Governo do estado assume gestão do Samu no município do Rio
A Fundação Saúde do governo do estado assumiu hoje (19) a gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no município do Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Fundação Saúde assinaram contrato de gestão no valor mensal de R$ 14,2 milhões.
O Samu é o primeiro serviço de saúde a ser transferido para a Fundação Saúde dentro da nova modelagem de gestão que prevê a substituição gradual das organizações sociais. O serviço vai operar com uma estrutura de 60 ambulâncias – sendo 15 ambulâncias de suporte avançado (tipo UTI) e 45 ambulâncias de suporte básico -, além de 30 motolâncias (em motocicletas).
Os serviços oferecidos pelo Componente Pré-Hospitalar Móvel de Urgência e Emergência do SUS, que até hoje eram administrados pela empresa OZZ, caracterizam-se pelo atendimento aos usuários em situações de urgência e emergência em saúde, nas emergências clínicas, cirúrgicas, traumáticas, gineco-obstétricas, psiquiátricas e pediátricas, por meio das ligações recebidas pelo número único nacional para urgências médicas – 192. Os atendimentos são realizados em vias públicas, locais de trabalho e residências, e contam com equipes que reúnem médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores socorristas.
O Samu funciona com uma central de regulação, que é o núcleo responsável pelo recebimento das chamadas e o despacho do atendimento, de acordo com a ocorrência. A central de regulação fica no prédio do Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e tem um sistema de tecnologia de informação, responsável pela integração e monitoramento da operação. Esse sistema garante o aperfeiçoamento dos recursos e o acompanhamento em tempo real das respostas assistenciais.
A Fundação Saúde realizou processo seletivo para contratar enfermeiros e técnicos de enfermagem, garantindo ampla participação com mais de 9.300 inscritos, dos quais 252 já foram contratados para início imediato. A contratação de médicos já foi efetivada mediante seleção de empresa terceirizada.
O início do serviço neste sábado contará com 30 ambulâncias, e os novos veículos serão incorporados até 15 de outubro, quando o Samu estará funcionando com a frota completa.
Edição: Maria Claudia
GERAL
Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos
Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.
Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo alimentos, sem restrições ou constrangimentos.
O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.
Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.
Diabetes
Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.
São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.
Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.
Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.
Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.
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