Chuva causa transtornos e deixa o Rio em estado de atenção
O Rio de Janeiro entrou em estágio de atenção às 8h15 de hoje (22). Desde ontem à noite, a cidade enfrenta chuvas e ventos fortes em várias regiões. Em muitos bairros há bolsões d’água nas pistas, como na Barra da Tijuca, na zona oeste, e na Praça da Bandeira, na zona norte. Na Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, os motoristas também enfrentam problemas com a quantidade de água nas pistas.
Segundo o Centro de Operações da prefeitura do Rio (COR), por causa do acumulado de 24h foram acionadas sirenes na favela da Rocinha, na zona sul. O Alerta Rio informou que, neste momento, o núcleo de chuva permanece estacionário no Maciço da Tijuca, mas começa a perder intensidade gradualmente.
A previsão de chuva moderada a forte, com ventos moderados a fortes, continua ao longo desta terça-feira. De acordo com a Marinha, continua a ressaca no litoral do Rio e as ondas podem chegar a três metros. Por isso, a recomendação é não entrar no mar.
De acordo com o Centro de Operações, o estágio de atenção é o terceiro nível em uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências já impactam a cidade, afetando a rotina de parte da população.
Recomendações
A prefeitura pede que a população evite o deslocamento entre a tarde de hoje e madrugada de amanhã, não vá pelas regiões mais atingidas pela chuva, evite áreas sujeitas a alagamentos e/ou deslizamentos e não force a passagem de veículos em áreas aparentemente alagadas.
Em casos de ventos fortes e/ou chuvas com descargas elétricas, não se deve aproximar de árvores ou áreas descampadas. Nos pontos de alagamento, o melhor é não ter contato direto com postes ou equipamentos que possam estar energizados. O contato com a água de alagamentos também deve ser evitado porque a água pode estar contaminada e oferecer riscos à saúde.
Se houver sinais de rachaduras, trincas ou abalo na estrutura das residências, o morador precisa acionar a Defesa Civil pelo número 199 e evitar permanecer em casa. Moradores de áreas de risco precisam ficar atentos aos alertas sonoros, porque o acionamento das sirenes indica perigo de deslizamento.
As pessoas devem se deslocar para os pontos de apoio estabelecidos pela Defesa Civil Municipal. Os locais são informados pelo número 199. Em casos de emergência, ligue para os telefones 193 (Corpo de Bombeiros) e 199 (Defesa Civil).
Edição: Kleber Sampaio
GERAL
Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos
Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.
Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo alimentos, sem restrições ou constrangimentos.
O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.
Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.
Diabetes
Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.
São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.
Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.
Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.
Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.
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