Agronegócio

Queda de braço entre produtores e compradores paralisa o mercado de arroz

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O mercado de arroz em casca no Brasil está passando por um momento de tensão, com negociações mais travadas e uma espécie de “queda de braço” entre produtores e compradores. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a disputa se concentra na definição dos preços, com cada lado buscando defender seus interesses.

Os produtores de arroz, por sua vez, têm demonstrado preferência por comercializar a matéria-prima no porto de Rio Grande (RS), onde as ofertas para exportação se mostram mais atrativas, mesmo com a recente desvalorização do dólar. Essa estratégia visa garantir margens de lucro mais elevadas e aproveitar a demanda externa pelo produto.

Já os compradores, como as unidades de beneficiamento, têm mostrado resistência em elevar os preços de compra. A dificuldade na venda do arroz beneficiado, pressionada por varejistas e atacadistas, tem levado esses agentes a adiar novas aquisições. Somente aqueles com necessidade urgente de repor seus estoques se dispuseram a pagar valores ligeiramente superiores.

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Os pesquisadores do Cepea apontam que as negociações no mercado interno têm sido pontuais e com a conclusão de compromissos financeiros de vendedores que esperam uma valorização futura do arroz em casca. No entanto, essa expectativa pode não se concretizar, caso a demanda interna continue fraca e a pressão dos compradores se mantenha.

Fatores que influenciam o mercado:

  • Variação do dólar: A desvalorização da moeda norte-americana tem impactado diretamente a competitividade do arroz brasileiro
  • Demanda interna: A demanda interna por arroz tem sido mais fraca, pressionando os preços.
  • Custos de produção: O aumento dos custos de produção, como fertilizantes e energia, têm pressionado as margens dos produtores.
  • Estoques: Os níveis de estoque de arroz no país também influenciam a dinâmica do mercado.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativa Vinícola Garibaldi Conclui Safra 2025 com Mais de 28 Milhões de Quilos de Uva

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A Cooperativa Vinícola Garibaldi concluiu o recebimento da safra de uvas de 2025, totalizando 28,2 milhões de quilos entregues por seus 470 cooperados. Este resultado marca a normalização da produção, especialmente após a quebra de 35% observada na safra de 2024. Além do volume expressivo, a qualidade das uvas também se destacou, consolidando ainda mais a posição da cooperativa como uma das principais no setor vitivinícola nacional.

A safra deste ano foi beneficiada por condições climáticas favoráveis, o que resultou em uvas com um excelente padrão de maturidade e sanidade. O enólogo Ricardo Morari afirma: “Foi uma safra de excelente qualidade, desde as variedades precoces até as últimas”. As condições climáticas, caracterizadas por pouca chuva e noites de temperatura baixa, proporcionaram uma boa amplitude térmica, o que favoreceu a maturação lenta das uvas, especialmente das variedades brancas, utilizadas na produção de espumantes. Este processo preservou a acidez e o frescor da fruta. Já as variedades tintas se beneficiaram do tempo seco e das temperaturas mais altas, que promoveram a maturação tanto dos açúcares quanto a maturação fenólica, fundamentais para a elaboração de vinhos e espumantes de alta qualidade.

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Outro ponto relevante da safra de 2025 foi a antecipação da colheita, que ocorreu cerca de 10 a 15 dias antes do período habitual. As condições climáticas favoreceram a concentração da maturação das uvas em um intervalo mais curto, o que exigiu uma colheita acelerada. “Foi uma vindima bastante desafiadora, exigindo que se colhessem grandes volumes de uva em pouco tempo”, comenta Morari.

Safra em Números

Na safra de 2025, 38% das uvas entregues pelos cooperados foram destinadas à produção de espumantes, 5% para vinhos e 57% para sucos e vinhos de mesa. Do total recebido, 48% foram uvas brancas e 52% tintas. Nos 1,2 mil hectares cultivados pelos cooperados da cooperativa, predominam as variedades Isabel, Moscato e Prosecco, que, somadas, representaram 46% do total de uvas recebidas. Outras variedades, como Trebbiano e Chardonnay, também tiveram uma presença significativa. Ao todo, a cooperativa recebeu uvas de 64 castas diferentes.

Além das variedades tradicionais, a Cooperativa Vinícola Garibaldi vem se destacando por seu pioneirismo no trabalho com uvas menos convencionais e até exóticas, com foco em microvinificações. Na safra de 2025, as variedades Irsai Oliver e Ribuele, que foram testadas nos vinhedos experimentais da cooperativa, estrearam em escala industrial, ampliando ainda mais o portfólio da cooperativa.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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