Chuva no Rio de Janeiro em um dia supera média do mês
O acumulado de chuva na cidade do Rio de Janeiro, das 18h de segunda-feira (21) às 6h de hoje (23), chegou a 114,3 mm, 57% a mais do que a média para todo o mês de setembro, que é de 72,5 mm.
De acordo com o sistema Alerta Rio, os maiores índices pluviométricos foram registrados no Recreio dos Bandeirantes, na Grota Funda, na Avenida Brasil/Mendanha, na Barra/Barrinha e no Alto da Boa Vista.
Segundo a prefeitura, a cidade recuou do Estágio de Atenção para o de Mobilização às 8h e as sirenes do sistema Alerta Rio, ligadas em 17 comunidades, foram desligadas. A prefeitura alerta, entretanto, que o solo ainda está encharcado em diversas encostas e os cuidados devem ser mantidos.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informa que não há previsão de chuva forte para hoje, mas a cidade ainda registra algumas ocorrências relacionadas ao temporal de ontem. Há alagamentos no Jardim Maravilha, em Campo Grande, na Estrada do Rio Morto, em Vargem Grande, e no Muzema, em Rio das Pedras; queda de árvore na Estrada da Pedra Bonita e deslizamento na Estrada da Gávea Pequena.
Desde as 21h de segunda-feira, a Defesa Civil municipal registrou 107 chamados. Foram 41 ocorrências por ameaça de desabamento de estrutura, 32 para imóveis com rachadura e infiltração e 23 por ameaça de deslizamento de encosta. Os bairros com mais chamados foram a Tijuca, Campo Grande, Itanhangá, Vidigal, Alto da Boa Vista, São Cristóvão, Santa Teresa, Bangu, Todos os Santos, Freguesia, Guaratiba, Vargem Grande e Bangu.
O órgão fez 13 interdições, sendo 11 na região do Alto da Boa Vista, uma no Rio Comprido e uma na comunidade do Faz Quem Quer, em Rocha Miranda.
A Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) atuou para desfazer 43 bolsões d`água em diferentes pontos da cidade e limpou 606 caixas de ralos de escoamento das águas pluviais. Foi registra a queda de 40 árvores e a ressaca no mar levou lixo à praia no Leblon.
O Rio Morto transbordou em Vargem Grande, causando a interdição da Estrada Alceu de Carvalho.
Edição: Lílian Beraldo
GERAL
Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos
Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.
Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo alimentos, sem restrições ou constrangimentos.
O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.
Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.
Diabetes
Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.
São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.
Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.
Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.
Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.
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