Fortalecimento da relação interfederativa na saúde é defendida em encontro de prefeitos

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A importância da relação interfederativa para a efetividade das políticas públicas em saúde foi o tema central do painel realizado, nesta quarta-feira (12), no Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas (ENPP) que acontece em Brasília. O painel ‘Municípios e relação interfederativa no SUS’ contou com a participação do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e do Conselho da Federação.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, afirmou que a relação tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS) é paradigmática para o país. “Ninguém faz o SUS sozinho. Trabalhamos neste interesse maior que é ter resultados práticos para a população e, para isso, as políticas públicas interfederativas tem que estar a favor desse processo. Temos que manter um sistema de saúde equilibrado e que transforme aquilo que é de interesse da população em direito para todos”, defendeu.

Berger destacou que a realização do Orçamento Participativo como um bom exemplo de relação interfederativa. Segundo ele a tomada de decisão sobre a destinação do orçamento foi retirada dos gabinetes e colocada para ser decidida em plenárias públicas em cada estado da federação com a definição de prioridades. “Isso é transformar a gestão pública em uma gestão transparente, democrática e de participação de todos”, definiu.

A atuação do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e sua rede de conselhos em todo o país também foram destacados por Swedenberger como exemplos de controle e participação social no SUS. “Nosso Sistema Único de Saúde que tem essa capilaridade tanto do ponto de vista da gestão como também do controle social”.

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A presidenta do CNS, Fernanda Magno, que participou do painel, ressaltou a necessidade de haver financiamento e apoio aos conselhos municipais de saúde. “Precisamos valorizar, com investimentos financeiros, o funcionamento dos conselhos municipais e locais de saúde para que a gente possa ter esse desenho da gestão democrática, que garantam a transparência e o controle das políticas de saúde”.

O fortalecimento da relação interfederativa, especialmente no SUS, onde a colaboração entre os diferentes níveis de governo é essencial para a efetividade das políticas de saúde também foi defendida pelos representantes da gestão nos estados e municípios.

Jurandi Frutuoso, secretário executivo do Conass, defendeu a ideia de que a municipalização da saúde, como um modelo de gestão isolado, não é mais viável. “Não é mais possível querer bancar tudo do município como se fosse autossuficiente. Você não consegue efetivar saúde se não tiver a ajuda de todos. Todo mundo é parceiro desse processo. A governança do sistema de saúde só acontece se todos tiverem uma participação ativa e responsável”, observou.

Já o presidente do Conasems, Hisham Hamida, alertou que a implementação de políticas de saúde precisa ter sustentabilidade. “Antes de implementar qualquer serviço ou ação de saúde pense na sustentabilidade. Eu quero ofertar o acesso para a minha população ou eu quero ter a vaidade de falar que o serviço está no meu território? ”, questionou.

Para Hisham, as políticas devem responder às reais necessidades do território e não apenas à demanda pontual ou superficial. “Nossa responsabilidade tripartite é de trabalhar políticas que venham ao encontro da necessidade de saúde do território, não da demanda”.

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Retomada do diálogo

O secretário executivo do Conselho da Federação, Rafael Bruxelas, ressaltou que o ENPP é fruto de uma retomada de diálogo com os municípios e também com os governos estaduais.

O Conselho da Federação foi criado pelo governo do presidente Lula para ser um instrumento de pactuação federativa. O colegiado está atuando na recuperação dos recursos por meio da recomposição de fundos e da desoneração de impostos, visando restaurar o equilíbrio nas relações federativas.

“Terminamos o ano de 2024 repassando R$ 10 bilhões a mais do Fundo de Participação dos Municípios. Esse ano, nós repassamos R$ 75 bilhões a mais só de ICMS, Fundeb e Fundo de Participação dos Municípios e ainda desoneramos a folha da previdência dos municípios com a finalidade de recompor o rombo que foi construído”, detalhou Bruxelas.

Sobre o encontro

O Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas (ENPP) está sendo realizado em Brasília, de 11 a 13 de fevereiro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

No local, o Ministério da Saúde promove oficinas com temas como políticas de atenção especializada para os municípios; investimentos na Saúde da Família; controle da dengue e transformação digital no SUS. A agenda prevista é toda trabalhada em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).

