Educação
Mulheres são maioria em grupo de robótica formado pelo Governo de Goiás
Participação feminina corresponde a 90% da turma montada na Escola do Futuro Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia. Atividade busca integrar ensino de ciência, tecnologia e inovação ao mercado de trabalho.
De 30 jovens com idade entre 16 e 18 anos que integram a turma do curso de robótica na Escola do Futuro do Estado de Goiás (EFG) Luiz Rassi, 27 são mulheres, o equivalente a 90% do grupo. O curso é uma das atividades oferecidas na unidade da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), do Governo de Goiás, localizada em Aparecida de Goiânia.
A aluna Raíssa Costa entrou no grupo sob influência do professor Pedro Henrique Santana. Ele desenvolve um projeto de iniciação científica na escola onde ela estuda atualmente. “Quando comecei a fazer oficina de robótica e tive contato com montagem e programação, percebi que a robótica era um campo de estudo que podia me proporcionar boas experiências”, comenta.
“O resultado nos surpreendeu e mostra que o público feminino está cada vez mais interessado em ciência e inovação”, destaca o diretor da unidade, Vinicius Oliveira Seabra Guimarães. O gestor explica que a iniciativa se consolidou após uma série de visitas realizadas pela equipe da EFG Luiz Rassi a escolas estaduais da região. “Falamos sobre o grupo de robótica e sobre os diversos cursos que oferecemos gratuitamente. Muitos manifestaram disposição em participar e se matricularam”, relembra.
Daniele Khalil também está entre as alunas que se interessam por robótica e enxergam nessa oportunidade um futuro para sua carreira profissional. “Eu estou amando principalmente por envolver programação. Aprendo cada vez mais sobre componentes eletrônicos que usamos no dia a dia e sou desafiada a resolver e desenvolver alguns projetos. Quero continuar estudando nessa área e fazer outros cursos que envolvem eletrônica e programação”.
Um dos objetivos do grupo é preparar os alunos para as famosas maratonas de programação, conhecidas no mundo geek como hackathon. “É uma forma de integrar o ensino às ações de Stai [Serviços Tecnológicos e Apoio à Inovação] e Steam [acrônimo em inglês para as disciplinas Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics – Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática]”, detalha o diretor.
“A robótica aplicada no dia a dia e ligada ao mercado de trabalho tem chamado a atenção das nossas alunas. Muitas delas já percebem habilidades para áreas distintas, como mecânica, elétrica ou programação”, comemora o diretor, ao citar que, hoje, um programador em home office pode obter rendimentos de cerca de R$ 10 mil mensais.
Iron Cup
Raíssa Costa e Daniele Khalil, junto com as alunas Andrea Victória, Bianca Borges e Isabella Toledo, fazem parte da equipe que representou a Escola do Futuro Luiz Rassi na Iron Cup 2022. Com o suporte dos professores Pedro Henrique Santana e Vitor Cerqueira, elas desenvolveram o robô Targaryen, que competiu na modalidade Seguidor de Linha.
Para Andrea Victória, a participação do grupo no Iron Cup foi uma forma de adquirir novas habilidades e interagir com equipes de outros Estados. “O grupo de robótica nos proporciona muitas experiências. No futuro quero continuar investindo em mais conhecimento e novos projetos de robótica”.
A competição de robótica foi realizada entre os dias 14 e 16 de outubro, em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais. O evento reuniu cerca de 500 competidores, divididos em 38 equipes de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina. Mais de 200 robôs participaram de disputas em 13 categorias nas modalidades: Combate, Sumô, Seguidor de Linha, Robô Trekking e Futebol.
Atividades
As aulas do grupo de robótica são ministradas duas vezes por semana, nas quartas e quintas-feiras, no período noturno, das 19h às 21h, na sede da EFG Luiz Rassi, que fica na Rua Rainha Elisabete, no Jardim Buriti Sereno. O responsável pela atividade é o coordenador do Stai, Vítor Vinícius Gomes Cerqueira.
