Opinião
É preciso muito cuidado com a criação da “Arrozbrás”
A melhor forma de baixar preços é produzir e produzir muito, de tal forma que a quantidade permita a redução de preço. Se adotarmos no Brasil a “Arrozbrás”, intervenção típica de regimes esquerdistas e que nunca deu certo, corremos o risco de ver mais um fracasso da nossa economia.
![](https://jornaldovale.com/wp-content/uploads/2023/06/Ives-Gandra-Jurista-Professor-Advogado.jpg)
O governo brasileiro está importando arroz por causa da quebra de safra no Rio Grande do Sul. O que impressiona é que o governo quer fornecer o arroz tabelado e abaixo do preço de mercado.
De certa forma, essa intervenção no mercado vai representar um desestímulo à plantação de arroz no Brasil, porque os agricultores terão prejuízos. Ao fazer esse tabelamento, que desestimula o plantio, possivelmente ficaremos dependentes da importação de arroz, quando somos autossuficientes e exportadores. Isso representa uma intervenção semelhante àquela que vimos Nicolás Maduro fazer na Venezuela, quando resolveu vender a gasolina tão barata e muito abaixo do preço de mercado. Apesar de o país ter a maior reserva de petróleo do mundo, a medida desestruturou toda a indústria petrolífera do país.
Sempre que se intervém no mercado, desestimula-se a produção. Intervenções geram a sensação de que os preços se tornam estáveis, mas há naturalmente desemprego decorrente daqueles que não continuarão a trabalhar no ramo onde ocorreu, destacadamente no caso do controle de preços.
Os congelamentos de preços no Brasil (planos Cruzado, Bresser e Collor) sempre foram um fracasso. Mesmo na Argentina houve congelamento de preços (Plano Primavera). Todos fracassaram. Aliás, há 4 mil anos o congelamento de preços fracassa, pois está no Código de Hamurabi, o primeiro registro de congelamento na história, que não deu certo. Tivemos, ainda, em 300 d.C. um congelamento praticado por Diocleciano em Roma, que também fracassou.
Congelar o preço, desestimulando a produção nacional e tendo que se comprar, eventualmente, mais caro para se vender mais barato, é intervenção no mercado que nunca deu certo.
Além disso, no caso brasileiro, está se importando uma fantástica quantidade, com queima de divisas, quando asseguram muitos especialistas do setor que a produção nacional ainda pode garantir o consumo interno.
Isso preocupa os produtores brasileiros, pois se eles deixarem de produzir, em vez de termos o arroz como gerador de divisas, o teremos como um consumidor de divisas.
A melhor forma de baixar preços é produzir e produzir muito, de tal forma que a quantidade permita a redução de preço. Se adotarmos no Brasil a “Arrozbrás”, intervenção típica de regimes esquerdistas e que nunca deu certo, corremos o risco de ver mais um fracasso da nossa economia.
Precisamos que todos aqueles que conhecem o assunto pressionem o Congresso Nacional para que tenhamos liberdade no setor, até porque o artigo 174 da Constituição Federal declara que o planejamento econômico é indicativo para o setor privado, mas não pode ser obrigatório.
No momento, entretanto, em que se congela o preço do arroz, se torna obrigatório. Aqueles que não praticarem o mesmo preço não poderão vender sua mercadoria, e se esses preços tabelados não compensarem, desestimular-se-á a continuidade da produção de arroz no Brasil.
Ives Gandra da Silva Martins é professor e advogado
JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com
Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres
Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192
![JORNAL DO VALE](https://jornaldovale.com/wp-content/themes/zox-news/images/logos/logo-nav.png)
![](https://jornaldovale.com/wp-content/uploads/2021/06/neguinho_750.jpg)
ARTIGO
Remédios para a alma
O melhor remédio é aquele que se faz com o autoconhecimento e a crivagem do autocontrole, pois o que importa são as obras, os frutos e não as sensações do corpo ou as experiências hedônicas.
![](https://jornaldovale.com/wp-content/uploads/2021/12/Paulo-Hayashi-Jr..jpeg)
A vida traz e leva situações nem sempre confortáveis e nestes encontros e choques, vamos nos moldando e acumulando experiências e conhecimentos. Nascer, envelhecer e partir são as fases do ser e nutrir-se da fé e da afinidade com Deus nos auxilia decisivamente nesta caminhada.
Se por um lado, a planta é ajudada pelos nutrientes da terra que enriquecem a fruta, cabe à árvore seu desenvolvimento e direcionamento à luz.
Neste sentido, é vital ter a consciência que toda oportunidade é chance de aprendizagem e crescimento e segurar a atitude mental adequada é o primeiro remédio disponível. Pelas atitudes, melhoramos ou não os problemas e também, os resultados.
Para alguns, cada empecilho é um drama, para outros autêntica chance de expressar sua melhor versão. Ser o ajudante de si mesmo é abraçar as causas do Cristo e deixar de lado o egoísmo, a vaidade e o orgulho. Tais chagas minam o potencial individual, espalhando o veneno da ilusão material. O melhor remédio é aquele que se faz com o autoconhecimento e a crivagem do autocontrole, pois o que importa são as obras, os frutos e não as sensações do corpo ou as experiências hedônicas.
A maldade nada mais é do que a ignorância humana, pois apenas a verdade maior liberta dos erros, preconceitos e vacilos”. A mente que se abre para uma ideia jamais volta ao estado original”, disse Albert Einstein. O mesmo em relação às verdades sagradas. A bíblia não é um livro de estórias, mas de guia e referência para uma vida digna, salutar e feliz. A moral e a harmonia são as medicinas d’alma que iluminam o ser de dentro para fora.
Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com
Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres
Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192
- Acidente3 dias atrás
Acidente em Santa Terezinha de Goiás deixa uma vítima fatal
- POLÍTICA NACIONAL5 dias atrás
Mãe mata o filho de 17 anos a facadas
- POLÍTICA NACIONAL4 dias atrás
Uruaçu: Irmão matou PM a tiros após ser agredido por ele na frente da família, conclui polícia
- Acidente4 dias atrás
Em Goiás, radialista morre após acidente entre carro e moto
- PLANTÃO POLICIAL5 dias atrás
PM realiza prisão de venezuelano suspeito de tentativa de homicídio, em Ceres
- PLANTÃO POLICIAL4 dias atrás
Mulher é morta a facadas pelo ex-marido, em Amaralina
- Acidente16 horas atrás
Acidente entre ônibus e moto deixa uma vítima fatal, em Rialma
- Acidente3 dias atrás
Veículo de prefeitura se envolve em acidente, em Rialma