Hoje (13), último dia de atividades, está prevista uma conferência interministerial envolvendo as áreas de saúde e educação.

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Importância do diálogo interfederativo durante a recuperação do Rio Grande do Sul é tema de painel

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A implementação de políticas públicas inclusivas, sustentáveis e inovadoras depende de uma maior articulação entre o governo federal e os municípios. E em busca de fortalecer essa comunicação, o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Felipe Proenço, ressaltou o tema no Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas (ENPP), nesta quinta-feira (13), em Brasília, no painel “Recuperação do Rio Grande do Sul e seus desafios – aprofundando o diálogo interfederativo.” 

Segundo o secretário, a presença da pasta no Rio Grande do Sul durante a emergência climática foi fundamental para manter a atenção à saúde da população, mitigar as consequências para a saúde das pessoas atingidas e ajudar a reorganizar a rede de saúde no estado, chegando, agora, à etapa de balanço das ações e o diálogo com os prefeitos para seguir no importante apoio ao aos municípios do estado.

“O Rio Grande do Sul está, agora, na etapa da reconstrução, então, teve um investimento bem importante do Ministério da Saúde, que conseguiu fazer um diagnóstico apurado das necessidades, visitou os municípios e viu como estava a situação no período logo após as enchentes. Neste momento, chega a hora da etapa de fazer um balanço desses grandes avanços que tivemos no estado, do que foi viabilizado para a reforma de unidades que foram atingidas pelas enchentes, para a construção de novas unidades em locais protegidos, que são resilientes, e conversar com as prefeitas e os prefeitos sobre os próximos passos”, destacou Proenço. 

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Ainda de acordo com o secretário, as esferas federal e estadual dialogaram e levaram apoio aos gestores e trabalhadores da saúde durante a calamidade, tanto no auxílio à organização e coordenação do trabalho, quanto na disponibilização de recursos financeiros para diferentes despesas de custeio e investimento. 

Adelar Silvestre, prefeito do município de Gentil (RS), lembrou dos transtornos causados à saúde durante as enchentes e ressaltou a importância do diálogo interfederativo no intuito de se prevenir contra problemas futuros. “Essa é preocupação que a gente tem que ter, sempre, não só nos momentos difíceis, mesmo porque temos de estar preparados, uma vez que vai acontecer de novo”, ressaltou o prefeito. “Esse diálogo ajuda a debater o tema e a nos preparar, preparar os municípios e o estado para eventuais calamidades no futuro”.

A maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul afetou 471 municípios, desabrigando quase 48 mil pessoas. Dos 663 estabelecimentos de saúde atingidos, em 179 municípios, 440 fazem parte da Atenção Primária.

No total, a pasta destinou, durante a calamidade, R$ 1,4 bilhão no custeio de serviços assistenciais e reconstrução de unidades. A ação contou com a Força Nacional do SUS (FN-SUS), que abriu quatro hospitais de campanha e 919 leitos, com o apoio de 634 voluntários de todo o país.

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Além do investimento, o trabalho articulado possibilitou identificar rapidamente os papéis dos diferentes entes e espaços, além de gerar soluções para problemas relacionados a funcionamento, processo de trabalho e situações de saúde que necessitavam de atenção prioritária. 

Ao fim da apresentação do painel, Felipe Proenço reforçou o compromisso do Ministério da Saúde em manter a comunicação ativa e ininterrupta com os municípios, de modo a garantir suporte necessário aos trabalhos no Sistema Único de Saúde, seja por meio de orientações técnicas, recursos ou programas, sempre com o objetivo de manter o SUS forte e presente em todas as regiões. 

Portal Federativo

No ENPP, o governo federal lançou o Portal Federativo, ferramenta que facilita o diálogo entre União, estados e municípios, oferecendo acesso direto a informações sobre programas federais, além de diretrizes para convênios e parcerias. 

Gestores públicos já podem explorar as funcionalidades do novo Portal Federativo

Encontro com prefeitos e prefeitas

O Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas (ENPP) está sendo realizado em Brasília, até hoje (13), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

No local, o Ministério da Saúde promove oficinas com temas como políticas de atenção especializada para os municípios; investimentos na Saúde da Família; controle da dengue e transformação digital no SUS. A agenda prevista é toda trabalhada em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).

Luciano Marques
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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