Safra de noz-pecã pode ter quebra de 40% neste ano, estima IBPecan

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Após sofrer perdas significativas com as enchentes de maio, que coincidiram com o início da colheita, os produtores de noz-pecã agora enfrentam um novo desafio: a combinação de calor intenso e chuvas insuficientes. O clima extremo deste verão tem agravado a situação, e, segundo o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), a estimativa atual aponta para uma redução de 40% na safra. Caso essa projeção se confirme, a produção deverá ficar entre 4 mil e 5 mil toneladas.

Além das dificuldades climáticas, o setor também lida com um alto índice de informalidade, conforme apontado pelo presidente do IBPecan, Claiton Wallauer, em reunião da Câmara Setorial da Noz-Pecã. “Os dados levantados pela Emater mostram que a informalidade ainda é um grande entrave para o crescimento do setor, principalmente devido aos elevados custos de revenda da noz”, explica Wallauer. Segundo ele, é necessário um estudo mais detalhado sobre a questão para que sejam tomadas decisões assertivas. A entidade trabalha para incentivar a formalização dos produtores, o que permitiria a criação de novas agroindústrias, assegurando maior qualidade e sanidade ao produto.

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Uma das principais iniciativas do IBPecan para viabilizar essa formalização é a criação de um regime tributário diferenciado para a pecanicultura, semelhante ao conquistado pelos produtores de oliveiras e azeites de oliva, que tiveram o ICMS reduzido de 12% para 4% a partir de janeiro deste ano. O tema foi debatido em reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo. Segundo o IBPecan, a mudança na tributação estimularia a adesão à formalidade, aumentaria a competitividade da noz-pecã em relação a outras nozes e castanhas e poderia gerar maior arrecadação com o crescimento do consumo.

Outro ponto discutido no encontro foi a ampliação dos sistemas de irrigação para os pomares de pecan. Segundo Wallauer, os produtores enfrentam o quarto ano consecutivo de estiagem, e os modelos atuais de financiamento para projetos de irrigação não se adequam às especificidades da cultura. “Precisamos de um enquadramento específico para a pecanicultura, pois os modelos existentes para outras fruticulturas não atendem nossas demandas”, ressaltou. A pauta tributária e a necessidade de um programa de irrigação estruturado serão levadas à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural e Irrigação (Seapi).

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O Rio Grande do Sul é o maior produtor de noz-pecã do Brasil, respondendo por mais de 80% da produção nacional e sediando mais de 90% das indústrias de beneficiamento do país. O estado recebe a produção local, além de parte da colheita de Santa Catarina e Paraná. Atualmente, estima-se que existam 10,5 mil hectares cultivados por cerca de 2 mil produtores, majoritariamente agricultores familiares. Além do abastecimento do mercado interno, o excedente da produção é exportado para destinos como Ásia, Oriente Médio, Europa, Canadá e Estados Unidos.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Mercado de arroz mantém ritmo calmo e recua com avanço da colheita

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O mercado brasileiro de arroz encerrou a penúltima semana de fevereiro com um comportamento calmo e viés de baixa, reflexo do avanço da colheita no Rio Grande do Sul, estado que lidera a produção nacional.

De acordo com Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, as indústrias seguem cautelosas, limitando as compras a situações emergenciais enquanto aguardam uma definição mais clara sobre a oferta e a demanda. “O reflexo imediato é uma liquidez reduzida e a resistência dos produtores em aceitar preços menores, o que prolonga a disputa entre compradores e vendedores”, explica.

No varejo, a demanda começa a apresentar sinais de recuperação gradual, fator que pode contribuir para um ajuste no consumo interno nos próximos meses. “A pressão sobre os preços em toda a cadeia produtiva se intensifica com a confirmação de uma safra cheia, o que pode tornar o arroz mais acessível à cesta de consumo das famílias, especialmente diante da alta generalizada dos alimentos”, analisa Oliveira.

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Caso esse movimento se concretize, parte da produção poderá ser absorvida pelo mercado interno, reduzindo a pressão baixista sobre as cotações.

Competição regional e desvalorização da saca

Nos demais países do Mercosul, a colheita também avança. No Paraguai, aproximadamente metade da safra já foi colhida, com projeções entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de toneladas. Diante desse cenário, exportadores paraguaios buscam expandir mercados para garantir preços mais atrativos e manter a competitividade na temporada.

No Brasil, os preços seguem em queda. No Rio Grande do Sul, a saca de 50 quilos de arroz (com 58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) foi negociada a R$ 95,91 na quinta-feira (20), registrando uma retração de 2,45% em relação à semana anterior. Comparado ao mesmo período do mês passado, a desvalorização foi de 4,61%, enquanto em relação ao mesmo período de 2024, o recuo foi ainda mais expressivo, atingindo 16,31%.

Fonte: Portal do Agronegócio

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