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Safra de café 2025/26 deve recuar 8% no Brasil, aponta corretora

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A produção brasileira de café na safra 2025/26 deverá apresentar uma redução de 8% em relação ao ciclo anterior, totalizando 59,75 milhões de sacas de 60 kg. O recuo ocorre devido aos efeitos da seca do último ano e a uma poda dos cafeeiros maior do que a prevista, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira pela corretora Pine Agronegócios.

Com base em um levantamento realizado nas principais regiões produtoras do país, a Pine projetou uma queda de 16% na colheita de café arábica, que deverá atingir 36,46 milhões de sacas. Em contrapartida, a produção de café robusta deve avançar 8%, alcançando 23,29 milhões de sacas na temporada 2025/26.

O Brasil, maior produtor e exportador global de café, além de segundo maior consumidor — atrás apenas dos Estados Unidos —, desempenha um papel crucial no equilíbrio da oferta internacional. A redução na produção nacional ocorre em um momento de preços elevados no mercado global, impulsionados por déficits em outros países.

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As projeções da Pine Agronegócios ficam abaixo da média de 64,6 milhões de sacas apontada por uma pesquisa da Reuters. Segundo o relatório da corretora, o crescimento na safra de robusta pode compensar parcialmente a menor oferta de arábica, levando indústrias de torrefação a ajustarem a composição de seus blends, substituindo parte do arábica pelo robusta.

Outro fator apontado pela corretora é o volume expressivo de podas realizadas nos cafezais de arábica, o que reduz ainda mais o potencial produtivo da safra 2025/26. A poda é uma estratégia adotada por produtores quando as plantas apresentam baixo desempenho ou carga frutífera insatisfatória, resultando em produção zero no ciclo seguinte, mas fortalecendo os cafezais para a safra 2026/27.

A menor colheita deverá impactar as exportações brasileiras, que podem cair 22% em 2025/26, totalizando 39,24 milhões de sacas. Além disso, a Pine projeta uma retração de 4,5% no consumo interno, que deve ficar em 20,9 milhões de sacas, reflexo da elevação dos preços.

Os estoques finais da safra 2025/26 foram estimados pela corretora em 1,6 milhão de sacas, o menor nível já registrado, sinalizando um cenário de aperto na oferta e possíveis reflexos nos preços ao consumidor.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Mercado de arroz mantém ritmo calmo e recua com avanço da colheita

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O mercado brasileiro de arroz encerrou a penúltima semana de fevereiro com um comportamento calmo e viés de baixa, reflexo do avanço da colheita no Rio Grande do Sul, estado que lidera a produção nacional.

De acordo com Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, as indústrias seguem cautelosas, limitando as compras a situações emergenciais enquanto aguardam uma definição mais clara sobre a oferta e a demanda. “O reflexo imediato é uma liquidez reduzida e a resistência dos produtores em aceitar preços menores, o que prolonga a disputa entre compradores e vendedores”, explica.

No varejo, a demanda começa a apresentar sinais de recuperação gradual, fator que pode contribuir para um ajuste no consumo interno nos próximos meses. “A pressão sobre os preços em toda a cadeia produtiva se intensifica com a confirmação de uma safra cheia, o que pode tornar o arroz mais acessível à cesta de consumo das famílias, especialmente diante da alta generalizada dos alimentos”, analisa Oliveira.

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Caso esse movimento se concretize, parte da produção poderá ser absorvida pelo mercado interno, reduzindo a pressão baixista sobre as cotações.

Competição regional e desvalorização da saca

Nos demais países do Mercosul, a colheita também avança. No Paraguai, aproximadamente metade da safra já foi colhida, com projeções entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de toneladas. Diante desse cenário, exportadores paraguaios buscam expandir mercados para garantir preços mais atrativos e manter a competitividade na temporada.

No Brasil, os preços seguem em queda. No Rio Grande do Sul, a saca de 50 quilos de arroz (com 58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) foi negociada a R$ 95,91 na quinta-feira (20), registrando uma retração de 2,45% em relação à semana anterior. Comparado ao mesmo período do mês passado, a desvalorização foi de 4,61%, enquanto em relação ao mesmo período de 2024, o recuo foi ainda mais expressivo, atingindo 16,31%.

Fonte: Portal do Agronegócio

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