Médium João de Deus chega escoltado em Goiânia
O Médium João de Deus, de 76 anos, chegou na Delegacia de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia, na tarde de hoje (16). Escoltado por policiais, a chegada foi tumultuada. O carro da polícia parou em frente a porta da delegacia e nenhum repórter conseguiu falar com o médium, que é acusado de centenas de abusos sexuais.
O delegado André Almeida afirmou que o interrogatório será ‘longo e detalhado’. Em virtude da idade e dos crimes pelos quais é acusado, a expectativa é que o médium seja lotado em uma cela individual.
Conforme o advogado criminalista Ronivan de Moraes, que acompanha João de Deus na entrega às autoridades, o médium se entregou em uma estrada nos arredores de Abadiânia, a 90 quilômetros de Goiânia, para ‘preservar a segurança e integridade’ de João de Deus e dos policiais. Segundo ele, a defesa agora vai avaliar as acusações feitas contra o médium.
“A gente não tem informação da consistência dessas informações, mas posso garantir que conheço a Casa Centro Dom Inácio Loyola, local eram realizados as sessões espirituais e supostos abusos] e o tratamento. São atendimentos públicos em salas reservadas, mas com portas transparentes”, afirmou Moraes.
O advogado disse que o Ministério Público está fazendo um ‘pré-julgamento’ contra João de Deus ao comentar a movimentação de R$ 35 milhões nas contas e aplicações em nome do médium logo após as primeiras denúncias. “Qual o problema de alguém movimentar a sua conta? Existe um bloqueio de bens contra ele?”, questionou.
No sábado, o criminalista Alberto Toron, que representa João de Deus e foi o responsável pelas negociações da entrega, afirmou que a defesa apresentará um pedido de habeas corpus visando suspender a prisão preventiva. Segundo o advogado, não há contemporaneidade entre as denúncias contra o médium e sua necessidade de prisão. “Os fatos são antigos e não aconteceu nada de novo que justificasse a prisão”, declarou.
Desde a revelação do caso, quando as primeiras acusações foram reveladas pelo Jornal Nacional e pelo Conversa com Bial, ambos da TV Globo, a promotoria de Abadiânia, em Goiás, recebeu mais de 330 denúncias de abuso sexual contra João de Deus.
As acusações vieram dos Estados de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará, Santa Catarina, Piauí e Maranhão, e pelo menos seis países – Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, Estados Unidos e Suíça.
O crime teria ocorrido durante sessões espirituais no Centro Dom Inácio Loyola, em Abadiânia, cidade a 112 quilômetros de Brasília. O espaço atende cerca de 10 mil pessoas todo mês – 40% delas eram estrangeiras. Conforme a Promotoria, João de Deus oferecia “atendimentos particulares” a mulheres após os tratamentos, momento em que os abusos seriam cometidos.
A promotoria alega que quatro funcionários são suspeitos de participação nos crimes.
Na quinta, 14, o Ministério Público protocolou pedido de prisão preventiva contra João de Deus alegando que a liberdade do médium poderia ameaçar mulheres que dizem ter sido abusadas sexualmente ou provocar novas vítimas. O órgão também achou suspeita a movimentação de R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras em nome do médium.
No dia seguinte, a Vara Judicial de Abadiânia expediu o documento, mas ele não foi localizado pelas autoridades em 20 locais. João de Deus foi considerado foragido da Justiça pelo Ministério Público no sábado e teve o nome incluído na lista de procurados da Interpol.
Veja o vídeo quando da entrega em uma estrava vicinal:
Da Redação com Agência Estado
PLANTÃO POLICIAL
PC conclui investigação de crime ambiental que levou à morte de peixes em Crixás
No curso da investigação, a PC indiciou a mineradora de ouro que atua na região como responsável pela poluição que deu causa à morte dos peixes.
A Polícia Civil (PC) através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), concluiu investigação relativa à mortandade de peixes no Rio Vermelho, na região do município de Crixás no Vale do São Patrício, ocorrido no dia 29 de maio de 2022.
No curso da investigação, a PC indiciou a mineradora de ouro que atua na região como responsável pela poluição que deu causa à morte dos peixes.
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