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Nero II, a Tocha

Nosso sistema tem como representantes, os vereadores, deputados estaduais e federais e os senadores. É muito importante que um representante do povo conheça muitas áreas do conhecimento humano para que entenda o que seja melhor para sua cidade, estado ou país.

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A República Romana (do latim “res publica”, ou do interesse do povo) criou para a humanidade um conceito amplo de cidadania e leis que estabeleceram o direito do cidadão e que influenciaram muitas nações até hoje, como a nossa. O Senado Romano era composto dos representantes do povo. De lá até a Revolução Francesa, o conceito de cidadania e representatividade foi aperfeiçoado.

Nosso sistema tem como representantes, os vereadores, deputados estaduais e federais e os senadores. É muito importante que um representante do povo conheça muitas áreas do conhecimento humano para que entenda o que seja melhor para sua cidade, estado ou país. Sem conhecimento, interesses que não são da Pátria podem ser acolhidos e até provocar a própria destruição, como se pode ver na história do Haiti.

Lamentavelmente, muitos representantes brasileiros desconhecem as riquezas que estão disponíveis na Natureza Brasileira nos seus diversos Biomas. As fontes de água, por exemplo, que muitos fazendeiros destroem para ganhar mais área para utilizar. Só que a água é a maior riqueza que uma terra pode produzir, pois sem água nada se planta ou cria.

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A recuperação de nascentes deveria ser uma prioridade nacional, ainda mais que a experiência do Paraná mostrou que o custo por nascente é menor que mil reais. E, no final, os produtores rurais foram beneficiados pela abundância de água, o que valoriza a propriedade rural, aumenta a produtividade de aves, suínos e bovinos, além de beneficiar as cidades.

É comum observar-se no globo os desertos de latitude média, onde encontramos, no hemisfério sul, o Atacama do Chile, o deserto mais seco do mundo, o Kalahari na África e o deserto da Austrália. Uma exceção acontece no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil que são férteis e ricos em água por causa dos rios aéreos, que são formados pelas árvores centenárias da Amazônia, que umedecem o ar pela evapotranspiração, e pela Cordilheira dos Andes, que forma um corredor e permite aos ventos conduzirem essa umidade para o sul do continente, como explicam os cientistas do INPE.

Eis o porquê da necessidade e da urgência em proteger o Bioma Amazônico, pois para que as árvores recuperem o espaço desmatado demora de 40 a 100 anos, mas para que a diversidade seja restaurada, estima-se em até 400 anos. E que nunca mais se recupera a microflora e microfauna, pois as espécies regionais, uma vez extinta, acabou-se aquela variedade para sempre.

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A microfauna e microflora também são muito importantes e muito mais variadas que a flora e fauna. Para se ter uma ideia de perda, veja o exemplo da bactéria Clostridium acetobutylicum que também produz álcool, não o etanol, mas o butanol, que tem mais energia, é menos volátil, menos corrosivo, e pode utilizar a mesma infraestrutura da gasolina. Imaginem quantas espécies de bactérias semelhantes foram extintas na Amazônia, no Pantanal, no Cerrado. Percebem por que os cientistas ficam desesperados quando o Nero de hospício promove a queima de bioma para plantar capim para fartar o gado dele?

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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PEC 6X1: oportunidade para o debate franco acerca da legislação trabalhista

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação. 

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André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6X1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), tem como objetivo a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo os salários e reorganizando a carga semanal em até quatro dias. Essa proposta vem ao encontro de tendências globais, onde o debate sobre a jornada de trabalho e sua adaptação aos novos tempos — especialmente com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial — tem ganhado força.

A PEC 6×1, inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), pode ser vista como um ponto de partida para uma análise mais profunda sobre o sistema trabalhista brasileiro e suas limitações, tanto para trabalhadores quanto para empregadores.

A questão da jornada de trabalho reduzida é sustentada por um contexto de aumento da produtividade, impulsionado pelas inovações tecnológicas. Essas inovações permitiram que, em alguns setores, menos horas de trabalho resultassem em níveis de produção iguais ou superiores aos modelos tradicionais. No entanto, a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não se limita aos ganhos de produtividade. Ela também envolve uma série de outros fatores, como qualidade de vida, saúde mental, e até mesmo a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Em termos práticos, a PEC 6X1 procura responder à demanda por uma jornada de trabalho que promova o bem-estar dos trabalhadores sem sacrificar o desempenho econômico. Entretanto, há obstáculos no que diz respeito à aplicabilidade da medida no contexto brasileiro. O arcabouço jurídico trabalhista do país, com regulamentações amplas, visa proteger o trabalhador, mas frequentemente é apontado como um fator que engessa a iniciativa privada e dificulta a criação de empregos.

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A complexidade e os custos associados ao cumprimento das leis trabalhistas brasileiras muitas vezes desestimulam empresários, especialmente os pequenos e médios, de contratar formalmente. O excesso regulatório pode ser, em parte, responsável pela baixa produtividade e pela informalidade ainda presente no mercado de trabalho brasileiro.

Além disso, o Brasil já enfrenta desafios específicos em relação ao mercado de trabalho, como a escassez de mão de obra em algumas regiões e o aumento da informalidade. Há também uma pressão social crescente para ajustar programas de assistência, como o Bolsa Família, para que realmente sirvam como apoio temporário, incentivando a entrada no mercado de trabalho. Isso alinha-se à célebre frase do ex-presidente americano Ronald Reagan, para quem “o melhor programa social é o emprego”. Nesse sentido, um mercado de trabalho desburocratizado e uma política de assistência social orientada para a autonomia individual poderiam ser fundamentais para garantir uma economia mais forte e inclusiva.

A baixa produtividade nacional está também associada a uma qualidade educacional deficiente, fator que dificulta a implementação de uma jornada reduzida sem impacto negativo na produção. O recente relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho destaca que, para competir em um mercado global, é necessário cultivar habilidades de criatividade, autoaprendizado e flexibilidade. O Brasil, com uma educação pública ainda deficiente, precisaria investir significativamente nesses aspectos para que seus trabalhadores pudessem se beneficiar plenamente de uma jornada reduzida e competir em uma economia mundial em transformação.

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A PEC 6X1, assim, abre uma oportunidade rara para rever os princípios que sustentam o sistema trabalhista brasileiro e questionar se esse modelo atende às necessidades contemporâneas de um mundo em rápida mudança. Trata-se de uma chance para empreender uma reforma que, ao mesmo tempo que preserva a dignidade dos trabalhadores, valorize a iniciativa privada e encoraje a criação de empregos de qualidade. Como se diz, “quando o cavalo selado passa, é hora de pular e aproveitar a chance”.

André Naves é Defensor Público Federal formado em Direito pela USP; especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; mestre em Economia Política pela PUC/SP; cientista político pela Hillsdale College; doutor em Economia pela Princeton University; escritor e professor (Instagram: @andrenaves.def).

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