Opinião

Bambu como solução energética

O custo da produção do briquete de bambu aliado à maior duração de queima leva o consumidor a economizar até 30% de seus gastos. Como a queima desses briquetes não produzem fumaça e fuligem, espera-se uma grande redução nos gastos com saúde, já que a exposição à poluição do ar domiciliar pode ocasionar doenças cardiovasculares, infecções respiratórias agudas, doença pulmonar obstrutiva crônica e bronquite crônica, câncer de pulmão, catarata, baixo peso ao nascer e natimortos. No mundo, estima-se em mais de 3,5 milhões de mortes prematuras em todo o mundo por esse motivo.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

O Fórum econômico do G20 divulgou uma interessante iniciativa africana, a substituição de carvão de madeira por bambu. O esforço bem sucedido da Divine Bamboo, de Uganda, e que recebeu um certificado cinco estrelas da FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima que 2,8 bilhões de pessoas em todo o mundo ainda dependam do carvão e da biomassa para as necessidades diárias de cozimento e aquecimento, e as energias renováveis representam apenas 17% do consumo mundial de energia. A falta de acesso a combustíveis limpos e acessíveis para cozinhar é um dos maiores desafios de Uganda, com 94% da população totalmente dependente de lenha e carvão, o que leva a uma perda anual de mais de 200.000 acres de floresta a cada ano.

O bambu foi reconhecido como um importante recurso na erradicação da pobreza e na proteção ambiental devido à sua resistência, retidão, leveza, extraordinária dureza, variedade de tamanhos, abundância, facilidade de propagação e período de crescimento curto que o torna adequado para uma variedade de propósitos e usos.

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E também aparece como um potencial recurso florestal não madeireiro para substituir a madeira. Além disso, é especialmente adequado para a agrofloresta, com muitos usos, como consorciação de culturas, filtragem de água, reabilitação de áreas úmidas, fornecimento de materiais de construção e forragem. É ainda eficaz para a conservação do solo, reduzindo a erosão e, dada sua estatura resiliente, pode ser útil para a reabilitação de terras degradadas. O extenso sistema de rizomas e raízes interconectados com estrutura de rede do bambu une efetivamente o solo superficial e impede a erosão em lençóis e sulcos.

O bambu tem um período médio de rotação de 4 anos, requer manutenção mínima, sem necessidade de fertilizantes ou pesticidas, e pode ser integrado tanto em sistemas agroflorestais quanto em sistemas agrícolas mistos. O bambu é um sumidouro de carbono, absorvendo dióxido de carbono e liberando 30% mais oxigênio na atmosfera em comparação com uma massa equivalente de árvores. Isso ocorre porque pode ser colhido regularmente, criando uma grande quantidade de produtos duráveis que armazenam carbono por vários anos, além do carbono na própria planta.

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O custo da produção do briquete de bambu aliado à maior duração de queima leva o consumidor a economizar até 30% de seus gastos. Como a queima desses briquetes não produzem fumaça e fuligem, espera-se uma grande redução nos gastos com saúde, já que a exposição à poluição do ar domiciliar pode ocasionar doenças cardiovasculares, infecções respiratórias agudas, doença pulmonar obstrutiva crônica e bronquite crônica, câncer de pulmão, catarata, baixo peso ao nascer e natimortos. No mundo, estima-se em mais de 3,5 milhões de mortes prematuras em todo o mundo por esse motivo.

E é um excelente modelo de negócios, gerando empregos, treinamentos, viveiros, plantações, processamento de briquetes e distribuição. Algo que pode ser feito por governos, parlamentares e ONG. Será que mudamos este país?

Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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ARTIGO

Os cristãos da carta de Paulo aos romanos

Naquela época, o nome poderia revelar a origem (raça) e até a condição social da pessoa. Pelo nome podia-se conhecer a raça (judeu ou pagão) e a condição social (escravo ou não) da maioria das pessoas. A Igreja de Roma era composta de grande diversidade de raças e culturas.

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Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Em artigo anterior, mostrei um preâmbulo da carta aos Romanos, que é um texto pastoral, e que buscava fazer uma introdução de si, quem era o apóstolo Paulo. Ficou patente que Paulo conhecia pessoas pelos nomes 28 pessoas da comunidade romana, sendo 18 homens e 10 mulheres.

A portadora da carta, Febe, não era conhecida. Logo faria parte da Igreja de Roma, elevando a 11 mulheres citadas no capítulo 16. Fica claro que Paulo dá relevância às mulheres, atitude contrária à condição da mulher naquele tempo.

Naquela época, o nome poderia revelar a origem (raça) e até a condição social da pessoa. Pelo nome podia-se conhecer a raça (judeu ou pagão) e a condição social (escravo ou não) da maioria das pessoas. A Igreja de Roma era composta de grande diversidade de raças e culturas.

Paulo repete o pensamento desenvolvido na primeira carta aos Coríntios (Rm 12,4-30) mostrando que a harmonia do corpo humano se dá pela união e pela colaboração dos diferentes membros. A mesma coisa acontece com o corpo social. É disso que a carta fala em Rm 12,3-8. E Paulo recorda sete dons diferentes que constituem a riqueza das igrejas domésticas de Roma: profecia, serviço, ensino, aconselhamento, distribuição de donativos, presidência da comunidade e exercício da misericórdia (12,6b-8).

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São as pastorais das igrejas domésticas romanas. Ao recordar sete dons, Paulo quis mostrar todos os dons (o número sete significa totalidade) que constituem ao mesmo tempo a diversidade das comunidades. Essas igrejas tinham também seus conflitos. O primeiro grande conflito entre as comunidades era a raça, ou seja, entre judeus e não judeus (chamados de gregos em Rm 10,12). Grande parte da carta é para resolver esse problema, alargando o horizonte, porque é um problema geral.

Aliás, esse foi um dos conflitos permanentes em toda a sua vida. Para ele é evidente que em Jesus Cristo acabaram-se as diferenças por causa de raça, condição social ou sexo (Gl 3,28; Rm 10,12; 1Cor 12,13; Cl 3,11). Para Paulo, os cristãos de origem e culturas diferentes não é motivo de desunião, mas de enriquecimento mútuo.

A Carta aos Romanos pode ser dividida em três partes, além da saudação inicial e da conclusão. O endereço, a saudação e a ação de graças (1,1-15). A Primeira Parte (1,16-8,39): O Evangelho é a força de Deus que salva. Tema geral (1,16-17): (a) A ira de Deus (1,18- 3,20). (b) A salvação vem pela fé (3,21-4,25). (c) Viver de modo novo (5,1-8,39). Segunda parte (9,1-11,36): Deus e Israel. Terceira parte (12,1-15,13): A vida cristã. Conclusão: Ministério de Paulo, projetos, saudações, recomendações e louvor (15,14-16,27).

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Paulo apresenta-se sozinho no início da carta, mas mostra sua identidade mediante três títulos que caracterizam sua missão (1,1): “servo de Jesus Cristo”, alguém que recebeu uma missão (“apóstolo”, do grego, enviado) do próprio Jesus que o escolheu (“escolhido”). Ele coloca-se como os profetas do Antigo Testamento, considerados: “servos” (Amós 3,7), “enviados” (Jeremias 25,4) e “escolhidos” (Jeremias 1,5).

Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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