Opinião

G20 e o enfrentamento da fome e pobreza!

As Nações que compõem esse grupo de países, parece que se propõem a tratar desse assunto apenas e tão somente como desencargo de consciência apenas para não serem vistos como indiferentes a tão grave caos social e político que graça no mundo em que vivemos atualmente.

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Cícero Carlos Maia é professor - artigosbsb@gmail.com

As 20 maiores economias do planeta, sob a presidência do Brasil, estão reunidas em nosso país para discutir o enfrentamento da FOME e POBREZA, no mundo.

Filosoficamente, debater esses dois temas pode parecer um bom propósito como se a solução para essas duas graves situações fosse algo passível de ser resolvida, no curto prazo, como num passe de mágica.  Para que esses dois estados possam deixar de existir não basta reuniões organizadas por executivos que vivem muito distantes dessas circunstâncias de vida sem conviverem objetivamente com a dinâmica da existência desses estágios de vida.

Há casos que envolvem essas duas tragédias humanas e que seriam fáceis de enfrentar se o mundo não tivesse as disparidades que existem e que não podem deixar de ser consideradas como: distâncias geográficas; culturas regionais; realidades políticas e religiosas dentre outros entraves que não são acessíveis de enfrentar como possa parecer.

As Nações que compõem esse grupo de países, parece que se propõem a tratar desse assunto apenas e tão somente como desencargo de consciência apenas para não serem vistos como indiferentes a tão grave caos social e político que graça no mundo em que vivemos atualmente.

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Apenas como aferição do proposto, vamos olhar para a situação dos seguintes três países: Ruanda; Haiti e Honduras de todos os que existem no planeta.

Ruanda: É um país africano com uma população de, aproximadamente, um milhão e duzentos mil habitantes, uma parte da população são pigmeus vivem nas florestas africanas, apesar de fazer parte das comunidades de países ingleses é um país cuja população tem uma predominância tribal muito forte, dentre outras considerações;

Haiti: ex-colônia francesa, vive dominado por milicias criminosas. A pobreza é quase total. O país foi arrasado depois de um terremoto que destruiu grande parte da Capital Porto Principe. O país recebeu, apoio de forças da ONU, os conhecidos Boinas Azuis que estiveram lá para controlar a vida social do país, dentre outras tragédias como a política e a dominação por organizações fora da lei;

Honduras: É um país da América Central, que vive dominado por gangs criminosas tornando a população em estado de grande dificuldade social, econômica e política.

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Ou seja, para aplacar a fome é necessário por começar a distribuir os insumos básico para preparação de alimentos, como panelas, fogões e talheres.

Cícero Carlos Maia é professor – artigosbsb@gmail.com

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ARTIGO

PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação. 

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André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.

A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.

A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.

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A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.

Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.

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A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.

André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).

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