A Câmara dos Deputados realizou nesta terça-feira (20) uma sessão solene em homenagem à 22ª separação de gêmeos siameses realizada pela equipe multiprofissional do deputado Dr. Zacharias Calil (União Brasil), a primeira cirurgia no Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad).

A homenagem, proposta pelo deputado Dr. Eduardo Veloso, também do partido União Brasil-AC, destacou a excelência do trabalho realizado pelo médico por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e ressaltou a importância da estrutura do Hecad, construído pelo Governo do Estado de Goiás, com apoio de emenda parlamentar.

Presentes no parlamento estavam deputados, profissionais do Hecad e as gêmeas Heloá e Valentina, acompanhadas da irmã Kayla e dos pais Waldirene e Fernando. Para Zacharias, o momento proporcionou a celebração do sucesso da cirurgia de separação das gêmeas, assim como o reconhecimento da dedicação dos profissionais envolvidos. O deputado expressou sua gratidão por liderar uma equipe grandiosa e mencionou que alguns profissionais foram voluntários, inclusive viajando para Goiânia por conta própria.

“É nosso dever, como representantes do povo, reconhecer esses profissionais e hoje, nesta solenidade, gostaria de dizer que vocês fazem parte de um legado para a história da medicina. Alguns de vocês estiveram presentes sem receber qualquer remuneração”, afirmou.

O deputado ressaltou a complexidade da cirurgia, com destaque para a gêmea Valentina, que no processo de recuperação precisou passar por uma segunda cirurgia. Zacharias destacou ainda a participação do governador Ronaldo Caiado, que segundo ele, foi um grande apoio para a existência do Hecad. Agradeceu o papel da imprensa e dedicação em acompanhar o desdobramento com as irmãs.

“Não existe um hospital particular em Goiás como o Hecad, foram mais de 50 milhões de investimentos via emendas parlamentares. Deixo aqui a minha gratidão ao governador Ronaldo Caiado que acreditou nesse sonho. Precisamos estimular as ações básicas de saúde”, afirma o médico.

O deputado Eduardo Vellozo ressaltou a alta complexidade que envolveu a cirurgia de separação das gêmeas e o árduo trabalho realizado pelo médico Zacharias Calil e sua equipe. Falou sobre o papel do governo do estado de Goiás pela disponibilização de recursos ao Hecad, que possibilitou que a separação fosse realizada.

“Com investimento direcionado o SUS pode executar cirurgias complexas. Que todos estejamos unidos em prol de uma meta em comum, se trata de uma história de sucesso. Somos, sim, capazes de realizar ações grandiosas como países desenvolvidos. O dr. Zacharias Calil merece o prêmio nobel da medicina”, afirma.

A mãe das gêmeas, Waldirene Carmelita do Prado, reafirmou sua gratidão ao médico Zacharias Calil, equipe e Hecad, já que sem o SUS seria impossível a cirurgia das filhas. “Agradeço a Deus em primeiro lugar, sempre fui muito positiva e sabia que a cirurgia seria um sucesso. Serei eternamente grata o dr. Zacharias, graças a ele minhas filhas hoje estão separadas”, afirma.

Para Fabiana Lopes, diretora assistencial do Hecad, a homenagem é um reconhecimento ao Hecad e ao SUS e que à história de êxito das irmãs agora fazem parte desse legado. “Acreditamos que a promoção, a proteção e a recuperação da saúde das crianças deve ser oferecido visando o bem-estar e crescimento. Agradecemos o deputado Zacharias Calil por abrilhantar a nossa luta pelo fortalecimento do SUS”, diz.

A deputada Rogéria Santos, vice da Comissão da Criança e Adolescente na Câmara, parabenizou a iniciativa do deputado Zacharias Calil por trazer a equipe do Hecad para ser homenageada. “Espero um dia ter um hospital de excelência na Bahia como o Hecad, para tratar das nossas crianças. Parabéns ao SUS por proporcionar essa cirurgia às meninas”, diz.

Relembre a cirurgia

A cirurgia de separação da gêmeas ocorreu no dia 11 de janeiro e durou cerca de 16 horas. O procedimento contou com mais de 150 profissionais, dentre médicos, enfermeiros, técnicos e outros, estiveram envolvidos nos cuidados com as meninas desde a cirurgia e durante o tempo em que permaneceram no hospital.

À época Zacharias Calil ressaltou que a gêmea Valentina era um milagre resultante da aliança entre a medicina e a fé, uma vez que chegou a pensar que a menina não sobreviveria. As irmãs Heloá e Valentina receberam alta em março após 51 dias internadas e continuam em processo de recuperação em casa com os pais.

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