Os Stais buscam atender às demandas do setor produtivo, local e regional, sustentado em um tripé de atuação: linhas de ambientes de inovação; atividades de pesquisa e desenvolvimento; e prestação de serviços tecnológicos.
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EDUCAÇÃO
Caiado anuncia a criação do Agrocolégio Maguito Vilela
Projeto conta com apoio da Secretaria de Estado da Educação e da Emater Goiás. Unidade vai oferecer capacitação profissional a jovens do meio rural e facilitar inserção no mercado de trabalho.
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária, lançou, na quinta-feira (12), o Agrocolégio Estadual Maguito Vilela, unidade que funcionará no Centro de Treinamento da Emater Goiás. O projeto é inédito e vai oferecer ensino técnico profissional integrado ao Ensino Médio para jovens do meio rural. A previsão é que as primeiras turmas iniciem o curso em 2025.
O governador Ronaldo Caiado definiu a iniciativa como um avanço significativo na educação e no desenvolvimento agrário dentro do estado. “O governo está trabalhando em total parceria. Todos nós estamos de braços dados nessa ação inédita para levar a melhor qualidade de vida à população que vive no campo. É uma grande missão do Estado de Goiás e que faremos virar realidade”, ressaltou o chefe do Executivo goiano.
A implantação do Agrocolégio vai diversificar a oferta no ensino público com a formação de técnicos aptos a trabalhar na extensão rural ou dando sequência à sucessão familiar. A metodologia empregada alterna sala de aula com campo, incentivando os alunos a darem continuidade ao trabalho já realizado, por exemplo, pelos pais.
Com o novo modelo de aprendizagem, os estudantes passarão um mês no Agrocolégio em tempo integral e, ao retornarem para casa, poderão aplicar no campo o que aprenderam com os técnicos agropecuários e especialistas da Emater Goiás. “Não temos dúvida de que será uma referência para o Brasil inteiro esse trabalho conjunto. Mostraremos ao pequeno produtor rural que é possível trabalhar com novas tecnologias, mais produção e melhor qualidade de vida “, enfatizou o presidente da Emater, Rafael Gouveia.
A secretária de educação do estado de Goiás, Fátima Gavioli afirmou que a novidade ampliará as oportunidades de inserção no mercado de trabalho para jovens em uma área promissora. “Esses estudantes passarão uma parte do tempo na formação geral básica e colhendo o melhor que puderem nos laboratórios de solo. Mais uma vez, é a força da educação e do agro, do pequeno agricultor, sendo valorizada por essa gestão”, pontuou. Ela explicou que os alunos terão matérias da grade curricular do Ensino Médio e aulas específicas como técnicas agropecuárias.
Histórico
O Agrocolégio Estadual Maguito Vilela foi criado pela Lei Estadual nº 22.555, de 12 de março de 2024, para capacitar alunas e alunos da rede estadual oriundos do campo integrado à educação profissional, visando a permanência destes jovens no meio rural e a sucessão familiar. A capacitação oferece aos estudantes instruções sobre temáticas essenciais para a vida no campo, como irrigação, fitopatologia, entomologia e solos.
O projeto acontece na estrutura da Emater Goiás e conta com auxílio de profissionais especialistas de diversas áreas durante as práticas educativas. Todas as classes funcionarão em regime de internato e semi-internato durante o Tempo Escola. A expectativa é que o primeiro grupo tenha 60 estudantes distribuídos em duas turmas de 1ª série do Ensino Médio.
Já em 2026, a ideia é que a quantidade de alunos duplique, com 120 estudantes, sendo duas turmas de 2ª série com 30 jovens cada, e outras duas turmas de 1ª série, com a mesma quantidade. Em 2027, a previsão é que sejam 180 estudantes, contando com duas turmas de cada série, com 30 estudantes em cada. O prazo de inscrição para o cargo de gestor do Agrocolégio segue aberto pelos próximos 30 dias e o edital está disponível no site da Seduc (https://goias.gov.br/educacao)
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