Polícia do Rio desarticula grupo que aplicava golpe da casa própria
A Polícia Civil do Rio desarticulou uma quadrilha que utilizava sites de compra e venda de imóveis para aplicar golpe da casa própria. Ao longo deste mês, policiais da 38ª DP, no bairro de Brás de Pina, zona norte da capital, prenderam 22 pessoas, após denúncias de lesados e investigações do setor de inteligência.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, o grupo de estelionatários criou uma associação criminosa que oferecia os imóveis se aproveitando do sonho da casa própria. Uma das vítimas do golpe chegou a perder cerca de R$ 100 mil para os criminosos.
O delegado titular da 38ª DP, Maurício Mendonça, disse que os criminosos indicavam imóveis com preços muito abaixo do mercado e convenciam os compradores a depositar em suas contas cerca de 5% do valor pedido. A vítima só percebia que não havia imóvel e nem financiamento depois de realizado o pagamento. Segundo o policial, ainda há indícios de outros golpes semelhantes praticados pela quadrilha e, por isso, as investigações continuam.
As investigações identificaram mais de 100 estelionatos. Conforme a secretaria, após as primeiras prisões, cerca de 50 pessoas procuraram a delegacia de Brás de Pina alegando serem vítimas do golpe. Maurício Mendonça pede que outras pessoas lesadas pelo grupo procurem a delegacia.
O delegado chamou atenção das vítimas para detalhes que possam indicar a ação do grupo. Mendonça disse que o comprador deve desconfiar imediatamente quando o valor do imóvel é muito baixo. Antes de fechar o negócio, o interessado deve pedir para visitar o imóvel e verificar também se as financeiras funcionam no mesmo lugar há muito tempo.
Edição: Maria Claudia
GERAL
Deputado quer garantir acesso e permanência de pessoas com diabetes em eventos
Projeto foi protocolado na última semana pelo médico, diabético e deputado federal Dr. Zacharias Calil e tem o objetivo de proteger o direito à saúde de pacientes que enfrentam restrições em eventos públicos e privados.
Projeto de lei do deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) propõe que pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina, insumos e dispositivos de monitoramento de glicemia tenham a garantia de acesso aos espaços e eventos públicos e privados tenham agulhas, aparelhos de monitoramento e até mesmo alimentos, sem restrições ou constrangimentos.
O projeto foi apresentado na última terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados. A medida reconhece que o controle do diabetes é uma necessidade constante, envolvendo monitoramento e intervenções rápidas para evitar complicações de hipo ou hiperglicemia de pessoas com diabetes tipo I e II.
Caso seja aprovado e sancionado, a lei vai assegurar o acesso de pessoas com diabetes com insulinas, seus insumos – como seringas e agulhas, canetas de aplicação, materiais necessários para aplicação e conservação da insulina, pequenas porções de alimentos e bebidas que não são vendidas no local, mas que são utilizadas para corrigir quadros de hipo ou hiperglicemia.
Diabetes
Como médico, diabético e deputado federal reeleito como principal representante da Saúde, Dr. Zacharias Calil afirma que a proposta tem o objetivo de proteger o direito à saúde e dignidade de pessoas de todos que possuem esta condição crônica. Conforme Calil, essa condição exige monitoramento e cuidados contínuos e garante o acesso e a permanência destes pacientes com estes dispositivos de monitoramento de glicemia em todos os locais, públicos e privados.
São os casos de estádios de futebol, arena, cinemas, feiras, shows, teatros, estabelecimentos de ensino, concursos, que são exemplos de eventos públicos e privados que constam com restrições de ingresso de pessoas com proibição de alimentos, bebidas e aparelhos pessoais. “Sou diabético e sei quais são as restrições sofridas por nós. Sei que muitos estudantes e candidatos enfrentam dificuldades para utilizar esses dispositivos durante aulas e provas, o que pode comprometer sua saúde e desempenho acadêmico”, explicou.
Diante desses fatores citados por Dr. Zacharias Calil, ele buscou apresentar a proposta, para garantir o uso destes dispositivos médicos e eletrônicos, e também de alimentos. “É uma medida para assegurar o monitoramento contínuo como uma prática essencial e que não deve ser restringido por normas gerais de silêncio ou exclusão de eletrônicos, além de promover a inclusão nos espaços públicos e privados e proteger o direito à saúde e à dignidade das pessoas com diabetes”, justifica o autor.
Quanto à alimentação, o médico reitera que “a pessoa tem que ter um monitoramento regular da glicemia e, no caso, intervenções rápidas. A pessoa pode fazer uma hipoglicemia e ter que procurar, naquele momento, um açúcar, um adoçante, um refrigerante adocicado para aumentar sua taxa de glicemia no sangue, porque pode levar a complicações severas, desde convulsões a coma”.
Após sua apresentação, o projeto aguarda o despacho do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para seguir para as comissões responsáveis, onde será avaliado em caráter técnico e legal.
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