Opinião

Esqueça ‘afiar o machado’, você precisa trocar a ferramenta

Grandes empresas como Google, Microsoft e Amazon utilizam esta ferramenta de gestão no dia a dia, com o objetivo de trazer mais clareza e foco, conseguir priorizar melhor, e, especialmente, gerar muito alinhamento para os seus colaboradores, visto que possuem um número muito alto de pessoas envolvidas nas mais diversas funções, portanto, é necessário que saibam o que é mais importante, como suas tarefas impactam a estratégia e o motivo de estarem realizando-as.

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Pedro Signorelli é especialista em gestão

Existem muitas empresas bem-sucedidas no mundo, nos mais variados segmentos e modelos de negócio. No entanto, quais são os fatores que fazem com que estejam nesse nível em seus respectivos contextos? O fato é que para atingir este alto patamar, é necessário entregar uma alta performance e resultados em diversos aspectos, e sabemos que isso não acontece da noite para o dia.

Antes de tudo, é fundamental ter compreensão do cenário atual de negócio. Sim, parece meio óbvio, mas o ponto é que está cada vez mais difícil estar atualizado sobre isso, a cada momento surge um novo concorrente que nem atuava no seu segmento ou um produto novo do velho e conhecido concorrente. Olhe para as listas das maiores empresas há 50, há 20 anos e agora. Perceba que a mudança drástica. O que trouxe as empresas até aqui não é o mesmo que vai te ajudar a navegar nesses mares daqui para frente. Então, como estar sempre pronto para ajustar a vela conforme o vento?

Não basta ter os velhos planos anuais, pois já deixou de ser suficiente há bastante tempo. Se você só tiver isso e seus indicadores financeiros, não será possível realizar mudanças conforme a necessidade. E se você não sabe o que fazer para que esses primeiros passos estejam resolvidos, aqui está a resposta: implementação dos OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves).

Grandes empresas como Google, Microsoft e Amazon utilizam esta ferramenta de gestão no dia a dia, com o objetivo de trazer mais clareza e foco, conseguir priorizar melhor, e, especialmente, gerar muito alinhamento para os seus colaboradores, visto que possuem um número muito alto de pessoas envolvidas nas mais diversas funções, portanto, é necessário que saibam o que é mais importante, como suas tarefas impactam a estratégia e o motivo de estarem realizando-as.

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Neste sentido, o alinhamento é fundamental para que o plano de execução de estratégia funcione de maneira adequada. De um lado, não adianta os líderes – o C-Level – definirem as prioridades em uma sala e enviar memorandos para o restante dos colaboradores. Ok, ninguém envia mais memorandos, mas o problema é que os substituímos pelo e-mail. A atitude e a forma de fazer permanecem as mesmas, só mudou a tecnologia. É preciso trazer os colaboradores para o processo de definição, para, do outro lado, capturar pontos que deveriam ser levados em consideração na construção e execução da estratégia.

Falando em mudança, outra que precisa acontecer urgentemente é parar de pensar por tarefas e passar a pensar por resultados. Essa atitude vai tornar nosso pensamento mais eficaz e eficiente no emprego dos recursos, em geral, escassos para nossas ambições. Os OKRs nos estimulam a isso, e cabe à liderança trabalhar para que todos tenham os meios necessários para conseguirem entregar a melhor performance.

Vale destacar que engana-se quem pensa que os OKRs só funcionam quando são aplicados em instituições de grande porte, como as que eu citei anteriormente. A ferramenta pode ser utilizada em qualquer tamanho de empresa, sejam pequenas, médias ou grandes, startups ou não. Aliás, todas as startups do Vale do Silício usam esta ferramenta. Mas o que vai garantir o sucesso do seu negócio é justamente a implementação correta, isso sim pode transformar tudo da água para o vinho.

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Dados Trends Report 2023, intitulado The Global State of OKRs, apontam que as principais motivações para utilizar a ferramenta nas organizações são: melhorar o alinhamento (61%), melhorar o desempenho (61%) e definição de prioridades (49%). A pesquisa em questão foi feita com 466 líderes de corporações para compreender as práticas de execução da estratégia e o uso de OKRs.

