Mato Grosso alcança recorde de abates em setembro, mas preços continuam em alta

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Em setembro, Mato Grosso, que abriga o maior rebanho bovino do Brasil, alcançou um número recorde de abates, totalizando 647,04 mil cabeças. O dado, divulgado pelo Instituto de Defesa Agropecuária do estado e destacado pelo Instituto de Economia Agropecuária (Imea), revela um cenário de grande movimentação no setor.

Desse total, 406,24 mil bovinos machos foram abatidos, representando 62,78% do volume total. Isso significa um incremento de 21,96 mil cabeças em comparação com agosto. Em contrapartida, a participação das vacas no abate atingiu seu menor nível do ano, correspondendo a apenas 37,22% do total.

A alta no volume de abates teve impacto direto nos preços do mercado. A arroba da vaca gorda subiu 3,30% na última semana, sendo cotada a R$ 218,20, refletindo uma oferta reduzida. Já o boi gordo alcançou a cotação de R$ 241,82 por arroba na última sexta-feira, com uma média semanal de R$ 234,08, o que representa um aumento de R$ 56,95 em relação ao mesmo período de 2023.

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A análise do Imea aponta que a combinação de uma demanda interna aquecida e a forte procura externa estão impulsionando os preços. “Nos últimos meses do ano, o consumo interno tende a aumentar, e a demanda externa continua elevada, o que indica que os preços devem seguir em alta”, afirmou a entidade.

Apesar do volume recorde, o preço do boi gordo subiu, impulsionado principalmente por animais de confinamento. “Os confinadores estão voltando a se movimentar após um período de margens baixas e aumentaram significativamente a ocupação dos confinamentos”, acrescentou o Imea em seu boletim semanal.

Embora o abate de setembro seja o terceiro maior da série histórica, houve uma queda de 2,99% em relação ao mês anterior, indicando uma diminuição gradual na oferta de animais prontos, especialmente durante o período seco. O Imea ressalta que os abates foram predominantemente de machos terminados em confinamento, reforçando a tendência de mercado.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

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As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

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A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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