Opinião
Coronavac no banco dos réus
Estava eu escrevendo um artigo sobre as novidades relacionadas aos Neandertais quando os inscientes das redes sociais fofoqueiras e promotoras de fakenews estão espalhando que a eficácia da Coronavac será questionada na Justiça e que os médicos sugerem imunização com outras vacinas. Um absurdo que me fez estudar o paper da discórdia: Effectiveness of the CoronaVac vaccine in the elderly population during a P.1 variant-associated epidemic of COVID-19 in Brazil: A test-negative case-control study.
De cara, notei a primeira curiosidade: dois coautores, Albert I. ko, e Julio Croda são da Fundação Oswaldo Cruz, o primeiro do Instituto Gonçalo Moniz, e o segundo da Fiocruz Mato Grosso do Sul. Ou seja? São concorrentes do avaliado, o que compromete a pesquisa pela perda de objetividade, já que eles têm interesse no resultado… E por que não testam a CovidShield que eles produzem? Lembrarei o que houve.
E qual foi a descoberta que o paper revela? Essa: Findings We selected 7,950 matched pairs with a mean age of 76 years from 26,433 COVID-19 cases and 17,622 test-negative controls. Adjusted vaccine effectiveness was 18.2% (95% CI, 0.0 to 33.2) and 41.6% (95% CI, 26.9 to 53.3) in the period 0-13 and=14 days etc… Interpretation CoronaVac was 42% effective in the real-world setting of extensive P.1 transmission, but significant protection was not observed until completion of the two-dose regimen. Ou uma efetividade real de 42%.
Ou seja, se o estudo foi bem feito -creio que sim-, só mostra o que já sabemos, quanto mais velho, menos efetiva. Não tem novidade! Mas qual vacina mesmo passou por algo semelhante? Lembram que alguns países da Europa como Alemanha e Áustria, que decidiram não aplicar a vacina de Oxford em pessoas com mais de 65 anos, por não haver estudos conclusivos sobre sua eficácia para essa faixa etária? Pois é. Mas não é isso que importa.
E, neste momento, o que é mais importante que eficácia? O próprio paper responde: Survival/logistic regression analysis of hospitalization, ICU, respiratory support and death: We will perform additional analyses for hospitalization and death amongst individuals who test positive and estimate the hazards according to vaccination status at the date of positive test etc… Sensitivity analyses will be conducted to evaluate the association of influence of a positive RT-PCR, antigen or serological test result prior to the vaccination campaign. Ou seja? Paper incipiente e insipiente, pois interessa saber o impacto na gravidade da doença e nas mortes, coisa que o paper não fez.
A que serve esse paper então? Alimenta os precursores da tese da ineficácia da “vacina chinesa do Dória”, mesmo que não intencional, é de um amadorismo incrível escrever um paper tão incompleto que só serviria a interesses escusos. A qualidade da informação é algo importante para se combater a pandemia. Veja-se quando o general Pazuello passou a dar destaque para o número de recuperados, que não serve para nada, exceto como prova cabal que o governo federal buscava a tal imunidade de rebanho, que não existe!
Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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ARTIGO
Legado ou prisão?
O testamento é um ato unilateral e na maioria das vezes desconhecido dos herdeiros ou legatários até a morte do testador. Daí que as surpresas podem ser extremamente desagradáveis e de difícil interpretação.
Gosto de refletir sobre palavras antitéticas que tenham o mesmo número de letras. Assim, para a palavra legado, a antitética é prisão. Explico. Quando nos comprometemos com algo que não concordamos ou não entendemos, o legado vira uma prisão.
Na minha jornada profissional, vi muitos testamentos sendo questionados, herdeiros irritados e outros aprisionados na vontade do testador. Por isso, a experiência de quem já viveu 94 anos intensos, participando de inúmeros negócios e conhecendo diversas dinâmicas familiares me encanta.
“Eu tenho mais uma sugestão para todos os pais, sejam eles pobres ou ricos. Quando seus filhos estiverem maduros, peça para eles lerem seu testamento antes de você assiná-lo. Tenha certeza que cada filho entenda tanto a lógica de suas decisões quanto as responsabilidades que eles vão encontrar depois da sua morte.Se algum deles tiver dúvidas ou sugestões, escute com cuidado e adote as que você considerar sensatas. Você não quer seus filhos perguntando
“por quê?” em relação a decisões testamentárias quando você não for mais capaz de responder”.
Essa é parte da carta de Warren Buffett publicada essa semana e replicada em várias redes sociais. O alerta é de extrema importância: discuta com seus filhos suas ideias para que elas possam ser executadas quando você não estiver mais aqui!
Em outras palavras, cuide para que seus desejos sejam um legado e não uma prisão para os beneficiários.
O testamento é um ato unilateral e na maioria das vezes desconhecido dos herdeiros ou legatários até a morte do testador. Daí que as surpresas podem ser extremamente desagradáveis e de difícil interpretação.
Buffett alerta para esse fato e previne a todos para que discutam os termos de suas últimas vontades, acrescentando: “Ao longo dos anos, eu recebi perguntas e comentários de todos os meus três filhos e com frequência adotei suas sugestões. Não há nada de errado com eu ter que defender meus pensamentos. Meu pai fez o mesmo comigo”.
Ele também afirma que altera seu testamento a cada dois ou três anos e tenta deixar as coisas simples porque ao longo dos anos viu muitas famílias se separarem depois que tomaram conhecimento do testamento. Os desejos do testador deixaram os beneficiários confusos e algumas vezes com raiva.
Em sua carta, ele diz que os ciúmes junto com desprezos reais ou imaginários durante a infância, são ampliados particularmente quando alguns filhos são favorecidos seja em termos monetários ou de posição de prestígio.
Afirma que conhece alguns casos onde testamentos de pais ricos que foram completamente discutidos antes da morte ajudaram a tornar a família mais próxima. E faz uma pergunta inquietante: “o que pode ser mais satisfatório?”
Construir um legado ou uma prisão está em nossas mãos.
Melina Lobo é Conselheira de Administração e Advogada
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