Governo lança edital para concessão da Floresta Nacional do Amapá

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) planeja conceder à iniciativa privada o direito de explorar uma área de 265 mil hectares da Floresta Nacional (Flona) do Amapá, o que corresponde a mais da metade dos cerca de 460 mil hectares da unidade, que compreende parte dos territórios das cidades amapaenses Pracuúba, Ferreira Gomes e Amapá. O Mapa autorizou a concessão da unidade em agosto deste ano.

Nesta terça-feira (15), o ministério divulgou o edital que prevê a concessão de parte da floresta para o manejo de toras de madeiras; material lenhoso como porções de galhos, raízes e troncos de árvores, bem como produtos florestais não madeireiros, como folhas, cascas, frutos, sementes, óleo, látex e resinas.

A proposta ministerial prevê a realização de concorrência pública para escolha da(s) empresa(s), associações ou consórcios concessionário(s) autorizada(s) a explorar uma das quatro unidades de manejo florestal em que a área de 265 mil hectares será dividida. Cada hectare corresponde aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial.

O governo federal estima arrecadar R$ 2,8 milhões anuais com a concessão da área. Valor previsto para ser dividido entre União, estado e municípios onde fica a Flona. Parte dos recursos efetivamente arrecadados deverá ser automaticamente destinada às comunidades do entorno da Flona.

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Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o manejo florestal pode gerar emprego e renda, ajudando a conservar a floresta por meio do uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com a pasta, o potencial extrativo da área é de 119 mil m³ anuais de madeira em tora. A pasta afirma que quatro audiências públicas foram realizadas para colher sugestões e esclarecer dúvidas da população.

Na descrição detalhada que acompanha o edital, consta que 831,16 hectares da unidade de conservação de uso sustentável foram desmatados desde a criação da Flona, em 1989. O total corresponde a 0,18% da área total da floresta. Ainda segundo o documento, o Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes) não registrou indícios significativos de desmatamento entre 2011 e 2017.

No documento são apontadas apenas duas áreas com alteração da cobertura florestal, “provavelmente de corte raso”, e nenhuma outra área de exploração seletiva de madeira. No último censo realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em 2008, foram identificadas apenas seis famílias residindo no interior da floresta, somando 32 pessoas, e outras 19 famílias morando no entorno da área, somando mais 64 pessoas. Não há registro de moradores próximos à Zona de Manejo Florestal Sustentável.

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“Considerando que a Floresta Nacional do Amapá possui 460.359,14 hectares, restam, portanto, um quantitativo de 459.448,70 hectares de floresta sem indícios de antropismo (99,80% da área total)”, conclui o documento, apontando que, atualmente, as “intervenções antrópicas”, ou seja, a ação humana, é “de baixo impacto no interior da Floresta Nacional do Amapá“, caracterizada por atividades como “a caça e a pesca ilegal, bem como o garimpo ilegal”.

De acordo com a Lei 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, os objetivos de criação de florestas nacionais são: o manejo sustentável dos recursos naturais; a garantia da proteção dos recursos hídricos, das belezas cênicas e outros; o fomento ao desenvolvimento da pesquisa básica e aplicada, entre outras atividades.

A Flona do Amapá é administrado pelo ICMBio. A gestão dos quatro contratos que o governo federal espera assinar com a realização da concorrência pública serão administrados pelo Serviço Florestal Brasileiro.

As empresas, associações comunitárias e cooperativas interessadas em disputar uma das quatro áreas deverão comprovar que nunca foram condenados por crimes ambientais, tributários e previdenciários, e que têm situação tributária (pagamento de impostos e taxas) e trabalhista regular, dentre outras exigências.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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GERAL

Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos

Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.

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Deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil). Foto: Divulgação

Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo  alimentos, sem restrições ou constrangimentos.

O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.

Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.

Diabetes

Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.

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São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.

Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.

Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.

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Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.

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