Ferrugem asiática preocupa produtores pelo potencial de causar grandes perdas

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A safra 2024/25 de soja na Bahia registrou o primeiro caso de Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi). O foco foi identificado no núcleo produtor de Rosário, em Correntina, no dia 5 último, por meio do Programa Fitossanitário da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). A confirmação ocorreu após análise laboratorial com apoio da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães.

O monitoramento da doença contou com o suporte do sistema Caça-Esporos, que observa continuamente os principais núcleos produtivos da região, incluindo o Anel da Soja (Estrada do Café), Placas, Bela Vista, Paraíso e Rodovia da Soja. O registro tardio da Ferrugem Asiática nesta safra contrasta com anos anteriores, quando os primeiros focos eram detectados em novembro e dezembro. Esse atraso é atribuído ao fortalecimento das ações de monitoramento fitossanitário, ao uso de boas práticas agrícolas e à assistência técnica dos produtores.

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), responsável pelo registro oficial da doença no estado, acompanha a situação e reforça que não há motivo para alarde. O monitoramento das lavouras baianas conta com a colaboração de Aiba, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Embrapa e Fundação Bahia. Coletores de esporos instalados em pontos estratégicos do oeste baiano são ferramentas essenciais para detectar precocemente a Ferrugem Asiática da Soja e outras doenças, como a Ramulária do Algodão.

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Os especialistas reforçam que é fundamental que o produtor esteja atento às informações técnicas para monitorar sua lavoura e realizar as aplicações de fungicidas quando necessário. A doença está ocorrendo em baixa pressão e de forma tardia na região, e a recomendação é intensificar o controle e seguir as orientações técnicas.

A Aiba recomenda que produtores comuniquem imediatamente qualquer suspeita da doença ao Programa Fitossanitário ou à Adab para a adoção de medidas adequadas. A identificação tardia da Ferrugem nesta safra demonstra a eficiência das estratégias de controle.

A Ferrugem Asiática pode causar grandes perdas de produtividade se não for manejada corretamente. O uso adequado de fungicidas e o cumprimento do plano de manejo são essenciais para reduzir os impactos na lavoura.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra de café 2025/26 deve recuar 8% no Brasil, aponta corretora

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A produção brasileira de café na safra 2025/26 deverá apresentar uma redução de 8% em relação ao ciclo anterior, totalizando 59,75 milhões de sacas de 60 kg. O recuo ocorre devido aos efeitos da seca do último ano e a uma poda dos cafeeiros maior do que a prevista, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira pela corretora Pine Agronegócios.

Com base em um levantamento realizado nas principais regiões produtoras do país, a Pine projetou uma queda de 16% na colheita de café arábica, que deverá atingir 36,46 milhões de sacas. Em contrapartida, a produção de café robusta deve avançar 8%, alcançando 23,29 milhões de sacas na temporada 2025/26.

O Brasil, maior produtor e exportador global de café, além de segundo maior consumidor — atrás apenas dos Estados Unidos —, desempenha um papel crucial no equilíbrio da oferta internacional. A redução na produção nacional ocorre em um momento de preços elevados no mercado global, impulsionados por déficits em outros países.

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As projeções da Pine Agronegócios ficam abaixo da média de 64,6 milhões de sacas apontada por uma pesquisa da Reuters. Segundo o relatório da corretora, o crescimento na safra de robusta pode compensar parcialmente a menor oferta de arábica, levando indústrias de torrefação a ajustarem a composição de seus blends, substituindo parte do arábica pelo robusta.

Outro fator apontado pela corretora é o volume expressivo de podas realizadas nos cafezais de arábica, o que reduz ainda mais o potencial produtivo da safra 2025/26. A poda é uma estratégia adotada por produtores quando as plantas apresentam baixo desempenho ou carga frutífera insatisfatória, resultando em produção zero no ciclo seguinte, mas fortalecendo os cafezais para a safra 2026/27.

A menor colheita deverá impactar as exportações brasileiras, que podem cair 22% em 2025/26, totalizando 39,24 milhões de sacas. Além disso, a Pine projeta uma retração de 4,5% no consumo interno, que deve ficar em 20,9 milhões de sacas, reflexo da elevação dos preços.

Os estoques finais da safra 2025/26 foram estimados pela corretora em 1,6 milhão de sacas, o menor nível já registrado, sinalizando um cenário de aperto na oferta e possíveis reflexos nos preços ao consumidor.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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