Um homem foi preso na última segunda-feira (15) por apropriação indébita e furto qualificado contra um empresário que tem negócios nos municípios de Uruaçu e Niquelândia. Welson Rafael de Oliveira, de 37 anos, conhecia a vítima e teria subtraído máquinas de manutenções de vias públicas. Segundo apurado, os prejuízos ultrapassam os R$ 500 mil.

De acordo com o delegado Cássio Arantes do Nascimento, a intenção de Welson era alugar as máquinas da vítima para então relocá-las para obras realizadas pela Prefeitura de Niquelândia, mas o contrato com o Poder Executivo nunca existiu. “Ele negociou com a vítima para que as máquinas fossem relocadas. Convencido do negócio, o empresário locou os equipamentos, mas Welson nunca devolveu os maquinários”.

Segundo o delegado, Welson alugou uma retroescavadeira, caminhões, um veículo de passeio e uma pá mecânica. No entanto, a audácia do homem foi tamanha que, dias depois da primeira locação, o suspeito foi novamente à fazenda da vítima e conseguiu retirar mais maquinários do local. “Welson teria alegado ao caseiro da fazenda que a vítima o teria autorizado a fazer a retirada. Nesse dia, ele levou mais uma retroescavadeira, caminhão e outro veículo de passeio. Com isso os prejuízos ultrapassam os R$ 500 mil”.

Questionado pela polícia, Welson alegou ter escondido os equipamentos e veículos em Itumbiara, mas as investigações revelaram que o suspeito revendeu os maquinários para pessoas da região de Niquelândia e Uruaçu. Os valores das vendas oscilaram entre R$ 40 mil e R$ 160 mil. “Alguns itens já foram recuperados. Estavam espalhados em diversas localidades da região e até em Águas Lindas. Estamos agora à procura de um caminhão avaliado em R$ 160 mil”, destaca o delegado.

De acordo com Cássio, os prejuízos ainda podem aumentar, já que pessoas que adquiriram os bens o fizeram com pagamento à vista. “Além do prejuízo da vítima central, sabemos que outras pessoas também desembolsaram altos valores para adquirirem as máquinas. Não houve dificuldade para retornar as máquinas encontradas até o momento ao empresário. Por outro lado, aqueles que resistirem em entregar responderão por crime de receptação”.

O delegado ressalta que grande parte do sucesso dos crimes se deu pelo fato dos maquinários não possuírem documentação ligada ao Detran. A venda é legalizada apenas com apresentação de uma nota fiscal. Outro ponto é que o suspeito se aproveitou por ser uma pessoa próxima à vítima para cometer os delitos. “A facilidade foi tanta que foi firmado um contrato reconhecido em cartório com um dos compradores. O suspeito vem de uma família bem conhecida na região e possui uma boa lábia”.

Welson teve prisão preventiva decretada e foi transferido para o presídio de Niquelândia, onde está à disposição do Poder Judiciário.

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