Aliados e adversários políticos lamentam morte de Bruno Covas

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Aliados e adversários políticos manifestaram pesar pela perda do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, na manhã deste domingo (16), no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.

O governador do estado, João Doria, agradeceu, em nota, a dedicação de Bruno Covas à população paulistana e manifestou solidariedade à família pela morte do prefeito, que estava licenciado do cargo desde o dia 2 deste mês. O prefeito morreu hoje, às 8h20, em consequência do agravamento de  um câncer diagnosticado em outubro de 2019. “Sua garra nos inspira e seu trabalho nos motiva”, escreveu Doria.

O Poder Judiciário de São Paulo também destacou a luta de Covas pela vida. “Encerrou, no dia de hoje, uma trajetória que nos deixará exemplos de coragem e bravura frente à doença que precocemente o fez deixar a vida terrena”, diz o texto publicado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). “Destacava-se pela delicadeza de trato, que aproximava as pessoas e permitia, com isso, soluções aos problemas mais críticos enfrentados no dia a dia”, afirmou o presidente do TJSP, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco.

O diretório estadual e municipal do PSDB, partido do prefeito, destacou que Covas foi um quadro da política “formado na militância partidária que valorizava o diálogo e a construção de consensos”.

Pelas redes sociais, políticos de diversos matizes partidários lamentaram a morte precoce do prefeito. Guilherme Boulos, do PSOL, que enfrentou Covas no segundo turno das eleições municipais de 2020, disse: “Tivemos uma convivência franca e democrática. Minha solidariedade aos seus familiares e amigos neste momento difícil. Vá em paz, Bruno!”.

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Ex-presidentes da República, como Michel Temer, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva também escreveram mensagens públicas de pesar.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, relembrou a trajetória familiar dos Covas. “Assim como seu avô, o governador Mario Covas, lutou bravamente pela vida e honrou o mandato que recebeu do povo paulistano até o final, sempre com altivez.”

O Santos, time do coração de Bruno Covas, publicou no Twitter mensagem lamentando a perda do torcedor: “O Santos FC lamenta profundamente o falecimento do prefeito de São Paulo, Bruno Covas. Santista apaixonado, Covas foi um exemplo de luta e amor à vida nessa triste batalha contra o câncer. Nossos sentimentos aos amigos e familiares!”

Homenagens

O corpo do prefeito será levado para o hall do Edifício Matarazzo, sede da prefeitura paulistana, onde será feita uma homenagem restrita a amigos e familiares, devido à pandemia.

Em seguida, o corpo de Bruno Covas seguirá em carro aberto, em cortejo, pela Avenida Paulista, pelo Viaduto do Chá e Largo Paissandu e pelas avenidas São João e Ipiranga, além da Rua da Consolação e outras vias. O corpo será sepultado na cidade de Santos, terra natal do prefeito, em cerimônia também restrita à família.

Um link via YouTube será disponibilizado para os que desejarem acompanhar a cerimônia no Hall Monumental do Palácio Matarazzo. A homenagem terá início às 13h.

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Trajetória

Bruno Covas era filho de Pedro Lopes e Renata Covas Lopes e pai do jovem Tomás Covas. Nascido em Santos, no litoral paulista, no dia 7 de abril de 1980, Bruno Covas foi advogado, economista e político brasileiro. Mudou-se para a capital paulista em 1995 e, dois anos depois, filiou-se ao PSDB, seguindo os passos do avô, o ex-governador Mário Covas (1930-2001). No partido, chegou a ser presidente estadual e nacional da juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual.

Sua carreira na política começou em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito da cidade natal. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo e reeleito para o mesmo cargo em 2010, com mais de 239 mil votos, sendo o mais votado daquele ano no estado.

No ano seguinte, assumiu como secretário estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo até 2014, quando foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019.

Em 2016, candidatou-se a vice-prefeito de São Paulo na chapa de João Doria e eleito, e renunciou ao mandato de deputado federal. Dois anos depois, assumiu a prefeitura após a renúncia de João Doria, que deixou o cargo para concorrer ao governo paulista. Em sua gestão, teve que enfrentar a pandemia do novo coronavírus, que chegou a São Paulo em fevereiro de 2020.

Edição: Nádia Franco

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POLÍTICA NACIONAL

Projeto prevê garantia para obra executada com recurso de emenda parlamentar

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O Projeto de Lei 4279/24, em análise na Câmara dos Deputados, exige que as obras e os serviços de engenharia executados com recursos de emendas parlamentares possuam instrumentos de mitigação de riscos, como seguro-garantia ou fiança bancária.

O intuito do projeto é garantir que as obrigações contratuais sejam cumpridas pelos responsáveis pela obra, evitando obras inacabadas.

Conforme o texto, a garantia servirá para cobrir danos relacionados à obra, como acidentes, e ainda danos por descumprimento de cláusulas contratuais. O edital deverá prever o tipo de instrumento que poderá ser contratado, podendo ser:

  • caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;
  • apólices de seguro;
  • fiança bancária; ou
  • título de capitalização, com resgate pelo valor total.

Não haverá exigência de garantia em apenas três situações: quando o valor da garantia superar 4,5% do valor do contrato, em contratos inferiores a R$ 500 mil, ou quando houver justificativa técnica para a dispensa da contratação de seguro.

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Continuidade
O projeto é do deputado Fernando Monteiro (PP-PE). De acordo com ele, o texto é importante para melhorar a qualidade e a transparência das obras executadas com recursos públicos, além de coibir obras federais inacabadas.

“A medida proporcionará uma camada adicional de segurança e fiscalização, garantindo que os recursos sejam aplicados de maneira eficiente e responsável”, explica Monteiro.

Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo nas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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