Adimplência em 30/12/2023.
    • Vinculação a atividades específicas por estado (ex: soja, milho, bovinocultura).
  • Condições:
    • Correção das parcelas pelos encargos financeiros contratuais.
    • Pagamento mínimo dos encargos financeiros de 2024 nas datas de vencimento.
    • Reembolso de até 100% do principal das parcelas de 2024:
      • Última parcela em 2024, 2025 ou 2026: reprogramação para reembolso em até 1 ano após o vencimento da última parcela.
      • Última parcela após 2026: soma ao saldo devedor e redistribuição nas parcelas a partir de 2025.
  • Prazo para renegociação: até 31 de maio de 2024.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Centro Tecnológico da 3tentos Obtém Credenciamento do Ministério da Agricultura para Testar e Certificar Produtos Agrícolas

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) concedeu o credenciamento à área de pesquisa experimental do Centro Tecnológico (CETEC) da 3tentos, localizado em Santa Bárbara do Sul (RS). Com essa autorização, a 3tentos, um dos mais completos ecossistemas agrícolas do país, passa a realizar testes e certificações de produtos, como defensivos agrícolas, ampliando suas parcerias com empresas do agronegócio e trazendo benefícios tanto para os produtores rurais quanto para o mercado em geral.

Agora, o CETEC da 3tentos, referência em inovação no setor agrícola, poderá avaliar a eficácia e certificar a qualidade dos defensivos agrícolas antes de seu registro e lançamento comercial. Essa iniciativa permitirá uma visão antecipada sobre a performance de produtos que entrarão no mercado nos próximos anos.

Os testes serão realizados ao longo de toda a safra, com aplicações de defensivos no manejo fitossanitário das culturas de soja, milho, trigo e canola, entre outras. O processo culminará com uma avaliação técnica da colheita, sendo totalmente auditado pelo Mapa. A autorização também inclui a possibilidade de realizar “ensaios de eficácia para fins de alteração de registro de produtos”, como destacou a pesquisadora e responsável técnica, Gabriele Casarotto, do time de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da 3tentos. Entre os produtos testados estão fungicidas, herbicidas, inseticidas e nematicidas.

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Para a execução dos “ensaios técnicos na estação”, o CETEC dispõe de uma infraestrutura robusta, com laboratórios e uma área dedicada à pesquisa de 15 hectares, dividida em parcelas. O time de PDI é composto por especialistas como Gabriele Casarotto, atuando em fitopatologia e experimentação agrícola, Marlon Bastiani, especialista em herbologia, e Gabrieli Riva, especializado em nematologia e entomologia.

A responsável técnica da 3tentos reforçou que o processo de credenciamento foi altamente rigoroso, com a instituição cumprindo todas as normativas, incluindo as ambientais, como o controle de resíduos. Os resultados dos testes, realizados com produtos ainda não comerciais, são compartilhados com as empresas contratantes e o Mapa, garantindo transparência e confiabilidade.

“Estamos na vanguarda, garantindo a qualidade e a idoneidade dos testes, com excelência que beneficia todo o mercado. A proteção dos cultivos aumenta a produtividade de forma sustentável, e a pesquisa desempenha papel fundamental em resolver os desafios enfrentados pelos produtores”, afirmou Gabriele Casarotto, destacando ainda que a 3tentos se diferencia de outras instituições ao contar com especialistas em três áreas distintas — fitopatologia, entomologia e herbologia — e com a licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), órgão técnico do Rio Grande do Sul.

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A 3tentos no Mercado

Com 69 lojas e fábricas no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso, a 3tentos é uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro, atuando na produção de sementes, processamento de soja e biodiesel. A companhia também está expandindo sua operação com a construção de sua quarta indústria, em Porto Alegre do Norte (MT), para a produção de etanol de milho e DDG.

Fundada em 1995, a 3tentos abriu capital na B3 (Bolsa de Valores Brasileira) em julho de 2021 e conta hoje com mais de 26 mil acionistas. Nos primeiros nove meses de 2024, a empresa alcançou uma receita líquida de R$ 9 bilhões.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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