Engajamento contra pandemia depende de dados confiáveis, diz OCDE
O nível de engajamento dos cidadãos em ações de combate à pandemia de covid-19 está diretamente relacionado ao nível de confiança que possuem nas informações prestadas pelo governo sobre a crise sanitária, afirmou hoje (23) Frédéric Boehm, analista de Integridade Pública da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Boehm abriu nesta quarta-feira um seminário voltado a agentes públicos brasileiros, promovido pela Controladoria-Geral da União (CGU), sobre como aumentar a confiança nas instituições brasileiras.
“Falando da crise que estamos vivendo, se os cidadãos desconfiam das informações prestadas sobre a covid-19, não estarão dispostos a fazer sua parte para conter a pandemia”, avaliou o analista. “Sabemos que a confiança é essencial para a vida social, para a política, e para as políticas públicas”, disse.
A OCDE promove estudos sobre como melhorar o funcionamento do setor público. De acordo com dados mais recentes da entidade, referentes a levantamento de 2018, menos de 20% dos brasileiros dizem confiar no governo, menor índice da América Latina e segundo menor entre 41 países pesquisados, atrás apenas da Grécia.
Para o ministro Wagner Rosário, da CGU, a alta desconfiança no Brasil ainda é decorrente do combate à corrupção promovido nos últimos anos e que um dos desafios para recuperar a confiança nas instituições é superar a polarização na sociedade.
“Onde você tem um ambiente muito polarizado, ainda tem uma desconfiança grande da cidadania”, disse Rosário. “No momento em estamos saindo de um clico vicioso de corrupção, buscando implantar um ciclo virtuoso que venha destruir a percepção anterior”, acrescentou.
Durante o seminário online, técnicos da OCDE enumeraram atitudes que os governos devem evitar para recuperar a confiança do cidadão, entre elas, o fornecimento de pouca informação confiável, a tomada de decisões partidárias ou tardias, a falta de suporte aos mais vulneráveis e a coordenação insuficiente com outras organizações da sociedade.
De acordo com dados da entidade, ainda referentes a 2018, menos de metade dos brasileiros confiam no sistema de saúde nacional, por exemplo. A OCDE ainda não divulgou números que considerem o impacto da pandemia no indicador.
Edição: Lílian Beraldo
GERAL
Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos
Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.
Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo alimentos, sem restrições ou constrangimentos.
O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.
Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.
Diabetes
Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.
São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.
Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.
Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.
Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.
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