Lançado guia de vacinação contra a covid-19 para pacientes oncológicos

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A Fundação do Câncer lançou hoje (18) em seu site o Guia Rápido de Vacinação contra a Covid-19 para Pacientes Oncológicos. O diretor executivo da instituição, Luiz Augusto Maltoni, explicou à Agência Brasil que o guia é um compilado de perguntas e respostas frequentes, ouvidas ao longo do período da pandemia de diversas fontes: “A gente procurou trazer em uma leitura objetiva, rápida e fácil para poder ajudar um pouco os pacientes e famílias em relação à questão de vacinação”.

O documento reforça que pacientes oncológicos devem sim tomar a vacina contra a covid-19. Maltoni também destacou a importância de que esse público mantenha o tratamento e o acompanhamento pela equipe médica.

Para Mônica Sacramento, paciente de câncer de mama já tratado que ainda faz uso de medicação, a ideia é boa: “tenho dúvidas sim, e além de consultar meus médicos vou acessar e ler. Acho que a iniciativa ajuda a acalmar e orientar as pessoas”.

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O diretor da fundação lembra que o câncer é um fator de risco para a covid-19 e que, a depender do estágio do tratamento, o paciente pode estar com a imunidade baixa. Daí a importância do acompanhamento médico periódico. Segundo Maltoni, idealmente, pacientes que ainda não iniciaram o tratamento, devem ser imunizados antes desse processo.

Como nenhum imunizante contra a covid-19 foi testado no público infantil, não há indicação para vacinar crianças com câncer. “Todos os trabalhos, todas as teses, foram feitas para a população adulta. Então, não há recomendação ainda, devido à inexistência de trabalho atestando a eficácia da vacina para a criança”, disse Maltoni.

Na medida em que novas dúvidas e questionamentos surjam, o Guia Rápido de Vacinação contra a Covid-19 para Pacientes Oncológicos será ampliado. “A ideia é que o guia se torne uma coisa dinâmica e de interação para poder atender e ajudar, o máximo possível, a tirar dúvidas dos pacientes com câncer e seus familiares”.

Edição: Denise Griesinger

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Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

Ministro Alexandre Padilha recebe familiares de vítimas da Covid-19

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Nesta terça-feira (11), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu em seu gabinete representantes de associações e familiares de vítimas que entraram para as estatísticas de milhares de vidas perdidas durante a pandemia de Covid-19. “Resiliência é a palavra que utilizo para resumir este encontro hoje. O enfrentamento à Covid-19, seja dos trabalhadores ou das famílias, é uma prova enorme de resiliência. Resiliência do SUS, do povo brasileiro, da ciência”, afirmou o ministro, reforçando que articula a criação de um Grupo de Trabalho – coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – para propor um modelo de estrutura para que cada estado possa enfrentar melhor situações de surtos, epidemias, endemias e os impactos das mudanças climáticas. 

Há exatos cinco anos, o diretor da OMS, Tedros Adhanom, declarou que os países deveriam adotar uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto da pandemia. Na época, o Brasil não adotou os mecanismos sugeridos pela OMS, vindo o país a registrar mais de 700 mil óbitos. 

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Na reunião com o ministro Padilha, participaram a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), a Associação de Vítimas da Covid-19 (Avico); a Associação Vida e Justiça; o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES); a Coalização Nacional Orfandade e Direitos; a Fiocruz; o Instituto Questão de Ciência; a atual presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernanda Magano e o presidente do CNS durante a pandemia, Fernando Pigatto. “É importante que a gente tenha, no Brasil, uma política de estado mais estável”, defendeu a nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão. 

O dia 11 de março é doloroso para Izabela Lopes Jamar, que perdeu a mãe para a Covid-19. “Quero justiça e que pessoas sejam responsabilizadas pelos crimes de saúde pública e pela divulgação de fake news que cometeram”, afirmou. 

Kátia Castilho perdeu a mãe e o pai por Covid-19. A mãe, segundo ela, foi vítima de uma empresa acusada de promover tratamentos para a doença sem eficácia comprovada. “Março e abril foram os meses que perdi meus pais. A gente precisa que o Ministério da Saúde olhe mais para nós. Não podemos ser esquecidos”, declarou. 

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A advogada Bruna Morato depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. “O que me traz aqui são dois sentimentos: esperança e indignação. A minha resistência está relacionada à rede apoio a esses parentes e associações”, disse, solicitando ao Ministério da Saúde ampliação do apoio na assistência aos familiares das vítimas. 

A presidente da Associação de Vítimas e Familiares da Covid-19, Paola Falceta, defendeu a criação de uma política de saúde mental com linha de cuidado para familiares órfãos como método de preparo para os sistemas de saúde em caso de novas pandemias. “Grande parte da população utiliza o SUS e, provavelmente, teremos outras pandemias. Quanto antes tivermos protocolos, melhor”, defendeu. 

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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