Medalhistas de ouro de olimpíada de astronomia vão ao Panamá

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Gustavo Mesquita França, 17 anos, nasceu em Campinas (SP), mas muito cedo se mudou com a família para Fortaleza. Medalhista de ouro na edição do ano passado da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), ele integra a equipe que disputará a 15ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), no Panamá, entre os dias 9 e 13 deste mês.

O Brasil será representado ainda por Davi de Lima Coutinho dos Santos, 17 anos, de Itatiba (SP); Hugo Fares Menhem, 17 anos, de São Paulo; Larissa Midori Miamura, 17 anos, de São Paulo; e Mychel Lopes Segrini, 17 anos, de Vitória (ES).

Gustavo França disse à Agência Brasil que a expectativa está alta, embora haja nervosismo diante do peso de representar o Brasil em um certame internacional. “Mas estou com boa expectativa”, contou.

Segundo ele, a equipe está bem entrosada. Todos participaram da seletiva para escolha dos melhores estudantes da OBA. Esta será sua primeira participação na OLAA. Gustavo está no segundo ano do ensino médio e viaja para o Panamá na madrugada do próximo domingo (8).

O coordenador nacional da OBA, o astrônomo João Batista Garcia Canalle, informou que o Brasil acumula na OLAA 70 medalhas, entre ouro, prata e bronze, desde 2009. Nas edições de 2022, realizada também no Panamá, e de 2021, virtual, todos os cinco estudantes brasileiros participantes receberam medalhas de ouro. “O nosso time é muito bem preparado”, manifestou Canalle. “O Brasil, quase sempre, ganha medalhas de ouro e prata”, frisou.

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Seleção e preparo

Os alunos que representarão o Brasil foram selecionados entre os medalhistas da OBA de maio de 2022. Canalle contou que – ao longo do segundo semestre do ano passado – os alunos que tiraram nota acima de sete fizeram três provas online. “Destes, selecionamos 300 para virem ao Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí, para fazer uma bateria de provas presenciais”, recordou.

Desses 300, foram tirados 50, que retornaram duas vezes ao hotel para uma bateria de novas provas, aplicadas em semanas separadas, além de aulas e exercícios. “Finalmente, desses 50, tiramos dez. Cinco foram para a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, do nome em inglês), que ocorreu na Polônia, e cinco vão para a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), no Panamá”, acentuou.

O processo de seleção das equipes é longo. “E a gente quer também treiná-los de forma muito intensa”, disse Canalle. Por isso, a seleção é feita entre muitos participantes. “Isso vai afunilando até chegar a 50. A gente dá treinamento presencial para eles, que visitam o Laboratório Nacional de Astrofísica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), fazem atividades dentro do planetário e têm conhecimento do céu a olho nu e com telescópio. É um treinamento muito intenso, com parceria dos alunos que disputaram olimpíadas anteriores. Os veteranos colaboram muito para o treinamento das novas equipes, o que é muito bom”.

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Otimismo

A expectativa de Canalle para a equipe que disputará a OLAA é a melhor possível. “Vamos voltar com cinco medalhas de ouro, provavelmente porque são muito bem preparados, e com antecedência, diferentemente do que ocorre com participantes de outros países da América do Sul e Central, Caribe e México, que têm pouco tempo para preparar os estudantes adequadamente”, avaliou.

Falando sobre a OBA, Canalle não teve dúvidas em afirmar que essa é a maior olimpíada de astronomia do mundo, superando, inclusive, a China, que tem 200 milhões de estudantes.

A OBA é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB).

Fundada em Montevidéu, Uruguai, em 2008, com a participação do Brasil, a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) é organizada por representantes de países latino-americanos visando popularizar a astronomia e a astronáutica e valorizar os talentos escolares mais destacados.

Fonte: EBC GERAL

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Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos

Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.

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Deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil). Foto: Divulgação

Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo  alimentos, sem restrições ou constrangimentos.

O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.

Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.

Diabetes

Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.

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São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.

Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.

Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.

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Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.

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