Café impulsiona os preços de alimentos e bebidas em janeiro, revela índice do Ipardes

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O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento, divulgou na terça-feira (11/02) o Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas) do Paraná.

Em janeiro, o índice registrou uma variação positiva de 0,75%, superando em 0,08% o resultado de dezembro de 2024 e apresentando uma queda de 0,36% em relação ao mesmo mês de 2025. O café foi o principal responsável pela alta, com sua contribuição representando 0,72% da variação mensal. O preço do café subiu 10,23% no período, enquanto o tomate aumentou 14,66% e a maçã 3,04%. Apesar de o tomate ter registrado uma elevação maior, o café teve maior peso no índice, pois sua contribuição ponderada impacta diretamente o resultado final do IPR.

A baixa oferta no mercado interno foi um dos principais fatores para os reajustes de preços, especialmente devido ao final da safra de tomate, as condições climáticas que afetaram a produção de café e os estoques reduzidos de maçã no início da colheita.

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Preços de outros itens

Por outro lado, os preços de batata-inglesa, pernil suíno e feijão-preto apresentaram quedas significativas de 16,83%, 6,67% e 5,01%, respectivamente. A boa oferta desses produtos, originada por safras de boa produtividade, contribuiu para a redução dos preços, explicou Marcelo Antonio, diretor de Estatística do Ipardes.

Análise regional

Além da análise estadual, o Ipardes divulgou números regionais. Londrina registrou um aumento de 1,07%, seguida por Ponta Grossa (0,87%) e Cascavel (0,66%). Outras regiões apresentaram variações menores: Foz do Iguaçu (0,79%), Curitiba (0,65%) e Maringá (0,45%).

O tomate foi o principal responsável pela alta em Foz do Iguaçu (20,57%), Londrina (19,34%), Maringá (18,76%) e Cascavel (10,25%). Já o café teve maior influência em Ponta Grossa (13,08%) e Curitiba (10,03%).

Acumulado nos últimos 12 meses

Nos últimos 12 meses, o café teve o maior aumento, com um crescimento de 58,95%, seguido por laranja-pera (35,36%) e alho (32,14%). Regionalmente, o café teve aumentos significativos em Londrina (67,69%), Foz do Iguaçu (65,22%), Ponta Grossa (65,08%), Cascavel (60,33%), Curitiba (59,29%) e Maringá (38,06%).

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Em contrapartida, alimentos como batata-inglesa, cebola e tomate apresentaram quedas nos preços: -62,80%, -36,88% e -29,14%, respectivamente. A redução no preço da batata-inglesa foi observada em todas as regiões do Estado, destacando-se Curitiba (-67,36%), Maringá (-65,44%) e Ponta Grossa (-64,15%).

Metodologia

O Ipardes calcula mensalmente o Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas a partir de dados extraídos de 35 itens em seis municípios. A análise é realizada com base em aproximadamente 382 mil registros das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e), emitidas por 366 estabelecimentos comerciais, com o sigilo fiscal garantido pela Receita Estadual do Paraná.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Desaceleração dos preços impulsiona crescimento do varejo alimentar em janeiro

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A desvalorização do dólar frente ao real resultou na primeira desaceleração dos preços do varejo alimentar desde maio de 2024, refletindo diretamente nos custos de diversas categorias de produtos. De acordo com o Radar Scanntech, plataforma especializada em inteligência de dados para o setor, o preço médio dos produtos no canal alimentar registrou alta de 5,8% no acumulado de 12 meses, abaixo dos 7,6% observados em dezembro de 2024.

Esse movimento foi especialmente percebido na mercearia básica, onde itens como arroz, feijão e leite apresentaram queda de preços em relação ao mês anterior. No curto prazo, apenas o café e o açúcar mantiveram a tendência de alta.

Apesar desse alívio nos custos, a inflação acumulada no setor ainda foi o principal fator que impulsionou o crescimento de 6,6% no faturamento do varejo alimentar em janeiro, comparado ao mesmo período de 2024. O volume de vendas unitárias teve um leve aumento de 0,8%, enquanto o total de produtos comercializados apresentou uma retração de 0,9%, influenciada pela tendência de compra de embalagens menores.

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“A desaceleração dos preços é um fenômeno que não observávamos desde maio de 2024. A valorização do real impactou especialmente os produtos da mercearia básica, reduzindo os preços em relação a dezembro. Contudo, é essencial acompanhar a evolução desse movimento nos próximos meses e seu impacto nas decisões de compra do consumidor e na estratégia do varejo”, explica Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech.

Atacarejos se destacam sobre supermercadosOs atacarejos regionais mantiveram um desempenho superior aos supermercados, tanto em faturamento quanto em volume de vendas. Por outro lado, supermercados de menor porte, com um a quatro check-outs, foram os que mais reajustaram preços e os únicos a registrar queda no volume de unidades vendidas.

Produtos perecíveis lideram crescimento do setorEntre as cestas de produtos analisadas, a de perecíveis foi a principal impulsionadora do crescimento do varejo alimentar em janeiro de 2025. O faturamento desse segmento cresceu 8,3%, impulsionado por um aumento de 6,1% nos preços no acumulado de 12 meses e por um avanço de 2,2% nas vendas unitárias. Produtos como frango, ovo e queijo foram os principais responsáveis por esse desempenho positivo.

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Em termos regionais, a Região Sul se destacou com o maior crescimento em unidades vendidas e o menor aumento de preços (+4,9%). Em contrapartida, a Região Norte registrou os maiores reajustes de preço e a maior retração nas vendas unitárias.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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