O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participaram, nesta sexta-feira (3), da cerimônia de inauguração do Museu das Amazônias (MAZ), em Belém (PA). O ato contou ainda com a presença de ministros do Governo do Brasil e de representantes do governo do Pará. O novo espaço cultural e científico, que recebeu investimento de R$ 20 milhões do FNDCT, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), abre as portas ao público a partir deste sábado (4).
Durante a inauguração, a ministra destacou a importância do projeto para a valorização da região. “O Museu das Amazônias é um espaço importante para a popularização da ciência, inspirado no conceito do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro [RJ], por ser interativo, tecnológico e capaz de retratar não apenas a biodiversidade, mas também as expressões populares e os saberes da Amazônia”, afirmou.
Luciana Santos destacou ainda que o novo museu é parte de uma estratégia mais ampla do Governo do Brasil para consolidar a ciência e a cultura como eixos do desenvolvimento sustentável da região. “A Amazônia é um patrimônio da humanidade e precisa ser compreendida em toda a sua complexidade. Com este museu, queremos aproximar ciência, tecnologia e arte das comunidades, valorizando sua ancestralidade e projetando futuros possíveis”, explicou.
O Museu das Amazônias integra o Complexo Porto Futuro II, em Belém. O terá entrada gratuita até fevereiro de 2026 e terá duas exposições principais. Uma delas é a Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, composta por cerca de 200 imagens em preto e branco fruto de 7 anos de expedições. A outra é a Ajurí, que reúne instalações de artistas da região Norte e de outras partes do Brasil.
Ações do MCTI para a região
O investimento no Museu das Amazônias integra o conjunto de iniciativas do MCTI voltadas ao fortalecimento da ciência e da inovação na região. No âmbito do programa Pró-Amazônia, coordenado pela Finep, estão previstos R$ 160 milhões de 2024 a 2025 para infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica. O edital lançado em julho de 2024 destinou R$ 110 milhões para ampliar laboratórios, fixar pesquisadores e reduzir desigualdades regionais, com foco em áreas como biotecnologia, biodiversidade, agroecologia, energias renováveis, tecnologias da informação, saúde, recursos hídricos e desenvolvimento urbano sustentável.
Além disso, outros R$ 50 milhões foram reservados para acervos científicos e culturais: R$ 10 milhões para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), R$ 20 milhões para a modernização do Museu Paraense Emílio Goeldi e R$ 20 milhões para a implementação do MAZ.
O MAZ foi concebido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI. O espaço foi planejado a partir de um amplo processo de escuta de indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas e comunidades urbanas da Pan-Amazônia, além de pesquisadores de diversas áreas.