A Educação em 2019, por Mario Eugenio Saturno
Foi divulgado dias atrás, o resultado do IDEB-2019, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que avalia os alunos nas disciplinas de português e matemática. E mostra que, no ensino médio, o Brasil não atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Educação (MEC), embora tenha melhorado em relação ao índice anterior, o IDEB-2017. O mesmo ocorreu nos anos finais do ensino fundamental que ficou abaixo da meta. Por outro lado, nos anos iniciais do ensino fundamental, mais uma vez, ultrapassou-se o esperado.
O IDEB é o principal indicador da qualidade dos sistemas educacionais brasileiro. Ele é calculado com base nas médias da Prova Brasil e nos fluxos de aprovação, reprovação e abandono extraídos do Censo Escolar.
Diversas análises foram feitas pela grande imprensa, como não fiquei satisfeito, peguei os dados do sítio do MEC e comecei minhas próprias análises. Como o Estado de São Paulo é o mais populoso e já chegou a investir 30% do orçamento na Educação, parece óbvio estar mais atento aos resultados desse estado.
Nos anos iniciais, do 1º ao 5º ano, o Paraná está em primeiro lugar com 6,8, seguido por São Paulo, em segundo, com 6,6, depois, o Ceará, com 6,5, Minas Gerais, Goiás, Acre e Espírito Santo. Nos anos finais, do 6º ao 9º ano, São Paulo e Goiás estão em primeiro lugar com 5,2, seguido por Paraná, Rondônia, Acre, Espírito Santo e Ceará. E no Ensino Médio, Goiás com 4,7, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, São Paulo e Ceará.
Ceará e Goiás que foram destaques no IDEB-2017 perderam posição e até diminuíram suas pontuações nos anos iniciais. São Paulo teve um bom crescimento no final do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Quando se considera o ensino público estadual e municipal, na fase inicial do fundamental, São Paulo lidera, seguido pelo Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Ceará e Goiás. Na fase final, São Paulo novamente em primeiro, seguido do Ceará, Goiás e Paraná. Não é difícil perceber que as cidades de São Paulo também melhoraram muito. Já no Ensino Médio, Espírito Santo está em primeiro, seguido de Goiás, Paraná e São Paulo.
Um fato interessante a se ponderar é que entre as cem melhores escolas públicas do Brasil, no final da Educação Fundamental, somente três escolas paulistas aparecem, e a primeira aparece na 87ª posição, da pequena cidade de Monte Azul Paulista. O Alagoas tem cinco escolas, Pernambuco tem seis e o Ceará, 39. Isso é um forte indicativo de que a educação de São Paulo é mais bem distribuída e menos desigual.
No Ensino Médio, entre os cem primeiros (são 127, já que no último lugar tem empate), o Ceará tem 15 escolas, o Espírito Santo tem uma, Goiás, nenhuma, e o Paraná, uma, já São Paulo tem 74, sendo que 71 escolas são ETEC – Escolas Técnicas do Estado de São Paulo. Como São Paulo tem 161 ETEC avaliadas, mostra-se um tipo de escola que além de ser profissionalizante, é bem sucedida em educar os alunos. Destes cem primeiros, destacam-se apenas 25 escolas federais, sendo que apenas quatro são colégios militares, que pelo que se investe, é decepcionante.
Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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ARTIGO
Seja mais otimista
Na época, eu me via afundada em pensamentos negativos. Parecia o fim do mundo. Quando finalmente decidi sair desse buraco, fui a busca de algo que me ajudasse. Encontrei várias coisas: estudos, práticas, meditação entre outros. Mas qual foi o divisor de águas? Um TED Talk sobre a técnica da gratidão. Nela, a pessoa precisa terminar o seu dia dizendo três coisas pela qual foi grata naquele dia.
Você sabia que ser otimista pode influenciar positivamente no seu desempenho? Algumas pesquisas já comprovaram isso. Por exemplo, um experimento organizado pelo pesquisador Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia, acompanhou dois grupos de funcionários: os aprovados por aptidão e os escolhidos pelo otimismo. Logo no primeiro ano, os otimistas tiveram desempenho 21% melhor do que os demais.
Outro dia, assisti um episódio do meu podcast favorito, o The Diary of a CEO, tratando deste mesmo tema. Em algum momento do vídeo, a convidada traz um dado bem interessante: ‘Pessoas otimistas ganham, em média, 33 mil dólares a mais que pessoas pessimistas’.
A pesquisa não é bem clara e não dá para saber se isso acontece apenas pelo fato delas pensarem positivo, ou se elas compartilham características mais valorizadas no mercado de trabalho. O fato é que pessoas otimistas ganham mais!
A convidada ainda comentou que pessoas otimistas são mais felizes, porque correm mais riscos. E isso acontece pelo simples fato delas acreditarem que as coisas vão dar certo. Parece meio óbvio. Por que começar uma coisa pensando que vai dar errado?
É por isso que a maioria dos empreendedores de sucesso são pessoas otimistas. Outra opinião dada foi que o pessimismo está ligado a depressão. Mas o que fazer para se tornar uma pessoa mais otimista? A resposta dada não me agradou muito. Porém, fez-me lembrar da minha própria experiência com depressão, em 2015.
Na época, eu me via afundada em pensamentos negativos. Parecia o fim do mundo. Quando finalmente decidi sair desse buraco, fui a busca de algo que me ajudasse. Encontrei várias coisas: estudos, práticas, meditação entre outros. Mas qual foi o divisor de águas? Um TED Talk sobre a técnica da gratidão. Nela, a pessoa precisa terminar o seu dia dizendo três coisas pela qual foi grata naquele dia.
E o que isso faz? Isso faz com que, depois de um tempo praticando essa técnica, o seu cérebro começa a procurar coisas para citar ao final do dia. Você passa a olhar para o lado mais positivo do seu dia. Esse tempo varia, para mim foram uns 7 dias. Essa experiência me fez pensar: por que não trazer essa técnica para o meu negócio?
Criei um ritual antes de cada reunião semanal: cada um do time tem que compartilhar uma coisa positiva e uma coisa negativa que aconteceu com ela na semana anterior. Você tem um minuto para isso, ou seja, não gasta muito tempo! Tem uma regra, aliás. Você pode passar uma semana sem uma experiência negativa, mas uma positiva é obrigatória.
E por que o negativo? Ah, isso é para criar empatia! Às vezes, uma palavra atravessada numa conversa ou uma mensagem não respondida pode deixar alguém magoado. Quando compartilhamos o negativo, normalmente descobrimos que a pessoa estava passando por algo complicado quando não agiu da melhor forma.
Não se trata de uma sessão de terapia em grupo, mas ajuda a criar laços e compreensão. Essa prática trouxe resultados incríveis na cultura da empresa, na gestão e na união da equipe. É algo que vai além do profissional, cria empatia e positividade no ambiente. Isso pode fazer a diferença.
Juliana Brito, empresária, CEO e cofundadora da Indie Hero e da GJ+
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