Medeiros afirma que oportunismo político atrapalha conclusão da BR-158

Diante do impasse que se tornou a pavimentação da BR-158, do trecho conhecido como Contorno Leste, saindo de dentro da Terra Indígena Marãiwatsédé, o deputado federal José Medeiros (Podemos) propôs uma força-tarefa para mediar o conflito e viabilizar recursos para concluir a obra. Em conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Medeiros reafirmou a viabilidade de fazer a estrada pelo reserva indígena, que representa cerca de 120 quilômetros e um custo de aproximadamente R$ 250 milhões.
“Há muito tempo venho discutindo e buscando uma solução para a BR-158. Eu disse para o presidente que não faz sentido o Brasil ficar refém da vontade de algumas pessoas. No caso da 158, apenas uma pessoa se posicionou contrário ao traçado original, que é passar a estrada dentro das terras indígenas. A maioria dos indígenas quer a rodovia por dentro, pois acreditam que ela trará melhorias como escolas, postos de saúde, estradas vicinais asfaltadas, entre outras”, disse o parlamentar.
Para colocar um fim nos conflitos, optou-se em fazer a estrada usando um contorno fora de terra indígena. Segundo Medeiros, isso vai praticamente triplicar o valor da obra e levar mais tempo para concluí-la.
“Falei sobre essa situação com o presidente. A expectativa é reunir com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, nos próximos dias, para buscar uma solução definitiva e célere para esse problema antigo e que envergonha Mato Grosso e o Brasil”, frisa Medeiros.
Medeiros critica o uso político por parte de alguns parlamentares que preferem atacar o Governo Federal e o ministro da Infraestrutura ao invés de ajudar de forma efetiva a resolver a situação.
“O governo está trabalhando para solucionar os problemas de infraestrutura de Mato Grosso. Porém, existem vários impedimentos que travam algumas obras, como é o caso da BR-158. Além das dificuldades orçamentárias, existem ações do Ministério Público Federal (MPF), Organizações Não Governamentais e a questão indígena que impedem que algumas obras sejam executadas de forma célere. O interessante é ver parlamentar de Mato Grosso, como é o caso do senador Carlos Fávaro (PSD), criticando o governo Bolsonaro e o ministro Tarcísio. Ele [Fávaro] não contribuiu com um centavo em emenda para a BR-158. Precisamos deixar de lado o oportunismo político, as falácias e unir forças com a União para resolver o problema que prejudica o escoamento da produção do nosso estado e milhares de pessoas”, enfatiza o deputado federal.
A BR-158 tem aproximadamente 800 quilômetros em Mato Grosso, ligando os municípios de Barra do Garças a Vila Rica – na divisa com o Pará.


POLÍTICA NACIONAL
CAS decide que universidades serão avaliadas por oferta de creche

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (12) projeto que torna a oferta de creches para filhos de estudantes, professores e demais funcionários como um dos critérios de avaliação de universidades (PL 1.062/2022). Agora ele segue para decisão final na Comissão de Educação (CE).
O proposta veio do ex-senador Rodrigo Cunha (AL) e recebeu parecer favorável da senadora Teresa Leitão (PT-PE). Ela altera a Lei 10.861, de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Sinaes afere a qualidade e a evolução das instituições e dos cursos do ensino superior e o desempenho dos estudantes. Com a mudança, fica acrescido mais um critério no processo de avaliação das instituições.
Teresa destacou que a assistência gratuita aos filhos e dependentes até cinco anos de idade em creches e pré-escolas é um dos direitos dos trabalhadores garantido pela Constituição. A relatora apontou, contudo, que dados de 2024 do IBGE revelam que mais de dois milhões de crianças com menos de três anos enfrentam dificuldades para conseguir vaga em creches.
— A proposição pode ser apontada como uma iniciativa criativa, que contribui para inserir essas instituições no esforço coletivo de prover a mães e pais estudantes equipamentos para os cuidados de suas crianças pequenas — afirmou a senadora.
Na justificação, Rodrigo Cunha afirmou que o projeto irá proporcionar um avanço aos direitos educacionais, além de assegurar a igualdade de oportunidades entre gêneros. Ele salientou que a obrigação do setor público de ofertar vagas em creches é prioritária dos municípios, e que esses entes federativos não têm recebido recursos suficientes dos estados e da União.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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