Tenho experiência em empresas que têm dificuldade de alinhamento e comunicação com menos de 40 pessoas, o que se dirá de grandes e médias empresas. Sabemos que os canais de comunicação crescem quase que exponencialmente com a inclusão de pessoas em um grupo. No entanto, é preciso prestar atenção na forma de passar as informações para os seus colaboradores, porque fará diferença no entendimento deles e evitará ruídos.

Em relação ao desempenho e entrega, estas empresas precisam avançar enormemente em foco e priorização. Tudo é importante e é tudo pra ontem. Até quando vamos continuar nos enganando de que não é possível? Os OKRs são uma ótima ferramenta, pois nos ajudam a priorizar pelo resultado esperado, gerando muito foco, ajudando na eficácia do time e também na melhoria contínua dos processos, aumentando a cada ciclo, tipicamente trimestral, a eficiência da organização.

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A complexa teia entre liberdade de expressão e fake News

A liberdade de expressão é amplamente reconhecida como um direito não absoluto, sujeito a restrições destinadas a proteger outros direitos e interesses públicos. A luta contra as fake news se insere nesse contexto, justificando medidas que, embora limitem esse direito, são proporcionais e necessárias para preservar a ordem democrática.

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A liberdade de expressão é amplamente reconhecida como um direito não absoluto, sujeito a restrições destinadas a proteger outros direitos e interesses públicos. A luta contra as fake news se insere nesse contexto, justificando medidas que, embora limitem esse direito, são proporcionais e necessárias para preservar a ordem democrática.

Em uma era definida pela informação instantânea e pela interconectividade global, a liberdade de expressão enfrenta desafios sem precedentes com a ascensão das fake news. Este fenômeno, caracterizado pela disseminação deliberada de informações falsas ou enganosas, ameaça não apenas a integridade do debate público, mas também os alicerces da democracia. A liberdade de expressão, um direito fundamental consagrado em constituições e tratados internacionais, promove a diversidade de opiniões e a participação cidadã. No entanto, a proliferação de notícias falsas exige uma reflexão jurídico-té cnica sobre os limites desse direito.

As fake news diferem de simples erros ou interpretações divergentes por sua intenção de enganar, podendo minar a confiança nas instituições, polarizar sociedades e incitar a violência. Diante desse cenário, emerge a questão: como equilibrar a proteção à liberdade de expressão com a necessidade de combater a desinformação?

A liberdade de expressão é amplamente reconhecida como um direito não absoluto, sujeito a restrições destinadas a proteger outros direitos e interesses públicos. A luta contra as fake news se insere nesse contexto, justificando medidas que, embora limitem esse direito, são proporcionais e necessárias para preservar a ordem democrática.
A regulação das fake news representa um desafio complexo. Medidas excessivamente amplas ou imprecisas correm o risco de reprimir o debate legítimo, enquanto a inação pode deixar o campo livre para a manipulação da verdade. A resposta a esse dilema passa pela implementação de estratégias jurídicas e regulatórias equilibradas.

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Diversos países têm explorado legislações específicas para enfrentar o problema das fake news. Na Alemanha, a Lei de Execução da Rede (NetzDG) exige que plataformas de mídia social removam conteúdo ilegal, incluindo notícias falsas, em um prazo específico sob pena de pesadas multas. Em Singapura, a Lei de Proteção contra Falsidades e Manipulação Online (POFMA) permite que o governo exija a correção ou remoção de informações consideradas falsas. Na França, a lei sobre a manipulação da informação visa combater a disseminação de notícias falsas durante períodos eleitorais.

Além da legislação, a verificação de fatos por organizações independentes e a autoregulação de plataformas digitais surgem como soluções complementares. Estas estratégias promovem a responsabilidade e a transparência, permitindo que a sociedade civil e as empresas de tecnologia desempenhem um papel ativo no combate à desinformação, sem necessidade de intervenção estatal direta.

A educação midiática também se destaca como uma ferramenta vital, capacitando os cidadãos a discernir entre informações confiáveis e falsas, fortalecendo assim a resiliência da sociedade diante da desinformação.

Confrontar as fake news, portanto, requer uma abordagem multifacetada que equilibre a proteção à liberdade de expressão com a promoção de um espaço público informado e confiável. A legislação pode oferecer um caminho, mas a solução definitiva reside na combinação de leis cuidadosamente elaboradas, práticas de autoregulação responsáveis e um público bem informado e crítico.

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João Ibaixe Jr. e Jonathan Hernandes Marcantonio são advogados

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